Vitória sobre a Colômbia garante liderança do grupo com antecedência para a Seleção Brasileira e maior série de vitórias de Tite.
A Seleção Brasileira enfrentou a Seleção Colombiana na última quarta-feira (23), em partida válida pela terceira rodada para o Brasil, que ganhou uma “folga” na rodada passada (tendo em vista que cada grupo é formado por 5 seleções e, consequentemente, uma delas sempre fica de fora de cada rodada de jogos). Para os colombianos, o confronto com o Brasil foi a última rodada e, consequentemente, a última chance de somar pelo menos mais um ponto para deixar a classificação mais garantida. Isso porque a Seleção Colombiana foi instável nos três primeiros jogos (venceu 1, empatou 1 e perdeu 1). Portanto, ficar sem somar pontos diante da Seleção Brasileira, para os colombianos, não era nada aceitável. Foi assim que a vitória do Brasil, de virada, sobre a Seleção Colombiana, ficou ainda mais valorizada do que seria normalmente. Mesmo que não esteja em boa fase, a Colômbia é sempre uma seleção muito aguerrida e organizada, além de ter jogadores que, apesar de não estarem entre os melhores do mundo, se destacam individualmente e possuem um alto poder de definição. Além do mais, com a vitória sobre a Colômbia, o técnico Tite emplacou uma sequência de 10 vitórias e superou sua marca anterior, de 9 vitórias consecutivas, que aconteceu logo quando assumiu o comando da Seleção Brasileira, em 2016 (a sequência foi encerrada pela Argentina em partida amistosa disputada em junho de 2017). Tite se igualou a Luiz Felipe Scolari, que conseguiu a mesma série de vitórias entre 2013 e 2014. A próxima meta a ser alcançada por Tite na última rodada da fase de grupos da Copa América, diante do Equador, é alcançar uma sequência de 11 vitórias e se igualar, agora, a Dunga (depois vem Vanderlei Luxemburgo, com 12, Aimoré Moreira, com 13, e, finalmente, Zagallo, que ostenta o recorde de 14 vitórias seguidas no ano de 1997).
As dificuldades da Seleção Brasileira no confronto com a Colômbia:
Os comandados de Tite iniciaram a caminhada nesta Copa América vencendo a Venezuela com tranquilidade, pelo placar de 3 a 0, e goleando o Peru por 4 a 0 na partida seguinte. Não que as duas primeiras vitórias tenham sido assim um passeio da Seleção Brasileira, mas foram atuações e resultados que garantiram tranquilidade para o grupo. O grande teste veio na última rodada, diante da Colômbia, que precisava de pelo menos um empate na partida e teve a vantagem de conseguir um gol cedo. Os comandados de Reinaldo Rueda foram para o jogo usando a pressão do resultado como motivação para fazer uma partida em pé de igualdade com o Brasil. E, logo nos primeiros minutos, Luis Díaz virou uma bicicleta digna de craque brasileiro, em cruzamento de Juan Cuadrado, e abriu o placar para a Colômbia. Com o gol, os colombianos aproveitaram para fazer o tempo contar a seu favor: se fechou organizadamente no campo de defesa e explorou os contra-ataques velozes para manter o Brasil em situação desconfortável na partida. A partida ficou truncada e a Seleção Brasileira só conseguiu começar a criar melhores chances no segundo tempo, quando Tite ousou com a entrada de Roberto Firmino no lugar de Éverton Ribeiro (o que deixou a seleção com quatro atacantes: Firmino, Neymar, Richarlison e Gabriel Jesus). Neymar passou a ter mais espaço para buscar o jogo no meio de campo e começou a criar uma chance atrás da outra: aos 20 minutos, recebendo de Firmino na cara do gol, o camisa 10 deixou o goleiro na saudade, mas se enfiou na frente de Gabriel Jesus para marcar e acabou parando na trave. Certamente gostando da postura da equipe, Tite deixou o time ainda mais ofensivo com a entrada de Lucas Paquetá no lugar de Fred. A coragem do treinador, tão contestada pelos torcedores em outros momentos, surtiu efeito: em um lance que os colombianos ficaram reclamando de um desvio no árbitro (que mudou o rumo da jogada), a bola ficou para Alex Sandro na ponta esquerda e o lateral da Juventus cruzou na medida para Firmino testar pro fundo do gol. E foi na base da força, da insistência, que aconteceu o gol da vitória: no último minuto dos 10 minutos que foram dados de acréscimo, em cobrança de escanteio, Casemiro apareceu na primeira trave para completar cruzamento de Neymar.
Última rodada da fase de grupos da Copa América e provável escalação do Brasil:
Esta última rodada vai ser mais um ótimo teste para a Seleção Brasileira, tendo em vista a boa campanha dos equatorianos nas Eliminatórias da CONMEBOL para a Copa do Mundo, apesar do péssimo desempenho nas primeiras rodadas desta Copa América. Brasil e Equador se enfrentam no domingo (27), às 18 horas (de Brasília), no Engenhão, com transmissão do SBT para a TV aberta e pelos canais Disney para os assinantes da TV a cabo. No mesmo dia e horário, a Venezuela enfrenta o Peru no estádio Mané Garrincha. Somando os mesmos dois pontos neste momento, Venezuela (lanterna) e Equador (vice-lanterna) precisam somar pontos para garantir a classificação (lembrando que apenas os últimos colocados de cada grupo, A e B, são eliminados).
Já na última partida da Seleção Brasileira, Marquinhos voltou a fazer dupla de zaga com Thiago Silva e assim deve seguir até o fim da Copa América, assim como foi na última edição da competição (o Brasil foi campeão com a dupla de zaga que, até então, também defendia a meta do PSG). Casemiro, que foi poupado na segunda rodada, também retornou à titularidade e está sendo acompanhado por Fred no meio de campo, mas também pode jogar ao lado de Fabinho ou mesmo de Éverton Ribeiro. Casemiro, Fabinho e Éverton Ribeiro também podem formar a trinca do meio de campo, mas Lucas Paquetá deve ser mantido na equipe titular na vaga do meia do Flamengo. Tite também pode optar por ir com dois volantes (Casemiro e Fred ou Casemiro e Fabinho) e jogar com quatro atacantes: Neymar, Firmino, Gabriel Jesus e Richarlison é o quarteto mais provável neste caso.