Athletico Paranaense tem missão árdua para repetir feito de 2019 e superar o Flamengo na Copa do Brasil.
Flamengo e Athletico Paranaense se enfrentam no Maracanã às 21:30 (no horário de Brasília) desta quarta-feira (27), com transmissão da Globo para a TV aberta, em partida válida pela volta das semifinais da Copa do Brasil. Campeão de 2019 e primeiro a confirmar vaga nestas semifinais ao superar o Santos nas duas partidas das quartas de final da atual edição da Copa do Brasil, o Athletico Paranaense vai ter uma dura missão para alcançar a final deste ano. O Furacão deu fim ao trabalho que vinha sendo feito pelo português António Oliveira entre as partidas de ida e volta das quartas de final, mas não diminuiu o ritmo sob o comando do interino Paulo Autuori, alcançando tanto as semifinais desta Copa do Brasil como um lugar na decisão do título da Copa Sul-Americana. Antes disso, ainda sob o comando de António Oliveira, o Athletico Paranaense passou por Avaí, na 3ª fase, e venceu um confronto difícil nas oitavas de final contra o Atlético Goianiense, que chegava motivado por ter eliminado o Corinthians na fase anterior. Chega a ser quase natural, pela sequência exaustiva de jogos que a disputa de várias competições gera, que o Athletico Paranaense tenha perdido 10 das últimas 15 rodadas que disputou pelo Brasileirão. Além disso, mesmo com os resultados recentes nada positivos, o time agora comandado por Alberto Valentim ainda ocupa uma vaga para a próxima Copa Sul-Americana, aparecendo na 12ª posição da tabela. Isso deixa evidente a força de um Furacão que está acostumado com jogos decisivos, e que foi capaz de eliminar o Flamengo de Jorge Jesus nas quartas de final da Copa do Brasil de 2019, além do Grêmio de Renato Portaluppi nas semifinais daquele mesmo ano, conquistando o título sobre o Internacional na decisão. Naquela oportunidade, depois de ter empatado por 1 a 1 com o Flamengo na Arena da Baixada, o Athletico voltou a empatar pelo mesmo placar no Maracanã e alcançou a classificação vencendo nas penalidades. Agora, com o gol marcado fora de casa não servindo como critério de desempate, a possibilidade de penalidades é ainda maior que da última vez. E para surpreender o Rubro-Negro, Alberto Valentim contam com nomes que já estavam no elenco do Athletico em 2019, quando o clube paranaense conquistou o título, sendo eles: o goleiro Santos, o zagueiro Thiago Heleno, os laterais Jonathan e Márcio Azevedo, e o atacante Nikão.
Flamengo tem desfalques, dupla de ataque voltando de lesão e Renato Portaluppi pressionado no cargo
Não é uma grande surpresa que o Rubro-Negro Carioca seja amplo favorito para avançar à final desta Copa do Brasil. O Flamengo goleou o Grêmio por 4 a 0 na primeira partida das quartas de final, no Maracanã, e mesmo podendo perder a partida de volta venceu mais uma vez, avançando com 6 a 0 no placar agregado. Ainda que a equipe já não esteja mais tão encantadora sob o comando de Renato Portaluppi, ao menos aos olhos dos torcedores, como foi quando o técnico gaúcho chegou ao Rio de Janeiro, a qualidade de seu elenco supera qualquer desconfiança. Ainda que o Athletico Paranaense se mostre um adversário à altura, até mesmo por estar na decisão da Copa Sul-Americana tendo superado clubes como LDU de Quito e Peñarol no caminho da competição continental, o Flamengo consegue se mostrar ainda mais forte, pois está na final da Libertadores e luta na parte mais alta da tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. Os torcedores, ainda assim, não estão totalmente satisfeitos, principalmente porque o Atlético Mineiro abriu 13 pontos de vantagem no Brasileirão e já tornou quase impossível o Tricampeonato do Flamengo. E para tornar tudo ainda mais difícil, Renato Portaluppi não vai poder contar com David Luiz, De Arrascaeta e Pedro, e chega pressionado por estar sem vencer há 3 partidas. Mesmo assim, analisando o time que deve ser levado a campo pelo técnico gaúcho, a expectativa é de que o Flamengo tente controlar o jogo e crie as melhores chances para alcançar a vitória e, consequentemente, a classificação. A provável escalação conta com: Diego Alves; Filipe Luiz, Léo Pereira, Rodrigo Caio e Mauricio Isla; William Arão, Diego, Andreas Pereira e Éverton Ribeiro; Bruno Henrique e Gabriel Barbosa. A dupla de ataque, vale destacar, está retornando de lesão e pode encontrar alguma dificuldade para reencontrar o melhor ritmo de jogo. É importante lembrar, ainda, que no empate por 2 a 2 da partida de ida, o Flamengo (sem Bruno Henrique, De Arrascaeta e David Luiz) conquistou a igualdade no placar no último minuto dos acréscimos do segundo tempo, em penalidade infantil cometida pelo zagueiro reserva (o jovem e inexperiente Lucas Fasson) do Athletico, que precisou substituir o desgastado Nicolás Hernández (defensor titular). Levando todos estes fatos em consideração, o confronto deve ser complicado para o Flamengo de Renato Gaúcho, que precisa desta vaga na final para não decepcionar ainda mais o seu torcedor.
Atlético Mineiro x Fortaleza:
Como se sabe, o Atlético Mineiro fez investimentos milionários no início desta temporada e deixou os torcedores com a expectativa de comemorar muitos títulos nesta temporada e, até por isso, a queda na Libertadores, depois de classificações sobre Boca Juniors e River Plate, não foi agradável. No entanto, é preciso considerar que o Galo, líder isolado do Brasileirão, tem vantagem de 10 pontos para o vice-líder, Palmeiras, que tem uma partida a mais, e agora está 13 pontos à frente do atual Bicampeão, Flamengo, o que significa dizer que caminha a passos largos para acabar com uma seca que já dura 50 anos na principal competição nacional (o primeiro e último título do Atlético Mineiro no Brasileirão foi em 1971). Como se não bastasse, mesmo tendo disputado apenas a primeira partida da semifinal, o Atlético Mineiro já colocou praticamente os dois pés na decisão. Isso porque o Galo recebeu o Fortaleza no Mineirão pela partida de ida da semifinal da Copa do Brasil e transformou o Leão do Pici em “Gatinho”, como mostrou Mario Alberto em uma de suas charges publicadas em seu blog no “GE”. Os comandados de Cuca aplicaram, simplesmente, a maior goleada da história desta fase da competição: 4 a 0. Até então, o maior placar de uma partida de ida de semifinal da Copa do Brasil foi pelo placar de 3 a 0, ocorrido 3 vezes (e em nenhuma delas o adversário conseguir reverter o resultado para avançar à final).