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Seleções Brasileiras correspondem nas Olimpíadas  

Seleção Brasileira Feminina tem vaga praticamente garantida nas quartas de final e deve poupar contra a Zâmbia na última rodada.

marta comemora um dos dois gols que maarcou na estreia do brasil em tóquio 2020
Craque Marta marcou dois gols na goleada brasileira por 5 a 0 sobre a China na estreia dos Jogos Tóquio 2020 (Foto: Sam Robles / CBF)

A Seleção Brasileira de Futebol Feminino estreou nos Jogos Olímpicos na última quarta-feira (21) com golada de 5 a 0 sobre a Seleção Chinesa. A primeira partida das brasileiras foi como um espetáculo harmônico de uma orquestra, na qual a maestrina era a sueca Pia Sundhage (e a comparação não tem nada a ver com a sintonia mostrada por ela nesta segunda-feira, em vídeo postado por alguns jogadores da Seleção Masculina em suas redes sociais, no qual está na concentração, ao lado de Daniel Alves, mostrando todo o seu talento no piano). A atual técnica da Seleção Brasileira sempre foi um personagem importante, desde a sua chegada ao comando das jogadores que encantaram o país nas últimas décadas. Somente por ser uma treinadora sueca, fato que está estampado em seu nome, Pia Sundhage já esteve circulando em muitos lugares: desde o Jornal Nacional até a mais humilde roda de conversa entre fãs da Seleção Brasileira. A treinadora de 61 anos foi anunciada como comandante da Seleção Brasileira em 2019, logo após ter levado a Seleção da Suécia até a grande final da Copa do Mundo de Futebol Feminino. Antes disso, porém, Pia Sundhage brilhou como técnica da Seleção Estadunidense, pela qual venceu duas Olimpíadas: uma delas (de 2008, em Pequim) batendo a Seleção Brasileira na final, a qual já contava com jogadoras que seguem sendo importantes para o Brasil, como Marta, Formiga e Bárbara. Agora, ao lado das jogadoras brasileiras, a técnica sueca deixa cada vez mais clara a sua importância para a Seleção Brasileira neste momento, no qual estas mesmas icônicas jogadores podem estar fazendo a última participação em uma Olimpíada. A camisa número 8, Formiga, aos 43 anos, segue sendo um pilar da equipe agora comandada por Pia Sundhage, assim como a camisa 10, Marta, de 35 anos, que já tem 3 gols marcados em 2 partidas disputadas (2 na goleada sobre a China e 1 no empate por 3 a 3 com a Holanda). Formiga já anunciou que esta é sua última Olimpíada e Marta, mesmo que volte a defender a Seleção Brasileira Feminina em 2024, pode não estar com a mesma condição de agora. É importante destacar que, apesar de sempre ter formado equipes fortes, o Brasil talvez nunca tenha conseguido montar um time que consegue alcançar o mais alto nível de competitividade em conjunto, e não só com os destaques individuais. Uma das provas deste conjunto foi a atacante do Atlético de Madrid, Ludmila da Silva, de apenas 26 anos, que entrou no segundo tempo da última partida, contra a Holanda, para marcar o gol que, até os 34 minutos do segundo tempo (quando Dominique Bloodworth-Janssen decretou o empate das atuais vice-campeãs mundiais em uma linda cobrança de falta), dava a vitória para o Brasil. Com os 4 pontos somados nas 2 primeiras rodadas, a Seleção Brasileira Feminina só fica fora das quartas de final destes Jogos Olímpicos se for goleada pela China e acontecerem uma série de outros resultados. Por esta razão, Pia Sundhage deve dar oportunidade para jogadoras como Ludmila e Andressa Alves (da Roma) na partida desta terça-feira (27), às 8:30 da manhã (no horário de Brasília), contra a lanterna do grupo, Zâmbia, válida pela última rodada desta fase. Dessa forma, um tempo maior de descanso deve ser dado às mais veteranas e a quem mais precisar de um descanso para a fase de mata-mata, até porque um simples empate basta para o Brasil garantir a vaga, e a probabilidade é de vitória nesta última rodada da fase de grupos.

Seleção Brasileira Masculina também tem vaga praticamente garantida nas quartas de final dos Jogos Olímpicos

Richarlison e companheiros de seleção comoram um dos seus três gols contra a alemanha na estreia da olimpíada de tóquio
Atacante Richarlison brilhou, marcando três gols na estreia olímpica contra a Alemanha em Yokohama (Foto: Julio Cesar Guimarães/COB)

A equipe comandada por André Jardine se prepara para o próximo compromisso, também válido pela última rodada da fase de grupos. A Seleção Olímpica Brasileira do Futebol Masculino enfrenta a Seleção da Arábia Saudita na próxima quarta-feira (28), às 5 horas da manhã (no horário de Brasília), dependendo de um simples empate para garantir vaga nas quartas de final, mas querendo somar os três pontos diante do lanterna para confirmar a liderança do grupo. O Brasil venceu o duelo tido como mais difícil desta fase, contra a Alemanha, logo na estreia: Richarlison fez um hat-trick no primeiro tempo e o Brasil venceu por 4 a 2, com direito a pênalti perdido por Matheus Cunha e sofrimento nos minutos finais do jogo, até Paulinho decretar a vitória nos acréscimos do segundo tempo. E se teve sufoco no primeiro jogo, ainda mais complicada foi a segunda rodada, em partida contra a Costa do Marfim, na qual Douglas Luiz recebeu um cartão vermelho logo aos 14 minutos do primeiro tempo. Mesmo assim, a Seleção Brasileira comandada por André Jardine conseguiu se segurar na defesa e, principalmente depois da expulsão de Kouassi Eboué pela Costa do Marfim aos 34 minutos do segundo tempo, até pressionou pela vitória, mas o placar terminou zerado. No entanto, tendo em vista o bom rendimento dos brasileiros nas primeiras rodadas, a Seleção Masculina do Brasil não deve ter problemas para confirmar a classificação para as quartas de final e, inclusive, a liderança do grupo D com uma vitória sobre os árabes, que perderam as duas primeiras rodadas. No mesmo dia e horário da partida entre Brasil e Arábia Saudita, Alemanha e Costa do Marfim fazem um confronto direto pela chance de disputar as quartas de final. Somando os mesmos 4 pontos do Brasil, a Seleção Marfinense tem a vantagem em caso de empate, pois os alemães somam apenas 3 pontos e estão fora da zona de classificação para o mata-mata neste momento.

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