Pelas Eliminatórias, Brasil volta a enfrentar a Colômbia, seleção responsável pela interrupção da maior sequência de vitórias da competição.
Apesar de ainda não ter conseguido convencer grande parte dos torcedores, a Seleção Brasileira alcançou a maior sequência de vitórias da história das Eliminatórias da CONMEBOL para a Copa do Mundo. É verdade que o atual formato, com 10 (ou 9) seleções disputando, em pontos corridos, 4 vagas diretas para a Copa do Mundo, em partidas de ida e volta, só foi implementado a partir de 1998, e que a partida da 9ª rodada, contra a Argentina, foi suspensa, mas, ainda assim, a sequência de 9 vitórias consecutivas da seleção de Tite impressiona. De qualquer forma, o futebol apresentado pelo Brasil não impressiona tanto assim. A grande questão é se o rendimento da seleção comandada por Tite vai ser tão bom na Copa do Mundo, diante de seleções do porte de França, Alemanha, Itália, quanto é nas Eliminatórias da América do Sul, enfrentando seleções mais modestas como a Venezuela, a Bolívia, ou mesmo Equador e Chile. Até mesmo Colômbia e Uruguai, que estão constantemente nas fases de “mata-mata” da Copa do Mundo, chegam longe mais em razão da força de vontade, aquela famosa raça sul-americana, muito bem representada na Libertadores, do que, propriamente, em razão da qualidade de seus elencos. Além disso, ainda que tenha vencido 10 das 11 partidas que disputou até aqui, a Seleção Brasileira tem adotado uma postura bem menos encantadora que em outros momentos de sua história. No entanto, eficaz. O técnico Tite conseguiu consolidar um sistema defensivo muito eficiente e ainda não se acomodou com o rendimento no setor ofensivo, razão pela qual ainda é difícil determinar quem é titular neste setor, com exceção do camisa 10, Neymar. Na última partida, depois do empate por 0 a 0 com a Colômbia fora de casa, Tite fez uma simples alteração que lhe permitiu golear a Seleção Uruguaia por 4 a 1, colocando Raphinha junto com Gabriel Jesus e Neymar no ataque (com Paquetá, Fred e Fabinho, que substituiu Casemiro, no meio). A expectativa, com isso, é que a Seleção Brasileira volte a ter o trio ofensivo e consiga mais um resultado positivo na partida desta quinta-feira (11), às 21:30 (no horário de Brasília), na Neo Química Arena, contra a Colômbia. A partida é válida pela 13ª rodada das Eliminatórias da CONMEBOL para a Copa do Mundo de 2022, no Catar, e vai ser transmitida pela Globo na TV aberta. Os colombianos chegam para o confronto ocupando a 4ª posição da tabela com os mesmos 16 pontos do 5º colocado, o Uruguai. A Seleção Colombiana não perde desde a 4ª rodada, disputada em 2020, o que significa que está invicta há 8 rodadas, mas venceu apenas uma das últimas seis que disputou, tendo empatado as outras cinco. Portanto, trata-se de uma seleção qualificada, mas limitada.
Próxima de confirmar vaga na Copa do Mundo do Catar, Seleção Brasileira ainda é uma incógnita
Desde a queda para a Bélgica nas quartas de final da última Copa do Mundo, Tite estabeleceu seu sistema defensivo com Alisson (goleiro), Alex Sandro (lateral-esquerdo), Thiago Silva e Marquinhos (zagueiros), e Danilo (lateral-direito), além do volante Casemiro como “cão-de-guarda”. Trata-se de um sistema já consolidado, que sofreu apenas 4 gols nas 11 rodadas disputadas, sendo o melhor destas Eliminatórias. Nomes como Éder Militão e Lucas Veríssimo (zagueiros), ou Emerson Royal e Guilherme Arana (laterais), além de Fabinho (volante), sempre conseguiram manter um alto desempenho quando testados por Tite como titulares. A maior questão desta Seleção Brasileira passa pelo setor ofensivo, a começar por Fred. O meia do Manchester United cumpre função de segundo volante na seleção e tem um papel defensivo importantíssimo por ser um “motorzinho”, aquele jogador combatente, que não para, mas é questionado quando tem a bola nos pés. Há tempos a torcida brasileira pede por Gérson na titularidade exatamente em razão de sua qualidade com a bola nos pés, mas, no Olympique de Marselha, o volante tem sido questionado pela falta de apoio defensivo, e é provavelmente pela preocupação com a defesa que ele ainda não conseguiu se consolidar no time de Tite. A questão sobre o terceiro homem do meio de campo é ainda mais discutida. Muitos já se convenceram com as atuações de Lucas Paquetá, mas outros não. Éverton Ribeiro é um nome forte para a posição, e outros nomes como Bruno Guimarães e o próprio Philippe Coutinho, convocado de volta para integrar a seleção, correm por trás na disputa pela titularidade. Outra opção seria Neymar como meia de armação e outros 3 atacantes, mas este esquema, mais ousado, foi utilizado apenas uma vez por Tite nesta Eliminatória, quando Firmino, Gabriel Jesus e Richarlison foram escalados junto com o camisa 10 e o Brasil venceu o Paraguai por 2 a 0. O mais comum é Neymar na ponta esquerda (com liberdade para flutuar pelo meio e chegar na frente), Richarlison, Raphinha ou Antony na ponta direita, e Gabriel Jesus, Gabriel Barbosa ou Firmino de centroavante. Um nome que é muito ventilado pela torcida e pela imprensa para ocupar um lugar no time principal de Tite é Vinícius Júnior, que vem sendo destaque do Real Madrid nas últimas temporadas, mas, talvez por ser muito jovem, o jogador encontra certa resistência do técnico gaúcho. Vinícius Júnior sequer estava na última lista de convocados, mas foi chamado em razão da ausência de Roberto Firmino, machucado. Sendo assim, a expectativa é de que Tite mantenha o time com Paquetá, Neymar, Gabriel Jesus e Raphinha, o quarteto ofensivo que funcionou muito bem na última partida, diante do Uruguai.