No dia 28 de novembro de 2016 uma tragédia aconteceu com o time da chapecoense enquanto voavam numa segunda a noite para Medellín. O avião era da companhia aérea La mia, uma empresa venezuelana.
Dentro os falecidos estavam 19 jogadores da Chapecoense, 14 pessoas da comissão técnica, nove dirigentes e sete tripulantes de voo. Ainda somando a estes, estavam também 20 profissionais da imprensa e mais dois convidados.
Quando o avião já se aproximava da capital Medellín, a aeronave começou a dar voltas e logo em seguida teria se comunicado com a Bolívia avisando que estavam com problemas técnicos. Seu último contato foi às 00:33 com o Aeroporto José Maria Córdova e caiu às 1:30.
A aeronave era de modelo Avro Regional Jet 85 (RJ-85), fabricado em 1999 e com capacidade para 100 pessoas. Haviam dois pilotos nesse voo, Miguel Quiroga, piloto do avião que também era um dos dois sócios da minúscula companhia aérea La mia, que tinha apenas 15 funcionários e parte destes morreu no acidente. Miguel fez várias tentativas frustradas de entrar em rotas comerciais para a África e a Europa, sua empresa se especializou em voos fretados para transportar times de futebol – entre os clientes estão seleções nacionais (Bolívia, Argentina e Colômbia) e sul-americanas (como Nacional da Colômbia, Olympia, do Paraguai e a própria chapecoense, que já havia utilizado os serviços da La mia em outubro, antes do acidente).
No total, 71 pessoas morreram nesse acidente.
Seis pessoas sobreviveram ao acidente de avião em 2016.
Em março de 2019, o jornalista Rafael Henzel sofreu um infarto enquanto jogava futebol com amigos. Dos outros cinco vamos ver abaixo como eles estão hoje me dia:
Jakson Follmann
Ex-goleiro que já atuou no Grêmio e no Juventude, Follmann completou 30 anos em 2022. No acidendente perdeu parte da perna direita que acabou sendo amputada, e isso o impediu de continuar na como jogador. Porém, se reinventou e se tornou cantor e inclusive acabou vencendo o programa Popstar da Rede Globo no ano de 2019. Ganhei um prêmio de R$ 250 mil como vencedor do programa. Follmann é casado é tem uma linda família. Após o acidente chegou a ser por um tempo embaixador da Chapecoense, mas quando o seu contrato venceu, não foi renovado. Outra atividade que faz pelo Brasil afora é dar palestras motivacionais.
Segundo o bombeiro que ajudou em seu resgate, ele estava consciente no momento em que chegaram lá e repetia sem parar para não o deixarem morrer e que não sentia suas pernas. Ele foi encontrado preso entre as poltronas.
Já se passaram 1827 dias desde o acidente e as famílias das vítimas ainda lutam por justiça. Até o momento, vários processos ainda estão pendentes, apenas uma pessoa foi presa e houve pouca ajuda da companhia aérea (que não existe mais) ou das seguradoras envolvidas. O Senado tem até uma CPI para investigar o caso.
Allan Ruschel
Foi resgatado em meio aos escombros e foi levado para a clínica San Juan de Díos, em Medellín, onde foi operado e depois que ficou estável, veio para o Brasil para a sua recuperação. Ele ficou se recuperando por meses e então foi anunciado que voltaria aos gramados pela Chape.
Ele atua como lateral esquerdo e jogava no América-MG, mas já confirmou que não permanecerá no clube na temporada de 2022. Ele havia sido emprestado e no fim desse mês já estará liberado para negociar com outro time.
Neto
O ex-zagueiro, de 36 anos, até tentou voltar a jogar futebol após o acidente, mas anunciou oficialmente sua aposentadoria em dezembro de 2019 devido a dores insuportáveis devido a problemas na coluna causados pelo acidente há três anos. Neto é diretor de futebol da Chapecoense desde janeiro de 2020 – o único dos sobreviventes com vínculo profissional ao clube. Porém, em entrevista em outubro, o ex-jogador revelou que não foi remunerado pelo cargo que ocupou. O dinheiro que ganhou da Chapecoense estava vinculado à dívida do acidente.
Ele diz que desde o dia do acidente, não passa um só dia sem dores pelo corpo e principalmente na coluna. A decisão de aposentadoria não foi dele e sim dos médicos que relataram que seu quadro poderia piorar se continuasse como atleta. Ainda diz que ficaram muitas sequelas emocionais e que ainda tem dificuldades de viajar de avião.
Ximena Suárez
É uma comissária de bordo que fazia parte da equipe que saiu de Santa Cruz de la Sierra e após o acidente, ficou mais de 1 ano sem conseguier voar e nesse período trabalhou como modelo. Ao retornar, viu que não era mais pra ela e parou poucos meses depois. Em 2017 lançou o livro “Volver a los cielos”, onde conta detalhadamente sobre o acidente e sobre sua recuperação.
Erwin Tumiri
Erwin era o Técnico de aviação e o mecânico da aeronave. Ele foi o primeiro a receber alta do hospital somente uma semana ao dar entrada. Por opção, não gosta de dar entrevistas e agora é piloto particular na Bolívia, seu país de materno. Em março de 2021 passou por outro acidente trágico, mas desta vez não foi de avião e sim de ônibus, onde 21 pessoas morreram e ele mais uma vez sobreviveu.
No momento do acidente e enquanto tudo era apurado, as suspeitas eram de pane no avião, mas após a investigação da caixa preta, o laudo foi erro humano, ou seja, o avião não tinha combustível o suficiente.
É inacreditável que com tanta tecnologia e órgãos de controle aéreo isso ainda aconteça.
O problema é que ninguém recebeu nada por dois motivos:
1º a empresa La mia praticamente acabou quando o avião caiu;
2º ninguém recebeu nada (familiares e o Clube) foi feito um seguro sem que ninguém soubesse e esse não cobria acidente no trecho que a aeronave caiu, porém, a Bolívia (que sabia deste “seguro”) acabou liberando a viagem mesmo sem estar segurado. O outro erro gravíssimo e o fatal, foi a falta de gasolina, ou seja, uma sucessão de erros.