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VAR estraga o futebol quando se mete onde não deveria  

A tecnologia para corrigir erros graves é bem vinda, mas o mau uso do VAR estraga o futebol. Sobretudo no Brasil, onde se mete onde não deveria.

A absurda expulsão no Morumbi do são-paulino Nestor no empate do time da casa por 1 a 1 com a Chapecoense não é a primeira e, infelizmente, parece que não será a última vez que o VAR intervencionista da CBF estraga um jogo de futebol por aqui.

árbitro Dyorgines Jose Padovani de Andrade e jogadores tricolores em São Paulo 1 x 1 Chape
Após dar amarelo, Dyorgines Jose Padovani de Andrade é convencido pelo VAR a mudar a própria interpretação e expulsa Nestor, do São Paulo (Reprodução: Premiere/Grupo Globo)

O São Paulo não é o único prejudicado. Outros já foram e mais times serão, caso não se tome uma providência em nome do bom senso.

Nestor cometeu uma imprecisão no movimento natural de jogo dele de tentar atingir a bola na altura da cabeça de Léo Gomes. Ele não quis acertar o adversário. Apenas foi infeliz ao errar a bola. Zero maldade.

Amarelo no campo, e vermelho após VAR intervencionista

No campo, o árbitro Dyorgines Jose Padovani de Andrade (ES) inicialmente deu amarelo (correto), mas depois, graças à interferência do VAR, foi convencido a mudar a cor do cartão e deu o vermelho.

É isso, mesmo. Baseado em replays com imagem na câmera lenta, o árbitro do VAR Igor Junio Benevenuto de Oliveira (MG) convenceu Dyorgines Jose Padovani de Andrade a acatar uma segunda interpretação e mudar aquilo que ele interpretou na velocidade real de jogo, no campo. Uma distorção completa do que é um jogo de futebol.

Convido os leitores a verem o lance, mas apenas a primeira imagem, na velocidade de jogo (aqui, a partir de 1:57). É claríssima a tentativa do atleta são-paulino de tentar acertar a bola, de tentar jogar. Evidentemente, ele errou, atingiu e receber o cartão amarelo seria justo, como foi a primeira decisão do apitador.

VAR é ótimo para lances objetivos e distorce ao reinterpretar jogadas

O VAR é uma ajuda bem vinda ao futebol. Principalmente, para jogadas objetivas, como para avaliar impedimentos, por exemplo.

O que não faz o menor sentido é uma segunda pessoa reinterpretar um lance de choque, com imagem parada e em slow motion, interferindo e claramente convencendo o árbitro de campo, que já viu, ao vivo, na velocidade de jogo, a mudar a sua própria interpretação.

O VAR estraga o futebol quando é intervencionista assim. Algo precisa ser feito, porque só no Brasil ele se mete tanto, e onde não deveria, Basta!

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