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Tóquio 2020: como serão os Jogos em tempos de pandemia?  

Após o adiamento para este ano dos Jogos Tóquio 2020, a grande pergunta do público é: como serão Olimpíadas e Paralimpíadas em tempos de pandemia?

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Revezamento da Tocha Olímpica de Tóquio 2020, teve início ontem (24/3). (Divulgação: Tokyo 2020)

Mesmo com a vacinação progredindo e o fim do estado de emergência em Tóquio, a crise e os riscos da Covid-19 ainda são inúmeros em todo o mundo. Com a ajuda da OMS (Organização Mundial da Saúde) e do COI (Comitê Olímpico Internacional), muitas medidas de segurança serão tomadas para controlar a disseminação do vírus e proteger atletas e a população do Japão durante o evento. 

Sem público de fora

Dentre as medidas adotadas pelos comitês do evento e governantes japoneses, foi definido que torcedores do exterior não serão permitidos nos Jogos Olímpicos. Apenas japoneses e estrangeiros residentes no país poderão adquirir ingressos para acompanhar as competições nas arenas.

“No momento, a situação da Covid no Japão e em muitos outros países é muito desafiadora. Há restrições globais. As partes do lado japonês não poderiam garantir a entrada de torcedores do exterior sem afetar a segurança dos Jogos para os participantes e para o povo japonês. O COI e o IPC mostraram respeito e aceitaram esta conclusão. Estes Jogos serão completamente diferentes dos outros, mas a essência será a mesma, com os atletas dando o melhor e inspirando o mundo”, disse Hashimoto, presidente do Comitê Organizador.

Reembolso dos ingressos

Estima-se que quase 4,5 milhões de ingressos para Olimpíadas e Paralimpíadas já haviam sido vendidos antes da pandemia. Destes, aproximadamente 630 mil comprados por estrangeiros. O governo japonês afirmou que o reembolso dos ingressos será efetuado. Já os custos com passagens aéreas e hospedagens são de responsabilidade dos próprios torcedores.

Nada de voluntários do exterior

Outra medida adotada foi a restrição de voluntários do exterior, que inicialmente somavam mais de 2.000 candidatos. Hoje apenas 500 destes serão selecionados, de acordo com habilidades específicas. Segundo os organizadores, os estrangeiros representavam cerca de 10% do total de 80.000 voluntários que fariam parte de Tóquio 2020 antes da pandemia.

Restrições para os torcedores

As medidas de segurança também se estendem aos torcedores residentes no Japão. O Comitê Organizador sugeriu limitar a presença de público a 50% da capacidade das arenas e todas as pessoas presentes nos eventos serão orientadas a seguir protocolos de comportamento, mantendo distanciamento e evitando gritos e cantos, torcendo apenas com palmas.

Protocolos rígidos para quem for trabalhar nos Jogos

Com o apoio da OMS, o Comitê dos Jogos também estabeleceu protocolos rígidos a atletas, voluntários, jornalistas e demais credenciados para Tóquio 2020. Todos precisarão apresentar um teste negativo para a Covid-19, realizado até 72 horas antes do embarque para o Japão, além de se submeterem a um período de 14 dias de quarentena, antes entrar na Vila Olímpica.

O monitoramento da saúde de todos será constante, com testes PCR frequentes e medição de temperatura. Os credenciados ainda vão precisar baixar um aplicativo no celular para o monitoramento de seu deslocamento, a fim de que se possa rastrear possíveis focos de infecção. Além disso, não poderão usar transporte público ou sair das instalações esportivas e locais pré-determinados.

Todos esses protocolos estão sendo constantemente reavaliados de acordo com a evolução da pandemia, mas o governo do Japão se mostra confiante para a realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos neste ano.

“Estamos tomando medidas para descobrir como vamos superar essa barreira. Com a cooperação de muitas pessoas, estamos conseguindo ter progresso em assegurar as instalações, em simplificar os Jogos e nas medidas contra a covid-19. Acreditamos que podemos entregar Olimpíadas seguras”, disse Toshiro Muto, CEO do Comitê Organizador de Tóquio 2020.

Revezamento da tocha 

A partir da noite desta quarta-feira (24) – manhã de quinta no Japão -, começou o revezamento da tocha olímpica.

Fukushima, região devastada há 10 anos por um terremoto e um tsunami, foi escolhido como o ponto inicial a receber a chama, que cruzará o país até o início dos Jogos, previstos para 23 de julho deste ano.

Azasu Iwashimizu, zagueira da seleção de futebol campeã da Copa do Mundo em 2011, prata em Londres 2012 e campeã asiática em 2014 pela seleção japonesa, foi a primeira atleta a conduzir a tocha, que passará por 47 cidades, até finalmente chegar à capital Tóquio. Ao todo, serão 121 dias de revezamento.

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