Confronto Paris Saint-Germain x Manchester City garante, na decisão, um time que busca o título inédito
Se o PSG deixou claro a capacidade do seu atual elenco ao chegar na final da Liga dos Campeões na temporada passada, a atual edição da principal competição de clubes da Europa está sendo ainda mais desafiante e, até aqui, os comandados de Mauricio Pochettino só deram orgulho aos parisienses. É verdade que, ainda no início deste mês, uma derrota amarga no confronto direto com o Lille pela liderança do Campeonato Francês, com direito a expulsão de Neymar no fim do jogo, fez muitos se questionarem se o PSG teria cacife para eliminar o Bayern de Munique nas quartas de final da Liga dos Campeões. Foi praticamente a mesma equipe alemã que conquistou o título, na temporada passada, sobre o mesmo PSG na final. No entanto, a equipe comandada por Mauricio Pochettino armou a arapuca perfeita para vencer a primeira partida do confronto, por 3 a 2, jogando fora de casa, com duas assistências de Neymar e dois gols de Mbappé. O resultado certamente deu a tranquilidade que o PSG precisava para confirmar a classificação às semifinais, mas o desafio foi digno de um Bayern de Munique, seis vezes campeão da Liga dos Campeões e maior vencedor da Alemanha. Talvez pela pressão de precisar marcar dois gols jogando fora de casa, o Bayern demorou para se encontrar dentro de campo e acabou sendo dominado pelo PSG durante a maior parte do primeiro tempo. Neymar foi o grande nome da equipe parisiense, tendo criado as melhores chances. O camisa 10 passeou dentro de campo, mas parou em Manuel Neuer três vezes, além de ter acertado a trave e o travessão em outras duas oportunidades. A falta de efetividade acabou custando o seu preço: talvez em sua primeira boa chance de marcar, o Bayern, aos trancos e barrancos, foi às redes com Chupo-Moting. Mesmo assim, entre as defesas incríveis de Keylor Navas e a falta de eficiência ofensiva, o PSG conseguiu segurar o resultado (de vitória do Bayern, por 1 a 0) e garantiu seu lugar nas semifinais pelo critério do gol marcado fora de casa (em razão da vitória por 3 a 2 na ida). Antes disso, vale lembrar, o Paris Saint-Germain havia eliminado o Barcelona de Lionel Messi nas oitavas de final, com Neymar assistindo das arquibancadas (por lesão) ao show de seu parceiro, Kylian Mbappé, que anotou um hat-trick na goleada por 4 a 1 em pleno Camp Nou. No entanto, apesar de a classificação sobre o atual campeão e favorito ao bicampeonato dar ao PSG toda a confiança para a conquista do título inédito da Liga dos Campeões, ainda há um caminho árduo para ser percorrido até a glória. Nestas semifinais, que acontecem nos dias 27 e 28 (jogos de ida) deste mês e 4 e 5 de maio (jogos de volta), o Paris Saint-Germain vai enfrentar aquele que é considerado, por muitos, o melhor time do mundo: o Manchester City. A equipe comandada por ninguém menos que Josep Guardiola ruma para o terceiro título de Premier League em cinco temporadas. Na atual temporada, o Manchester City venceu 40 das 50 partidas que disputou, tendo sido derrotado apenas quatro vezes. Especificamente na Liga dos Campeões, a equipe de Guardiola computa nove vitórias e apenas um empate nas dez partidas que disputou, desde a fase de grupos. Portanto, pode-se dizer que este confronto entre Paris Saint-Germain e Manchester City é o mais importante destas semifinais. Quem avançar, pode enfrentar, na grande final, o maior vencedor da Liga dos Campeões, Real Madrid.
Real Madrid derruba Liverpool e volta a se impor na Liga dos Campeões
Depois de duas participações decepcionantes, nas quais foi eliminado logo nas oitavas de final, o Real Madrid está de volta às semifinais da principal competição europeia de clubes. Inevitavelmente, por se tratar do maior vencedor isolado da Liga dos Campeões, com incríveis treze conquistas (seis a mais que o segundo maior vencedor, o Milan), o Real Madrid já chega como um time a ser batido. Nesta temporada, diferentemente de outros momentos da história, a equipe merengue não possui um elenco recheado com os melhores jogadores do mundo, mas ostenta um grupo bastante qualificado e muito bem direcionado por Zinédine Zidane. Mesmo em meio a diversos problemas, incluindo a ausência da dupla de zaga (Sergio Ramos e Raphael Varane), além do lateral-direito, Carvajal, e dos atacantes Eden Hazard e Lucas Vázquez, o comandante francês conseguiu manter a confiança do elenco intacta. Não à toa o Real Madrid, que sofria duras críticas no início da temporada (entre outras razões, pelas eliminações precoces na Supercopa da Espanha e na Copa do Rei), chega para o fim da temporada com todas as condições de conquistar a Liga dos Campeões e, também, o Campeonato Espanhol. Isso porque, além da classificação sobre o atual campeão da Premier League, Liverpool, nas quartas de final da competição europeia, o Real Madrid vem de uma vitória por 2 a 1 sobre o Barcelona, a qual levou a equipe merengue para a vice-liderança e diminuiu a distância em relação ao líder, Atlético de Madrid, para apenas um ponto. E como se trata do Real Madrid, a equipe com mais europeus e, também, da Espanha, os títulos são praticamente uma questão de tempo. No entanto, é importante mencionar o adversário do Real Madrid nas semifinais da Liga dos Campeões: o Chelsea. Os Blues deram um salto incrível no nível de suas atuações desde a chegada do técnico Thomas Tuchel, na 20ª rodada da Premier League. Foram 18 partidas disputadas desde então, das quais o Chelsea venceu 12, empatou 4 e perdeu apenas duas (a última delas na partida de volta das quartas de final, contra o Porto, que terminou em 2 a 1 para o Chelsea no placar agregado. Além disso, apesar de ser um clube que se lançou no cenário internacional mais recentemente (assim como PSG e Manchester City), o Chelsea já teve a experiência de conquistar um título da Liga dos Campeões e, como tem um técnico que recentemente levou o PSG para a final da competição, tem grandes chances de surpreender o Real Madrid.