Em partida atrasada com o lanterna do campeonato, tricolor tenta desbancar Atlético Mineiro.
Nesta quinta-feira (04), às 19h (de Brasília), o Goiás recebe o São Paulo no Estádio da Serrinha para fazer partida válida pela 1ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. Esta é uma das duas partidas atrasadas que o tricolor paulista tem para fazer. Mesmo assim, o São Paulo está apenas 1 ponto atrás do líder (Atlético Mineiro) e, dessa forma, pode alcançar a liderança do campeonato com uma vitória sobre o Goiás nesta partida fora de casa, abrindo, ainda, 2 pontos de vantagem para a equipe mineira. O confronto pode não ser fundamental para o restante do campeonato, até porque o São Paulo poderia alcançar os mesmos 42 pontos do Atlético Mineiro com um simples empate e, ainda, com uma partida a menos (contra o Botafogo, pela 18ª rodada). No entanto, uma vitória é de suma importância para ambas as equipes, pois o Goiás poderia se aproximaria das outras equipes da parte de baixo da tabela e, com a confiança renovada, poderia começar a decolar na tabela; e o São Paulo, como dito, já assumiria a liderança isolada da competição. Vale lembrar que o tricolor não perde em uma competição nacional há 19 partidas, computando 9 vitórias e 10 empates. A última derrota do São Paulo em uma competição nacional foi há 3 meses, pela 7ª rodada do Campeonato Brasileiro. Ao todo, o São Paulo computa apenas 2 derrotas nas 21 rodadas que disputou até aqui, algo que só aconteceu 4 vezes desde que a Série A do Brasileirão possui o atual formato (com 20 clubes e por pontos corridos). Fluminense em 2012, Corinthians em 2017, o próprio São Paulo em 2018 e o Palmeiras no ano passado, mas apenas dois deles terminaram o ano com o título (Fluminense e Corinthians). Neste ano, o São Paulo tenta fazer com que a marca pese a seu favor, para que o clube acabe com uma seca de títulos que já dura 12 anos (no cenário nacional) e 8 levando em consideração a conquista da Copa Sul-Americana em 2012. Para que assim seja, o clube paulista vai em busca de já assumir a ponta da tabela nesta partida contra o lanterna do campeonato. Fernando Diniz vai ter à sua disposição todos os seus principais jogadores (que constantemente aparecem no time titular), incluindo o retorno da dupla de zaga Bruno Alves e Arboleda (o que não acontecia há mais de dois meses). De resto, a equipe são paulina deve ser a mesma dos últimos jogos, com: Tiago Volpi; Juanfran, Bruno Alves, Arboleda e Reinaldo; Luan, Daniel Alves, Igor Gomes e Gabriel Sara; Luciano e Brenner. É verdade que, apesar da péssima campanha que faz e de vir de derrota para o Grêmio (por 2 a 1, fora de casa), o Goiás conseguiu esboçar algum poder de reação nas últimas rodadas e pode dar trabalho para o São Paulo nesta quinta-feira, principalmente porque joga em casa. No entanto, até por conta da solidez que vem apresentando, o tricolor paulista é favorito e tem grandes chances de conquistar a vitória.
São Paulo aposta em Fernando Diniz e colhe os frutos do bom trabalho
O presidente Carlos Augusto Barros e Silva, chamado Leco, completou 5 anos à frente da gestão são paulina neste ano e acumulou críticas durante este período. Leco foi eleito à presidente do São Paulo em 2015 e, por se tratar de gestão transitória (uma vez que o seu antecessor renunciou ao cargo no meio do mandato), reeleito em 2017. Leco apareceu para as organizadas como a solução para os problemas financeiros escandalosos da gestão anterior, e uma de suas promessas era recolocar o clube tricolor como potência no cenário nacional. No entanto, há pouco menos de 1 mês para o fim de seu mandato, Leco deixa o São Paulo como mandatário mais criticado da história do clube. Isso porque o atual presidente do tricolor apenas aumentou as dívidas e acumulou decepções, principalmente com eliminações para equipes bem menos afortunadas em competições por mata-mata (desde Copa do Brasil até fase qualificatória da Copa Libertadores da América). Nem tudo, porém, foi decepção. A chegada do jovem advogado (Alexandre Pássaro) à gerência executiva de futebol do São Paulo foi um de seus maiores trunfos, pois foi Pássaro quem conseguiu fechar acordo com Daniel Alves, Hernanes e outros jogadores importantes para o atual elenco de Fernando Diniz. Isso sem falar, é claro, na escolha dos ídolos Raí (coordenador técnico) e Lugano (diretor de relações institucionais) para a linha de frente do São Paulo. Foram eles que serviram de suporte, por exemplo, para a manutenção de Fernando Diniz no comando técnico quando a pressão das organizadas e da torcida são paulina em geral crescia, como na eliminação precoce do estadual e, mais recentemente, da Copa Sul-Americana. O atual treinador do São Paulo assumiu o comando da equipe tricolor na 22ª rodada do Campeonato Brasileiro do ano passado (setembro de 2019), após a diretoria ceder (como de costume) à pressão da torcida e demitir o então técnico Cuca. Só que Fernando Diniz teve a confiança dos jogadores desde o início (Daniel Alves e Hernanes declararam apoio ao treinador) e a diretoria acreditava no poder das “ideias modernas de jogo” do treinador. Diniz terminou 2019 na mesma colocação em que assumiu a equipe (6ª) e conseguiu mostrar para a diretoria que era a pessoa certa para colocar o clube de volta no caminho dos títulos. Depois de algumas decepções e muita pressão, o São Paulo de Fernando Diniz se vê em uma grande sequência de 9 partidas sem perder (com 7 vitórias e apenas 2 empates), sendo que, especificamente no Campeonato Brasileiro, não perde há 14 rodadas. Dessa forma, se as coisas acontecerem como o esperado na partida contra o Goiás desta quinta-feira, o São Paulo alcançaria a liderança isolada da Série A, com uma partida a menos em relação aos principais concorrentes e chances reais de título Brasileiro.