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Mundial de Clubes: como estão Real Madrid e Flamengo?  

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A Fifa organiza o Mundial de Clubes (Reprodução: site Fifa.com)

Neste final de semana, as duas maiores potências do futebol espanhol, Real Madrid e Barcelona, voltaram a se enfrentar na final da Supercopa da Espanha, o que não acontecia desde 2017. Na temporada passada (2021/22) as equipes até se enfrentaram no torneio, mas nas semifinais, e o Real Madrid foi quem se classificou à final ao vencer na prorrogação, após empate por 2 a 2 no tempo normal, e se sagrou campeão depois, superando o Athletic Bilbao na decisão. Dessa forma, o Real Madrid chegou para esta final da Supercopa da Espanha 2022/23 como atual campeão, e podendo alcançar o mesmo número de títulos do Barcelona, que, com 13 conquistas, era o maior vencedor da competição. No entanto, o Real Madrid, atual campeão da Supercopa da Espanha, do Campeonato Espanhol (La Liga) e da UEFA Champions League, desmoronou diante do Barcelona no último domingo (15). Contando com uma atuação de gala de suas crias de La Masia (Centro de Treinamento das categorias de base do clube), o Barcelona voltar a conquistar o título da Supercopa da Espanha e abriu uma vantagem ainda maior para o Real Madrid como maior vencedor do torneio.

O momento do Real Madrid:

Até a parada para a Copa do Mundo do Catar 2022, o Real Madrid estava caminhando muito bem. Mesmo com um tropeço aqui e outro ali, a equipe comandada pelo experiente treinador italiano, Carlo Ancelotti, se classificou às oitavas de final da UEFA Champions League na liderança do Grupo F e vinha lutando ponto a ponto com o Barcelona pela liderança do Campeonato Espanhol (La Liga). E o retorno do clube às competições oficiais, após o término da Copa do Mundo, foi promissor: venceu o Valladolid fora de casa pela 15ª rodada de La Liga e igualou o Barcelona no número de pontos. Depois disso, o Real Madrid se classificou às oitavas de final da Copa do Rei da Espanha ao vencer o Cacereño (clube da 4ª divisão do Campeonato Espanhol) fora de casa com um time praticamente reserva. No entanto, na partida seguinte, em uma rodada decisiva de La Liga, na qual poderia assumir a liderança, uma vez que o Barcelona enfrentava o Atlético de Madrid fora de casa, o Real Madrid foi superado pelo Villarreal fora de casa e viu o rival somar os três pontos. Então veio a semifinal da Supercopa da Espanha, na qual o Real Madrid, na condição de atual campeão de La Liga, enfrentou o Valência, na condição de atual vice-campeão da Copa do Rei. Considerando a situação do Valência em La Liga, onde ocupa apenas a 12ª posição, a expectativa era de que o Real Madrid conseguisse uma vitória, mas a classificação à final veio apenas nos pênaltis, depois de um confronto até equilibrado no tempo normal e na prorrogação.

A final:

A derrota para o Villarreal em La Liga e o sufoco diante do Valência na semifinal da Supercopa da Espanha poderia ter servido de aviso, no sentido de que Carlo Ancelotti precisava fazer mudanças para conseguir surpreender o Barcelona na final, mas o técnico merengue fez somente uma mudança na equipe (em relação a que enfrentou o Valência): tirou Rodrygo e colocou Luka Modric, deixando apenas Karim Benzema e Vinícius Júnior no ataque. Provavelmente, a ideia de Carlo Ancelotti era tomar conta do meio de campo, posicionando 4 jogadores neste setor: Toni Kroos, Luka Modric, Fede Valverde e Camavinga. Na defesa, porém, Carlo Ancelotti não contou com um jogador fundamental: David Alaba. Ainda assim, Éder Militão e Antonio Rudiger formavam uma ótima dupla de zaga, com o experiente Carvajal na lateral-direita. Mas foi no outro lado do setor defensivo, o esquerdo, ocupado por Ferland Mendy, por onde o Barcelona atacou com Ousmane Dembélé, que o Real Madrid mais sofreu na final da Supercopa. Na verdade, o Real Madrid não conseguiu achar a bola em nenhum setor do campo. Nem mesmo as investidas de Vinícius Júnior pela ponta esquerda foram eficazes. O brasileiro foi muito bem marcado pelo uruguaio Ronald Araújo, que é zagueiro, mas

atuou praticamente como um lateral para cumprir a função de parar um dos melhores jogadores do Real Madrid. O principal destaque do jogo acabou sendo um outro jovem, um jovem espanhol de apenas 18 anos. Gavi flutuou por entre as linhas de marcação do Real Madrid e não encontrou resistência. Depois de criar várias oportunidades, Gavi recebeu de Lewandowski após erro do Real na saída de bola e tocou no canto para vencer Courtois. Ainda

no primeiro tempo, Militão e Carvajal se desentenderam e abandonaram juntos a última linha de defesa: De Jong esticou para Gavi, que esperou a aproximação de Rudiger para deixar Lewandowski na boa para ampliar o marcador. No segundo tempo o panorama da partida foi o mesmo, de controle absoluto do Barça, que fez o 3 a 0 com Pedri, em assistência de Gavi. O Real Madrid, com Karim Benzema, marcou o gol de honra nos acréscimos da etapa final e não teve tempo para buscar a reação.

Flamengo de Vítor Pereira estreia com goleada no Campeonato Carioca.

É verdade que o Real Madrid é o maior clube do mundo e chega para o Mundial de Clubes como favorito ao título, até porque a última vez que um clube europeu não venceu o torneio foi em 2012, quando o Corinthians superou o Chelsea. No entanto, enquanto a equipe merengue vem passando por um momento instável e vai ter apenas 4 partidas para tentar reencontrar o seu melhor equilíbrio até o Mundial de Clubes, o Flamengo sente a brisa de um início de trabalho promissor de Vítor Pereira. A equipe principal do Flamengo estreou no Campeonato Carioca no último domingo (15) com goleada pra cima da Portuguesa. É verdade que o adversário não serve como parâmetro, mas sim a forma como o Flamengo atuou. A partida marcou o retorno de Gerson, que fez companhia a Thiago Maia e Éverton Ribeiro no meio de campo. Na frente, Pedro e Gabigol formaram a dupla de ataque, e foram eles que deram início aos trabalhos no Maracanã: Pedro abriu o placar de peito, após cruzamento de Ayrton Lucas, e Gabigol ampliou após receber de Pedro, ajeitar para a perna esquerda e soltar a bomba da entrada da área. Foi a estreia de Gabi com a camisa 10 do Flamengo. A Portuguesa até tentou amargar a estreia do Flamengo, diminuindo ainda no primeiro tempo após recuo infeliz de Ayrton Lucas para o goleiro Santos, que Edson Cariús aproveitou para marcar. Mas o Flamengo voltou com tudo para o segundo tempo e Fabrício Bruno, com outra assistência de Pedro, e Thiago Maia, recebendo de Matheuzinho após jogada de camisa 10 de Gabigol, deram números finais à goleada de 4 a 1 do Flamengo sobre a Portuguesa.

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