Nesta sexta-feira (28), 3 jogos movimentaram a 6ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.
Em Mato Grosso, na Arena Pantanal, o Cuiabá, até então vice-líder, recebeu a Chapecoense (3ª colocada), para a chamada “partida dos 6 pontos”, ou seja, aquela em que, além dos 3 pontos conquistados com a vitória, os 3 pontos que deixaram de ser somados pelo adversário também é importante dentro da competição. Além de tudo isso, o vencedor poderia acordar neste sábado na 1ª colocação da tabela de classificação. Muito estava em jogo, e duas equipes muito qualificadas duelavam pela vitória. Como jogava em casa, o Cuiabá logo se lançou em busca do primeiro gol logo nos primeiros minutos, mas acabou sendo surpreendido em contra-ataque. Quer dizer, não foi bem um contra-ataque conceitual, pois começou com um lançamento longo de Alan Ruschel direto do campo de defesa, e foi parar em Paulinho Moccelin se antecipando ao zagueiro do Cuiabá para dar uma “casquinha” para ele mesmo recuperar na frente. O atacante da Chape ainda tentou tocar para o companheiro, mas a bola bateu em outro defensor do Cuiabá e voltou para Paulinho, que finalmente soltou a canhota e abriu o placar para a equipe catarinense. Depois do gol, o Cuiabá foi de vez para o ataque e a partida praticamente se tornou de ataque contra defesa. Como a equipe visitante não conseguia contra-atacar, o Cuiabá foi tentando de todas as formas: trocando passes até abrir espaço para a finalização (Jenison parou em João Ricardo), em chute de fora da área (Felipe Ferreira mandou pra fora) e, também, através de cruzamento na área (Felipe Ferreira cabeceou pra fora). Nada funcionou para o time da casa no primeiro tempo. Na volta do intervalo, com o jogo truncado, os ânimos se exaltaram, Hayner (lateral-direito do Cuiabá) e Anselmo Ramón (centroavante da Chape) trocaram “carinhos” em dividida e acabaram expulsos pelo árbitro Fábio Augusto Sá Júnior. Com os dois times com 10 em campo a partida ficou mais aberta e o Cuiabá voltou a pressionar a Chape, mas o empate custou a sair: só aconteceu nos acréscimos da etapa final (48’), com o zagueiro e capitão, Anderson Conceição, que àquela altura já havia virado centroavante e aproveitou cruzamento de Maxwell para testar pro fundo da rede. E não parou por aí. O Cuiabá foi em busca de mais assim que a bola voltou a rolar do meio de campo, fez pressão sobre o adversário, roubou a posse e chegou à virada em mais um cruzamento na área, desta vez vindo de Fabrício Daniel, após boa jogada na ponta esquerda. A bola passou por toda a defesa da Chapecoense dentro da grande área, até encontrar os pés de Yago, que acertou um belo chute com a perna canhota (que não é a boa) para decretar a virada: Cuiabá 2 x 1 Chapecoense, placar final. Com a vitória, o Cuiabá chegou à liderança da Série B, com 13 pontos conquistados em 5 rodadas disputadas (4 vitórias e 1 empate). A equipe mato-grossense, porém, ainda pode ser ultrapassada pelo Paraná Clube, que joga contra o Vitória, fora de casa, neste sábado (29), às 16 horas.
Também com virada no fim, Náutico supera Guarani.
Logo após a partida entre Cuiabá e Chapecoense, o Guarani recebeu o Náutico no Estádio Brinco de Ouro, em Campinas (São Paulo). Próximas à zona do rebaixamento, as duas equipes estavam em busca da vitória para respirar novos ares na tabela da Série B, mas em situações distintas. O Náutico está em processo de transformação desde a chegada de Gilson Kleina, duas semanas atrás, técnico que fez apenas o seu segundo jogo à frente da equipe pernambucana. Já o Guarani, que atuava em seu território, passa por um momento delicado com um técnico que está à frente da equipe há cerca de 1 ano, e que já tem um trabalho consolidado. Thiago Carpini assumiu o Bugre na 18ª rodada da Série B, com a equipe do interior paulista ocupando a última colocação da tabela, 6 pontos atrás da primeira equipe fora da zona de rebaixamento. Como é de se imaginar, o Guarani não caiu para a Série C, terminando a Série B de 2019 na 13ª colocação, 4 posições e 5 pontos à frente da primeira equipe terminou na zona de rebaixamento. Neste ano, pelo Campeonato Paulista, o Guarani iniciou com uma das melhores campanhas e foi bem até a paralisação, quando acabou caindo de rendimento e conseguiu perder a vaga no mata-mata para o Corinthians nas últimas 2 rodadas, estando 5 pontos na frente do Timão. Depois disso, o Guarani disputou o Troféu Interior, tendo sido derrotado na final para o RB Bragantino. Desde então, a equipe de Thiago Carpini não funcionou mais. Com a derrota para o Náutico nesta sexta-feira, o Bugre perdeu a 5ª em 6 partidas, ocupa a 16ª colocação com 3 pontos em 6 rodadas e pode terminar a semana na zona de rebaixamento. Com isso, a “era Carpini” pode estar próxima do fim.
O Guarani até começou melhor na partida e conseguiu abrir o placar no fim do primeiro tempo, com belo chute de Eduardo Person da intermediária. O problema foi que a vantagem levada para o segundo tempo colocou a equipe da casa na zona de conforto, e o Náutico começou a gostar da partida. Até que o empate aconteceu, após bela trama em contra-ataque, que terminou com Salatiel ajeitando de letra para Jean Carlos soltar o pé da entrada da área e marcar mais um belo gol na partida. O Guarani acabou sentindo o golpe, passou a ser pressionado pelo Náutico, não conseguiu ser contundente na resposta e, nos acréscimos, tomou a virada. O goleiro Rafael Pin cortou mal um cruzamento na área e o paraguaio Guillermo Paiva subiu mais do que todo mundo para testar, sem goleiro, pro fundo da rede. Placar final: Guarani 1 x 2 Náutico. Foi a primeira vitória do Náutico na competição, que levou a equipe para a 10º colocação, com 7 pontos em 6 jogos.