Com duas partidas pelo grupo A, envolvendo Argentina e Uruguai, encerra hoje a fase de classificação da Copa América.
Seleção Brasileira perde 100% de aproveitamento com empate diante do Equador na última rodada
O Brasil enfrentou o Equador no último domingo (28), em partida válida pela última (4ª) rodada do grupo B da Copa América. Para a Seleção Brasileira, que já estava garantida na liderança do grupo, a partida serviu como teste para alguns jogadores que não estavam tendo muita chance de jogar. As maiores novidades foram o lateral-direito Emerson Royal, que vai retornar ao Barcelona nesta temporada, após empréstimo ao Real Betis, e o volante Douglas Luiz, que defende o Aston Villa há duas temporadas. Tite aproveitou também para poupar o craque Neymar e foi a campo testando um quarteto ofensivo formado por Lucas Paquetá, Everton Cebolinha, Roberto Firmino e Gabriel Barbosa, mas eles tiveram dificuldade para furar o bloqueio dos equatorianos. Para a Seleção Equatoriana, comandada pelo argentino Gustavo Alfaro, conseguir somar pelo menos um ponto diante do Brasil era fundamental para a classificação às quartas de final. Na verdade, apenas a vitória interessava para os equatorianos, pois dependeriam de derrota da Venezuela para classificarem. No fim, foi exatamente isso o que aconteceu, mas, antes de tudo isso se determinar, Brasil e Equador entraram em campo para fazer uma partida tensa. Apesar de já estar garantido, não só nas quartas de final, como, na liderança do grupo B, a Seleção Brasileira buscava emplacar a 11ª vitória consecutiva para ajudar Tite a entrar para um grupo seleto de treinadores. A Seleção Equatoriana pode ter sido instável nos três primeiros jogos (empatou 2 e perdeu 1), mas fez jogo duro com os brasileiros no último domingo, principalmente no quesito marcação. Foi preciso algum tempo para que o quarteto ofensivo começasse a funcionar e levar perigo à meta adversária, mas aconteceu. Lucas Paquetá foi o primeiro a fazer o goleiro equatoriano, Hernán Galíndez, trabalhar, em chute de fora da área, e Gabigol exigiu que ele fizesse, possivelmente, a melhor defesa do jogo alguns minutos depois: Paquetá deu uma cavadinha para o atacante do Flamengo, que se jogou na bola para chegar antes do goleiro e conseguiu dar o toque por baixo, mas não venceu Galíndez. O sistema defensivo do Equador funcionou tão bem que a Seleção Brasileira só conseguiu abrir o placar em bola parada, levantada na área por Everton Cebolinha e completada no capricho pelo zagueiro do Real Madrid, Éder Militão. Só que o Brasil recuou demais no segundo tempo, foi pressionado desde os primeiros minutos e logo permitiu o empate: a bola ficou viva na entrada da área após cobrança de escanteio e o experiente Enner Valência conseguiu deixar Ángel Mena na cara do gol para deixar tudo igual no placar. O confronto se equilibrou depois do empate e a Seleção Brasileira até conseguiu criar algumas chances de marcar o gol da vitória com algumas mudanças feitas no segundo tempo, mas faltou eficiência para a manutenção do 100% de aproveitamento na Copa América.
Venezuela fica fora do mata-mata pelo grupo B e se junta à Bolívia, que foi eliminada com antecedência no grupo A:
Enquanto os equatorianos lutavam para garantir o empate com a Seleção Brasileira, torciam para que os venezuelanos fossem derrotados pela Seleção Peruana na outra partida do grupo, que também aconteceu no último domingo. Só que os peruanos queriam confirmar a vice-liderança do grupo com pelo menos um empate, e não entraram em campo pensando em garantir apenas um ponto. A Seleção Venezuelana até conseguiu surpreender nos contra-ataques e teve algumas chances de marcar, mas não conseguiu aproveitar as oportunidades e acabou sendo castigada no segundo tempo: em cobrança de escanteio os 3 minutos da etapa final, a defesa venezuelana não conseguiu fazer o corte e a bola sobrou para André Carille marcar o gol que deu a vitória para os peruanos. O resultado garantiu o Peru na vice-liderança do grupo B e, consequentemente, tirou a Venezuela das quartas de final. Assim ficou a classificação do grupo B: Brasil, líder, com 10 pontos; Peru, vice-líder, com 7 pontos; Colômbia, 3ª colocada, com 4 pontos; Equador, 4º colocado, com 3 pontos; e Venezuela, lanterna e desclassificada, com 2 pontos.
Últimos jogos do Grupo A definem as quartas de final da Copa América:
Nesta segunda-feira (28), às 21 horas (de Brasília) acontecem os dois jogos válidos pela última rodada do grupo A, os quais vão definir os confrontos das quartas de final. Vale lembrar que os líderes de cada grupo enfrentam os 4º colocados do grupo oposto, da mesma forma que os vice-líderes enfrentam os 3º colocados. Neste momento, o Uruguai (4º colocado do grupo A) seria o adversário do Brasil já na primeira fase do mata-mata da Copa América, mas pode acabar sendo o Chile. Isso porque a Seleção Chilena, que ocupa a 3ª posição do grupo A neste momento, já disputou as quatro rodadas que são feitas nesta fase da competição e soma apenas um ponto a mais que a Seleção Uruguaia, que enfrenta o Paraguai nesta última rodada pensando em saltar para a 2ª posição com uma vitória. São os paraguaios que ocupam a vice-liderança do grupo, mas somam apenas dois pontos a mais que os uruguaios e vão precisar de pelo menos um empate para confirmar a boa colocação. Como faz boa campanha até aqui, a Seleção Paraguaia tem boas chances de conseguir o empate com a Seleção Uruguaia, que conseguiria pelo menos assumir a 3ª posição do grupo A com o empate e já não enfrentaria o Brasil nas quartas de final, deixando essa “bucha” para os chilenos. A partida entre Paraguai e Uruguai, que acontece no Engenhão, vai ser transmitida pelo Fox Sports em TV fechada. No mesmo dia e horário, a ESPN Brasil transmite, também para os assinantes da TV a cabo, a partida entre Argentina e Bolívia. Como os bolivianos ainda não conseguiram somar pontos na competição e já estão previamente eliminados do mata-mata, a expectativa é de que os argentinos não tenham problemas para somar os três pontos e garantir a liderança do grupo A, que lhes renderia o Equador como adversário nas quartas de final.