Ao que tudo indica, a pressão de atletas surtiu efeito e o Comitê Olímpico Internacional finalmente considera o adiamento da Olimpíada Tóquio 2020.
Em reunião extraordinária, por videoconferência, neste domingo (22), o Comitê Executivo do COI descartou o cancelamento total do evento.
No entanto, por outro lado, o COI já adota uma postura menos irredutível, como era até então, em relação a um possível adiamento.
Tanto é que durante o encontro estipulou um prazo de quatro semanas para uma decisão definitiva sobre adiar os Jogos.
Ou seja, um adiamento deixou de estar descartado pelos organizadores. Originalmente, a abertura oficial de Tóquio 2020 está marcada para 24 de julho.
“O COI, em total coordenação e parceria com o Comitê Organizador de Tóquio 2020, as autoridades japonesas e o Governo Metropolitano de Tóquio, iniciará discussões detalhadas para concluir sua avaliação da situação da saúde no mundo e seu impacto nos Jogos Olímpicos, incluindo o cenário de adiamento”, afirmou em nota.
“Há um aumento dramático de casos e novos surtos de COVID-19 em diferentes países em diferentes continentes. Isso levou o comitê executivo à conclusão de que o COI precisa dar o próximo passo em seu planejamento de cenários”, ponderou.
Canadá decide não enviar atletas à Olimpíada e à Paralimpíada de 2020
O Canadá é o primeiro país a oficialmente se negar a enviar os seus atletas aos Jogos Olímpicos e às Paralimpíadas Tóquio 2020.
Em carta publicada em seus sites, neste domingo, o Comitê Olímpico do Canadense (COC) e o Comitê Paralímpico (CPC) anunciaram a decisão, além de fazer um apelo ao Comitê Olímpico Internacional (COI) e ao Comitê Paralímpico Internacional (IPC) para que adiem os dois eventos, em função da pandemia do novo coronavírus.
“O COC e o CPC pedem urgentemente ao COI) e ao Comitê Paralímpico Internacional e à Organização Mundial de Saúde (OMS) que adiem os Jogos por um ano… Apesar de reconhecermos as complexidades inerentes a este adiamento, nada é mais importante que a saúde e segurança dos nossos atletas e da comunidade mundial.”
“Isto não é somente sobre saúde dos atletas. É sobre saúde pública. Com a COVID-19 e seus riscos associados, não é seguro para nossos atletas, e para a saúde e segurança de suas famílias e à comunidade canadense mais ampla, que atletas continuem treinando para estes Jogos. Inclusive, vai contra as orientações de saúde pública que pedimos que todos os canadenses sigam”, argumentaram na carta.