Trajetória da Seleção Brasileira em busca do segundo título consecutivo e a manutenção da invencibilidade em casa na competição:
Na última segunda-feira (05) a Seleção Brasileira voltou a enfrentar a Seleção Peruana nesta Copa América, mas, desta vez, para definir quem iria para a decisão da competição. Defendendo o 100% de aproveitamento em casa na Copa América (a Seleção Brasileira venceu as cinco vezes que a competição foi disputada em solo brasileiro), o Brasil passou pela fase de grupos invicto: liderou o grupo B com 3 vitórias e apenas 1 empate, na última rodada, quando Tite enfrentou um Equador que precisava somar pontos e ainda optou por testar uma escalação um tanto diferente. Os rivais do Brasil nas quartas de final foram os chilenos, que venceram a última edição da Copa América que não foi disputada em solo brasileiro (em 2016). A partida de mata-mata foi a primeira na qual a Seleção Brasileira realmente esteve em situação desconfortável em muitos momentos, mas a qualidade coletiva, somada à estrela de Lucas Paquetá, que marcou o gol da vitória por 1 a 0 em jogada com Neymar, decretaram a classificação dos comandados de Tite. Nas semifinais, voltando a enfrentar o Peru (seleção que o Brasil goleou na fase de grupos), o técnico brasileiro não pôde contar com Gabriel Jesus, que também não vai poder estar em campo na decisão, contra a Argentina, por ter sido suspenso por dois jogos depois de ter acertado o rosto de um adversário chileno com a chuteira em uma disputa de bola. No entanto, com Everton Cebolinho se unindo à Richarlison, Neymar e Paquetá no time titular, a Seleção Brasileira conseguiu mais uma vez controlar bem a partida contra o Peru, válida pelas semifinais, e se classificou com mais um gol surgido através da dupla Neymar e Paquetá: o camisa 10 do PSG recebeu de Richarlison em contra-ataque, avançou até invadir a área, deixou dois marcadores na saudade e rolou na marca do pênalti para Lucas Paquetá, com categoria e tranquilidade, empurrar para o fundo da rede. Dessa forma, o Brasil chega para a final invicto e com 100% de aproveitamento com Neymar em campo e, portanto, espera que, assim como aconteceu nas semifinais da Copa América de 2019 (também disputada no Brasil), vença a Argentina para faturar o décimo título da competição sul-americana de seleções.
Trajetória dos argentinos rumo a mais uma final de Copa América (a quarta de Lionel Messi):
A Seleção Argentina estreou nesta Copa América com um sentimento amargo, pois não sabe o que é levantar um título desde a Copa América de 1993 (há quase 30 anos). Naquela oportunidade, a Argentina passou pelo Brasil de Carlos Alberto Parreira nas quartas de final, em disputa por pênaltis, e faturou o título vencendo o México na final, por 2 a 1, com dois gols de Gabriel Batistuta. Desde então, a Seleção Albiceleste disputou quatro finais de Copa América (duas delas contra o Brasil) e acabou ficando com o vice em todas elas. O atual camisa 10 e principal artilheiro da história da Seleção Argentina, Lionel Messi, esteve presente em três destas finais e não conseguiu balançar as redes para ajudar em uma possível vitória em nenhuma delas. O craque argentino está se encaminhando para os últimos anos da carreira e carrega o peso de ainda não ter conseguido levantar um troféu com sua seleção, apesar dos títulos do Mundial Sub-20 e dos Jogos Olímpicos (competições que envolvem jogadores com limite de idade, e não as principais seleções). Agora, voando na artilharia isolada da Copa América 2021 aos 34 anos, Messi carrega consigo a experiência de uma carreira cheia de glórias, mas também de derrotas, para tentar realizar o desejo de ajudar sua seleção a acabar com uma longa seca de títulos. Com quatro gols marcados e cinco assistências para gol nas seis partidas disputadas, o camisa 10 argentino praticamente carregou sua seleção na marra até mais uma decisão de Copa América e certamente está disposto a alcançar seu melhor nível para atingir o objetivo de ser campeão. Vale sempre lembrar que o craque argentino está há apenas 1 gol de igualar a marca de Pelé, como maior artilheiro de uma seleção sul-americana. O Rei do futebol marcou 77 vezes em 92 partidas oficiais da Seleção Brasileira (sendo um total de 95 em 114 partidas, oficiais ou não) e é seguido por Messi, que chegou a 76 gols em 150 partidas (contando as disputadas nesta Copa América) pela Argentina: com outras 47 assistências, tem participação em um total de 123 gols da seleção.
Prévia da final: Brasil x Argentina.
Brasil e Argentina definem o título da Copa América no próximo sábado (10), às 21 horas (de Brasília), no Maracanã, em partida que vai ser transmitida pelo SBT na TV aberta e pela ESPN Brasil na TV fechada. Se, de um lado, a Argentina aposta na experiência de seu camisa 10, que foi seis vezes eleito o melhor jogador do mundo pela revista France Football (a qual premia com a famosa bola de ouro), para reencontrar o caminho dos títulos, o Brasil se apega, da mesma forma, ao brilho individual de seu camisa 10, para manter o tabu de nunca ter perdido a Copa América em casa. Neymar balançou as redes duas vezes e deu outras três assistências nas cinco partidas que disputou nesta Copa América, computando um total de 68 gols e outras 53 assistências em um total de 110 partidas disputadas. O atual camisa 10 é o 3º na lista de maiores artilheiros de seleções sul-americanas, por enquanto, e tem média de pelo menos uma participação em gol (marcando ou dando assistência) por partida. No entanto, a seleção comandada por Tite vai muito além de um craque: conta com um sistema defensivo sólido; tem um volante, camisa 5 e capitão, que já venceu a Liga dos Campeões quatro vezes pelo Real Madrid, clube no qual também é fundamental na função de cão-de-guarda (e aparece bem na área para definir muitas partidas, como foi na vitória, de virada, sobre a Colômbia); e, finalmente, conta com várias opções no setor ofensivo. Na final Tite não vai poder contar com Gabriel Jesus, mas deve começar o jogo com Paquetá, Neymar, Richarlison e Roberto Firmino (ou Everton Cebolinha). Como se não bastasse, os craques do Flamengo, Éverton Ribeiro e Gabriel Barbosa, são sempre boas opções no banco de reservas.