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Semifinais do Mundial de Clubes  

Al Ahly surpreende Monterrey nas quartas de final e volta a encontrar o Palmeiras na competição.

Às 13:30 (no horário de Brasília) desta terça-feira (8), o Palmeiras enfrenta o Al Ahly no Estádio Al Nahyan, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, pela semifinal do Mundial de Clubes. Atual Bicampeão da Copa Libertadores da América, o Palmeiras chega para este Mundial de Clubes com uma grande expectativa de luta pelo título, mas, para pelo menos chegar na final, vai ter de superar um dos seus algozes” do ano passado: o Al Ahly. Depois de ter caído para o Tigres, do México, na semifinal do último Mundial de Clubes, o Palmeiras perdeu a disputa de terceiro lugar para o Al Ahly, do Egito, e consolidou uma participação melancólica na competição tão desejada pelos torcedores do Alviverde. Agora, com o Palmeiras tendo conquistado o Bicampeonato da Libertadores, a expectativa é grande sobre a classificação para a final do Mundial de Clubes, mas o mesmo sonho vive o Al Ahly, que também disputa a competição pelo segundo ano consecutivo, em razão do Bi da Liga dos Campeões da África, e mais uma vez cruza o caminho do Verdão. Desta vez, porém, ao invés de uma disputa um tanto desinteressante pelo terceiro lugar, Palmeiras e Al Ahly disputam uma vaga para a final deste Mundial de Clubes. Mesmo tendo perdido sete jogadores (convocados pela Seleção Egípcia para a disputa da Copa Africana de Nações) para disputar as quartas de final contra o Monterrey (do México, atual campeão da Liga dos Campeões da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe – CONCACAF), o Al Ahly se superou e conseguiu a classificação para as semifinais ao vencer por 1 a 0 a equipe mexicana, que era considerada favorita para avançar. Agora, com o término da Copa Africana de Nações e a expectativa de que o Al Ahly conte com o retorno de cinco dos sete jogadores que tinham sido convocados pela Seleção Egípcia, que incluem o camisa 10 da equipe, o atacante Mohamed Sherif, a expectativa é de que os campeões africanos apresentem, assim como no ano passado, grande resistência ao Palmeiras nestas semifinais do Mundial de Clubes.

Técnico do Al Ahly diz ter fórmula perfeita para superar o Palmeiras e ser o terceiro a chegar na final do Mundial

O “Clube do Século”, como foi eleito pela Confederação Africana de Futebol (CAF), é também chamado de “Real Madrid da África” em razão do seu poderio financeiro, que se equipara ao do próprio Palmeiras (sendo superior ao da maioria dos clubes brasileiros e, também, dos demais clubes africanos). Não à toa o Al Ahly é disparado o maior clube do continente africano, ostentando 10 títulos da Liga dos Campeões da CAF e outros 79 títulos nacionais (42 do Campeonato Egípcio e 37 da Copa do Egito). No entanto, em se tratando do Mundial de Clubes, o Al Ahly tem o terceiro lugar sobre o Palmeiras como sua melhor campanha, mas outros dois clubes da África já chegaram na decisão: o Raja Casablanca, do Marrocos, que em 2013 passou pelo Atlético Mineiro na semifinal e perdeu para o Bayern na decisão, e o Mazembe, da República Democrática do Congo, que em 2010 foi vice-campeão tendo passado pelo Internacional na semifinal. Uma coisa que o Al Ahly tem em comum com os demais é o fato de enfrentar um clube brasileiro nas semifinais. E se o Al-Ahly conseguiu eliminar o Monterrey nas quartas de final sem a presença de sete jogadores que estavam defendendo a seleção, quanto mais nesta semifinal contra o Palmeiras, na qual cinco dos sete que ficaram fora da primeira partida devem aparecer entre os titulares. Além disso, o técnico Pitso Mosimane, que colecionou títulos importantes no continente africano nos últimos anos, afirmou ter a fórmula perfeita para surpreender o Verdão Paulista. Em entrevista concedida ao ESPN.com.br, o ex-jogador Pio Nogueira afirmou ter conversado com o comandante do Al Ahly sobre a semifinal com o Palmeiras e replicou as palavras ouvidas de Pitso: “Eu sei bem como o Palmeiras joga, temos tudo preparado em vídeo. Se eles vierem dessa forma, a gente vai ‘engolir’, porque nossos jogadores, fisicamente falando, têm um poderio maior que os brasileiros”. Por outro lado, Pitso Mosimane ressaltou a importância de contar com os cinco jogadores que estão retornando da seleção: “Se eu conseguir trazer os caras inteiros fisicamente, vou ganhar (do Palmeiras)”.

Palmeiras chega confiante e motivado para avançar à final do Mundial de Clubes 

Mais do que apresentar a manutenção do trabalho que vem sendo feito nos últimos anos, o Palmeiras de Abel Ferreira começou este ano procurando mais variações táticas e evolução no setor ofensivo, o que vai ser importante para enfrentar o Al Ahly. Iniciando a temporada em ritmo intenso, o Palmeiras venceu o Grêmio Novorizontino fora de casa pelo placar de 2 a 0, em partida válida pela primeira rodada do Campeonato Paulista, com o mesmo time com o qual jogou a final da Libertadores, contra o Flamengo, no ano passado, com: Weverton; Mayke, Luan, Gustavo Gómez e Joaquin Piquerez; Danilo, Zé Rafael, Raphael Veiga e Gustavo Scarpa; Dudu e Rony. Na segunda rodada, já com algumas modificações em relação à estreia, venceu a Ponte Preta por 3 a 0. Após um empate com o São Bernardo na terceira rodada, quando Abel Ferreira foi a campo com um time considerado reserva, o Palmeiras voltou a vencer na quarta rodada, que foi a última partida antes do Mundial. As partidas serviram como teste para o técnico Abel Ferreira e para mostrar a capacidade do Palmeiras em controlar as partidas em que deve propor o jogo por conta da postura defensiva do adversário, como deve ser contra o Al Ahly nesta semifinal do Mundial de Clubes. Neste ano o time de Abel Ferreira chega para a disputa do Mundial de Clubes com uma grande expectativa de ao menos chegar na final, diferentemente do que aconteceu no ano passado. Além disso, os torcedores do Verdão Paulista têm o sonho de levantar o título da competição pela primeira vez logo após ter vencido a competição sul-americana, de forma a calar os rivais que não consideram a conquista de 1951, quando ainda não havia uma disputa oficial entre clubes da América do Sul. A FIFA, porém, reconhece o Palmeiras não apenas como campeão, mas como o primeiro campeão mundial entre clubes da história.

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