Perto do Mundial, Chelsea sofre derrota em confronto direto com líder Manchester City e empata com o Brighton, ficando longe da liderança da Premier League.
Depois de liderar a Premier League por boa parte do primeiro turno, o atual campeão da Liga dos Campeões passa por um momento complicado no Campeonato Inglês. No último sábado (15) o Chelsea visitou o Manchester City no Etihad Stadium precisando vencer para voltar a deixar em 7 pontos a distância em relação ao líder da Premier League, que naquele momento já tinha 10 pontos de vantagem. No entanto, os comandados de Josep Guardiola venceram por 1 a 0 com um belo gol de Kevin de Bruyne e, ao contrário do que os Blues esperavam, aumentou para 13 pontos a distância em relação ao Chelsea. E teve mais. Na última terça-feira (18) o Chelsea visitou o Brighton & Hove Albion no Falmer Stadium por partida adiantada da 24ª rodada em razão da disputa do Mundial de Clubes. Os Blues precisavam dos três pontos mais do que nunca: tanto para assumir a vice-liderança da Premier League, ainda que de forma temporada, quanto para não permitir que o Manchester City abrisse ainda mais pontos de vantagem posteriormente. Desde os primeiros minutos, porém, o Chelsea percebeu que não teria vida fácil diante do Brighton, que aproveitou o apoio da torcida para pressionar a saída de bola adversária e ser intenso no setor ofensivo para buscar a vitória. Mas o Chelsea também teve suas cartas para apresentar e se encarregou de abrir o placar no primeiro tempo. Depois de levar perigo em descida de César Azpilicueta ao ataque, que recebeu de Romelu Lukaku no bico da área para exigir uma boa defesa de Robert Sánchez, Hakim Ziyech fez boa jogada com N’Golo Kanté e acertou um belo chute da entrada da área para abrir o placar em favor dos Blues. O problema é que, tendo criado chances para aumentar o placar, o Chelsea não conseguiu ser eficaz. Com isso, o Brighton conseguiu crescer no segundo tempo e, com gol do zagueiro e capitão Adam Webster em cobrança de escanteio. As entradas de Kai Havertz, Timo Werner e Mateo Kovacic não foram o suficiente para o Chelsea voltar à frente no placar e o empate foi péssimo para o clube londrino, que chegou à quarta rodada consecutiva sem vitória na Premier League. Agora, com uma partida a mais em relação ao Manchester City, os comandados de Thomas Tuchel estão com 12 pontos a menos e ocupam a 3ª posição da tabela.
Thomas Tuchel demonstra preocupação com condição física dos jogadores antes do Mundial de Clubes
Depois do empate com o Brighton, Thomas Tuchel desabafou em entrevista coletiva: “nós estamos cansados mental e fisicamente. Tem sido assim desde novembro (de 2021). Nós somos um time que joga, joga, joga… Precisamos desconectar, este é o meu sentimento”. O técnico alemão concedeu aos jogadores dois dias de folga e decretou: “não há outra solução”. O problema é que o Chelsea já tem um clássico londrino para fazer em Stamford Bridge, contra o Tottenham, no próximo domingo (23). Mas fato é que Thomas Tuchel já mudou a escalação algumas vezes e chegou até a cortar Romelu Lukaku por uma entrevista coletiva que colocou em xeque a sua situação com o Chelsea, mas nada está sendo suficiente para conseguir manter o ritmo que apresenta o Manchester City na Premier League. Por outro lado, a situação do Chelsea não é assim tão ruim. Os Blues ainda ostentam uma boa distância (atualmente de 8 pontos) em relação ao primeiro time fora do G-4 da Premier League e segue vivo na luta pelo título de todas as outras competições da temporada. Campeão da Supercopa da UEFA (duelo entre os últimos vencedores das duas principais competições da Europa) no início da temporada, o Chelsea avançou às oitavas de final na Liga dos Campeões e se classificou nas outras duas copas nacionais: está na 4ª fase da Copa da Inglaterra (The FA Cup) e na final da Copa da Liga Inglesa (Carabao Cup). Além disso, apesar de Thomas Tuchel ter reclamado do calendário curto para o número de jogos, o Chelsea só vai ter mais duas partidas para disputar antes do Mundial: um clássico com o Tottenham pela Premier League no próximo domingo (23) e um confronto pela Copa da Inglaterra marcado apenas para o dia 5 de fevereiro, contra o Plymouth Argyle, time da Terceira Divisão da Inglaterra.
“Frio” e sem um 9? Como chega o Palmeiras para o Mundial de Clubes?
Atual bicampeão da Copa Libertadores da América, o Palmeiras chega para a disputa de mais um Mundial de Clubes. Desta vez com a expectativa de ao menos chegar na final e com o sonho de levantar o título da competição pela primeira vez logo após ter vencido a competição sul-americana, de forma a calar os rivais que não consideram a conquista de 1951, quando ainda não havia uma disputa oficial entre clubes da América do Sul. A FIFA, porém, reconhece o Palmeiras não apenas como campeão, mas como o primeiro campeão mundial entre clubes da história. Para voltar a levantar o troféu em 2022 o Palmeiras tem garantido, ao menos, a permanência do técnico Abel Ferreira e todo o seu time principal, que disputou a final da Copa Libertadores da América contra o Flamengo. A única exceção é Felipe Melo, que atuou constantemente no time principal na última temporada, mas entrou apenas nos minutos finais da final. Sendo assim, a expectativa do Alviverde Paulista é grande sobre uma classificação para a final do Mundial de Clubes, diferentemente do que aconteceu em 2021. O adversário, porém, pode ser o mesmo, uma vez que o Al-Ahly, que eliminou o Palmeiras na última edição da Competição Mundial, também vai estar presente neste ano. A equipe egípcia vai enfrentar o Monterrey, do México, nas quartas de final. Seja qual for o adversário, a partida de semifinal não vai ser fácil, até porque, chegando como favorito, o Palmeiras pode se ver obrigado encontrar espaços em uma defesa fechada no campo de defesa, uma situação péssima para o que está acostumado o time de Abel Ferreira. Do outro lado da chave, o Chelsea aguarda na semifinal o vencedor de um outro confronto de quartas de final, que envolve o Al Hilal, da Arábia Saudita, e o vencedor de um confronto qualificatório que acontece entre Al Jazira, do Emirados Árabes Unidos, e Pirae, do Taiti.