Empate com Athletico Paranaense é pouco para o São Paulo, mas mantém o Tricolor Paulista razoavelmente distante da zona de rebaixamento.
Na última quarta-feira (24), o São Paulo recebeu o Athletico Paranaense em um Morumbi com mais de 40 mil torcedores, que esperavam uma vitória para respirarem mais aliviados em relação à zona de rebaixamento. Do outro lado, porém, estava simplesmente o campeão da Copa Sul-Americana. O título do Furacão foi conquistado no último sábado (20), mas o técnico Alberto Valentim não poupou esforços para enfrentar o São Paulo no Morumbi, até porque, no brasileirão, o Athletico também se preocupa com a zona de rebaixamento. Ambos chegaram para o confronto somando os mesmos 41 pontos, e saíram de campo somando os mesmos 42 pontos com o empate sem gols. Não foi exatamente o resultado que os tricolores estavam esperando, principalmente depois da vitória na rodada anterior, em clássico com o Palmeiras, mas a postura demonstrada diante do atual campeão da Copa Sul-Americana não deixou de ser animadora. O São Paulo recebeu o Athletico no Morumbi sem medo de pressionar pela vitória, controlando completamente as ações do adversário e só não balançou as redes por capricho (ou pela falta dele). Emiliano Rigoni foi o principal nome do time ofensivo que Rogério Ceni levou a campo, com Calleri, Marquinhos, Gabriel Sara e Igor Gomes, mas a solidez defensiva do Athletico Paranaense de Alberto Valentim não permitiu que o Tricolor Paulista conseguisse ir às redes. Ao final, o empate por 0 a 0 acabou sendo justo e razoavelmente bom para os dois times, que aumentaram de 4 para 5 pontos a distância em relação à zona de rebaixamento. É verdade que o Bahia, primeiro na zona de rebaixamento, pode diminuir esta distância para apenas 2 pontos por ter uma partida a menos, mas, por aquilo que o São Paulo fez dentro de campo, não é demais acreditar que dificilmente vai figurar na zona de rebaixamento nesta reta final do Campeonato Brasileiro. Mesmo assim, a situação do São Paulo é preocupante.
São Paulo vive situação delicada e busca se reencontrar com a história gloriosa que possui
“Não é de hoje” foram as palavras do técnico Rogério Ceni sobre a situação do São Paulo. Ainda que o Tricolor Paulista tenha ficado muito próximo de voltar a conquistar o título brasileiro na última temporada, a campanha do time então comandado por Fernando Diniz foi atípica. Há anos que o São Paulo não mostra a razão de ser um dos maiores clubes do Brasil. O São Paulo está entre os três times brasileiros (junto com Santos e Grêmio) que venceram a Copa Libertadores da América três vezes, sendo o único a ter vencido o Mundial de Clubes nas três oportunidades. No Campeonato Brasileiro, o São Paulo está entre os três (junto com Santos e Flamengo) que nunca foram rebaixados para segunda divisão, e é o quinto maior vencedor, com 6 troféus (atrás de Palmeiras, com 10, Santos e Flamengo, com 8, e Corinthians, com 7 cada). No entanto, não fosse pela conquista do Campeonato Paulista deste ano, o São Paulo estaria indo para o décimo ano consecutivo sem levantar um único troféu. E, durante este período de seca, esta não está sendo a primeira vez que o São Paulo se preocupa com a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Está evidente que algo profundo precisa ser realizado no São Paulo se o clube não quiser se tornar apenas mais um dos gigantes em história a serem rebaixados para a Série B do Campeonato Brasileiro em um futuro breve. O recado dado por Rogério Ceni é claro: dentro de campo, o São Paulo jogou bem, mas a situação na qual o clube se encontra precisa ser mudada fora das 4 linhas primeiro. Até lá, o Tricolor Paulista ainda vai ter que se preocupar com a zona de rebaixamento do Brasileirão. No próximo sábado (27), o São Paulo volta a jogar no Morumbi contra o Sport em um confronto direto na luta contra a zona de rebaixamento, que pode ser uma grande chance de dizer adeus à possibilidade de queda, ou, pode complicar ainda mais o Tricolor Paulista na competição. Depois, o São Paulo enfrenta o Grêmio fora de casa, recebe o Juventude no Morumbi e encerra o campeonato diante do América Mineiro, na Arena Independência.
Também na quarta-feira (24), o Fluminense venceu o Internacional no Maracanã e deu um passo fundamental na luta por vaga na Libertadores do ano que vem.
Em partida válida pela 35ª rodada do Brasileirão, Fluminense e Internacional se enfrentaram no Rio de Janeiro em um confronto direto na luta por uma vaga na próxima Copa Libertadores da América. Com o título de Palmeiras ou Flamengo no sábado (27), o 7º colocado do Brasileirão herda uma vaga para a fase qualificatória da próxima Libertadores (se o Atlético Mineiro vencer a Copa do Brasil, o 8º colocado também vai para a qualificatória da Libertadores, mas o Athletico Paranaense ainda pode ficar com o título e acabar com a “farra”). Nesta quarta-feira, Fluminense e Internacional se enfrentaram no Maracanã separados por apenas um ponto, mas o Tricolor Carioca saiu de campo com 4 pontos de vantagem com a vitória por 1 a 0 e, consequentemente, com uma forte esperança de estar mais uma vez na Libertadores no ano que vem. O gol que deu a vitória ao Fluminense aconteceu logo nos primeiros minutos, depois que Bruno Méndez interceptou jogada promissora com o braço, dentro da área, e o árbitro marcou pênalti: na cobrança, Fred marcou o seu 155º gol no Campeonato Brasileiro, ultrapassando Romário e se tornando o segundo maior artilheiro da história da competição (atrás de Roberto Dinamite, com 190 gols). Depois de abrir o placar, a impressão foi de que o Fluminense abdicou do ataque, mas, apesar do maior volume ofensivo, o Internacional não conseguiu furar o bloqueio defensivo do time de Marcão. Com o resultado, o Fluminense saltou para os 51 pontos e colou no 6º colocado (o Red Bull Bragantino, com 52 pontos), enquanto o Internacional ficou distante da luta pelo G-6 do Brasileirão e, pelo contrário, ainda pode cair para a 10ª posição ao fim da rodada, dependendo dos resultados dos jogos do Ceará (contra o Corinthians) e do América Mineiro (contra a Chapecoense).