Primeira rodada da Premier League em 2022 teve dois jogos adiados e Manchester City abrindo ainda mais vantagem no topo da tabela de classificação.
A 21ª rodada da Premier League foi a primeira deste ano que começou, mas o novo ano não trouxe grandes mudanças, ao menos neste primeiro momento. A começar pela pandemia, que voltou forte com a nova variante e segue obrigando a Premier League a adiar jogos em razão do número insuficiente de atletas para a disputa de alguns duelos. Na primeira rodada de 2022 não foi diferente: Leicester City x Norwich City e Southampton x Newcastle foram adiados pelo alto número de infectados dos clubes e o risco à integridade física dos atletas. Outra coisa que não mudou no início deste ano foi o momento extraordinário que vive o Manchester City de Josep Guardiola. Os Citizens abriram a rodada no dia primeiro (sábado), disputando um clássico contra o Arsenal, fora de casa. Os Gunners receberam os comandados de Guardiola em Londres, no Emirates Stadium, com a expectativa de somar pontos ao lado da torcida, até porque vinham de uma sequência de cinco vitórias e visavam a manutenção da 4ª posição da Premier League. E mesmo tendo encontrado grande dificuldade para atuar em seu melhor nível diante do líder isolado, o Arsenal conseguiu se defender bem e terminou o primeiro tempo vencendo por 1 a 0: Kieran Tierney surpreendeu em descida rápida pela ponta esquerda e acertou um belo passe para Bukayo Saka, de primeira, marcar um bonito gol de dentro da área. Depois de abrir o placar o time comandado pelo ex-auxiliar de Guardiola, Mikel Arteta, teve outras duas chances de ampliar o marcador com Gabriel Martinelli, que, por um capricho do destino, mandou as duas para fora. No segundo tempo, então, o Manchester City voltou para a pressão e deixou tudo igual com Riyad Mahrez em cobrança de pênalti, cometido por Granit Xhaka sobre Bernardo Silva. O Arsenal até teve uma chance de voltar a estar na frente do placar depois que Laporte encobriu Ederson tentando recuar a bola para o goleiro brasileiro, mas Nathan Aké salvou em cima da linha e, na sobra, Martinelli desperdiçou mais uma vez. Na sequência, Gabriel Magalhães sofreu dois cartões amarelos em um curto espaço de tempo, por duas entradas duras, e deixou o Arsenal com um jogador a menos durante a maior parte da etapa final. Os Gunners conseguiram segurar bem a pressão até os acréscimos, quando Kevin de Bruyne cruzou e, depois de um bate-rebate na área, Rodri Hernández tocou para o fundo da rede, garantindo a vitória dos Citizens por 2 a 1. Com o resultado, o Manchester termina a rodada com 10 pontos de vantagem para o vice-líder, Chelsea, que entraria em campo no dia seguinte (2) para enfrentar o Liverpool, 3º colocado. Ficou no empate, por 2 a 2.
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— Premier League (@premierleague) January 3, 2022
Para “proteger a preparação” para o clássico com o Liverpool, Chelsea barra Lukaku de confronto e discute situação do jogador
Depois de uma entrevista polêmica de Romelu Lukaku ao jornal britânico Sky Sports, na qual afirmou sentir saudades da Internazionale de Milão e que não está feliz com a atual situação no Chelsea, o técnico dos Blues, Thomas Tuchel, deixou o atacante belga fora do clássico com o Liverpool em confronto direto pela vice-liderança da Premier League. Lukaku foi a maior contratação do Chelsea em toda a história do clube (comprado junto à Inter de Milão por 115 milhões de euros), que tinha como objetivo voltar a levantar o principal título da Inglaterra, a Premier League, acabando com a hegemonia de Josep Guardiola. No entanto, em meio à Covid, contusões do jogador e luta por espaço na equipe principal, a relação entre Romelu Lukaku e Chelsea se desgastou. Em entrevista, Thomas Tuchel afirmou que tomou a decisão de deixar o atacante belga de fora de uma das partidas mais importantes da temporada em razão da proporção que as declarações do jogador tomou, de forma que estava afetando todo o grupo na preparação para o clássico com o Liverpool. O treinador alemão afirmou ter conversado com alguns dos líderes do grupo para tomar a decisão, mas os primeiros minutos do confronto com o Liverpool, ao lado da torcida dos Blues, em Stamford Bridge, foram complicados. Antes dos 10 minutos do primeiro tempo, Trevoh Chalobah cortou mal lançamento de Diogo Jota e Sadio Mané teve tranquilidade para limpar o goleiro e tocar para o fundo da rede. O segundo saiu aos 25′, quando Alexander-Arnold deu belo lançamento para Mohamed Salah, que invadiu a área e deixou Marcos Alonso na saudade antes de bater firme para fazer o 2 a 0. Aos poucos, porém, o Chelsea foi se encontrando no jogo e, em uma sobra depois de levantamento na área, Mateo Kovacic (o nome do jogo) bateu da entrada da área sem deixar a bola cair para marcar um golaço. Ainda no fim do primeiro tempo, em uma antecipação de Antonio Rudiger à Salah, Kanté ficou com a sobra e lançou nas costas da defesa para Christian Pulisic, que matou no peito e bateu cruzado para marcar mais um golaço, o qual decretou o empate por 2 a 2. No segundo tempo, Edouard Mendy fez grandes defesas para garantir o empate, e quando o Chelsea voltou a crescer no jogo, o substituto de Alisson, Caoimhin Kelleher também apareceu bem para intervir. O empate, porém, acabou sendo ruim tanto para o Chelsea, que ficou a 10 pontos do líder, Manchester United, e para o Liverpool, que, com uma partida a menos, ainda pode retomar a vice-liderança, mas está a 11 pontos de distância do Manchester City.
Manchester United não embala e segue distante de uma vaga na próxima Liga dos Campeões
A primeira rodada de 2022 da Premier League foi encerrada nesta segunda-feira (3), com a partida entre Manchester United e Wolverhampton em Old Trafford, onde os Wolves não venciam os Red Devils desde 1980. E tendo em vista que o 4º colocado, Arsenal, tinha partido para o Manchester City, uma vitória do Manchester United, que tem uma partida a menos que os Gunners, deixaria o clube a 1 ponto de entrar no G-4. No entanto, reencontrando o seu melhor equilíbrio sob o comando de Bruno Lage, o Wolverhampton executou muito bem o seu plano de jogo: se fechar na defesa e explorar a velocidade dos seus atacantes para contra-atacar. No segundo tempo a partida ficou mais aberta: teve bola no travessão dos dois lados e até gol anulado de Cristiano Ronaldo. Mas aos 37 minutos da etapa final, em sobra de bola na entrada da área, João Moutinho acertou um belo chute no canto, sem chances de defesa para De Gea, e decretou a vitória de 1 a 0 do Wolverhampton depois de mais de 40 anos sem somar 3 pontos na Premier League jogando em Old Trafford. Com o resultado, o Manchester United, ainda que com uma partida a menos, segue a 4 pontos de distância do 4º colocado, Arsenal, e vê o Wolverhampton, agora 8º colocado, colar na disputa por vaga em competições europeias na próxima temporada.