Seleção Italiana chegou para a final com propriedade e espera voltar a vencer a Eurocopa
Nesta semana aconteceram os jogos das semifinais da Eurocopa (a Copa de seleções da UEFA) encantaram o público e definiram os grandes finalistas. O primeiro duelo, que aconteceu na última terça-feira (06), era o mais aguardado: o duelo entre Itália e Espanha gerou grande expectativa pela grandeza das seleções. A Seleção Italiana venceu a Euro apenas uma vez desde a criação do torneio, em 1960, e foi logo na terceira edição, em 1968. No entanto, quando se trata de Copa do Mundo, os italianos ostentam quatro troféus, ou seja, são os maiores vencedores entre os europeus (ao lado da Alemanha) e só perdem para os brasileiros (sempre bom lembrar que somos pentacampeões). Além disso, os italianos vinham amargando a ausência na última Copa do Mundo por não ter conseguido classificar nas últimas Eliminatórias da UEFA. Especificamente na Eurocopa, a Itália perdeu exatamente para a Espanha na última vez que havia chegado na final, em 2012. No entanto, passando por uma reformulação sob os comandos de Luis Enrique (que assumiu logo após a Copa do Mundo de 2018), a Seleção Espanhola chegou muito questionada para esta Euro e conseguiu fazer uma campanha surpreendente. Os espanhóis tiveram dificuldade na fase de grupos, mas conseguiram avançar sem perder uma única partida e, nas oitavas de final, a Espanha sobrou diante da Croácia durante a maior parte do jogo e venceu por 5 a 3 depois de a partida ir para a prorrogação (3 a 3 no tempo normal). Como era esperado, a Seleção Espanhola controlou a posse de bola na semifinal, mas os italianos foram muito bem nas chegadas com velocidade ao campo de ataque e conseguiu sair na frente do placar em um golaço de Federico Chiesa (atacante da Juventus). No entanto, quando o técnico Roberto Mancini recuou a equipe e aproveitou para poupar os jogadores mais desgastados (que inevitavelmente eram os mais importantes para a equipe), a Espanha deixou tudo igual com Álvaro Morata e a decisão foi para os pênaltis com a permanência da igualdade na prorrogação. Foi então que brilhou a estrela do goleiro Donnaruma, que conseguiu defender a cobrança de Morata e deixou que Jorginho definisse a classificação da Itália em uma linda cobrança, que não deu chances de defesa para Unai Simón. A Espanha conseguiu acabar com o 100% de aproveitamento da Itália na competição, mas não conseguiu evitar que a Azzurra avançasse para a final.
Também invicta, Inglaterra tem o fator casa a seu favor para conquistar a Euro pela primeira vez
A Inglaterra chegou para esta Eurocopa desacreditada por sempre possuir elencos poderosos e, mesmo assim, nunca ter conseguido sequer chegar a uma final da competição europeia. O país que é conhecido por ter inventado o futebol e por, até hoje, possuir os clubes mais antigos (muitos fundados em meados do século XIX), tem o título da Copa do Mundo de 1966 como sua única conquista relevante no cenário das seleções. No entanto, sob os comandos de Gareth Southgate, um ex-zagueiro (revelado pelo Crystal Palace e com passagens importantes por Aston Villa e Middlesbrough), a Seleção Inglesa se mostrou literalmente imbatível nesta Eurocopa. Ostentando o elenco mais valioso desta Eurocopa (avaliado em mais de 7,5 bilhões de reais pelo site especializado, Transfermakt), a Inglaterra não teve problemas para vencer a Croácia (finalista da última Copa do Mundo) e a República Tcheca na fase de grupos, só tendo empatado no clássico com a Escócia. Nas oitavas de final, os ingleses tiveram de encarar uma partida muito complicada contra a Seleção Alemã e conseguiu uma vitória gigante, pelo placar de 2 a 0, com gols dos seus dois principais nomes: o camisa 10, Raheem Sterling, e o camisa 9, Harry Kane. Motivada pela conquista, a Seleção Inglesa atropelou a Ucrânia nas quartas de final (4 a 0), mas voltou a ter problemas nas semifinais, enfrentando a Dinamarca. Os dinamarqueses chegaram para as semifinais já como vencedores por terem conseguido superar o baque da perda de seu camisa 10, Christian Eriksen, que teve uma parada cardíaca no primeiro tempo da partida de estreia e pode não voltar a jogar futebol profissional. A Seleção Dinamarquesa passou por País de Gales nas oitavas, com goleada de 4 a 0, e superou a República Tcheca nas quartas, vencendo por 2 a 1 no tempo normal. E a seleção surpresa da Euro abriu o placar diante da Inglaterra, na semifinal, em cobrança de falta magistral de Mikkel Damsgaard. Só que os ingleses pressionaram com o apoio dos quase 65 mil torcedores presentes em Wembley e conseguiram o empate com gol contra de Simon Kjaer, que tentava evitar que Sterling empurrasse pro fundo da rede em cruzamento milimétrico de Bukayo Saka. Mesmo assim, o empate em 1 a 1 perdurou até a prorrogação, quando Sterling sofreu pênalti (que é questionado oficialmente pela Seleção Dinamarquesa) e Harry Kane decretou a virada inglesa, que garantiu a seleção pela primeira vez na final da Eurocopa.
Prévia da decisão:
A final da Euro está marcada para acontecer no próximo domingo (11), às 16 horas (de Brasília), em Wembley (na capital da Inglaterra). Trata-se de um confronto no qual é difícil apontar um favorito, mas a balança pesa levemente para o lado inglês, principalmente em razão das opções que o técnico Gareth Southgate possui no banco de reservas: nomes de peso no futebol mundial, como Jordan Henderson, Jack Grealish, Jadon Sancho, Phil Foden e Marcus Rashford. Do outro lado, como evidenciou na semifinal, a Seleção Italiana pode cair muito de produção ofensiva com as saídas de jogadores da qualidade de Marco Verratti e Lorenzo Insigne. No entanto, os comandados de Roberto Mancini possuem uma capacidade defensiva que jamais se apaga, a qual é liderada pelo experiente zagueiro da Juventus, de 36 anos, Giorgio Chiellini. A única certeza para esta partida é de um confronto do mais alto nível, tanto no sentido tático como técnico, pois envolve atletas do mais alto patamar mundial.