Flamengo sobra diante do Goiás e volta a se aproximar da liderança. Palmeiras goleia Corinthians, cola no G4 e ainda pode sonhar com título.
Ainda pela 30ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, que não teve a partida entre Bahia e Corinthians (adiada para o dia 28 deste mês), o Flamengo foi até o estádio Hailé Pinheiro (a Serrinha) na noite desta segunda-feira (18) para enfrentar o Goiás. Debaixo de uma chuva forte que pairava por Goiânia, o Flamengo teve dificuldade para encontrar uma forma de fazer funcionar o seu futebol de troca de passes. Do outro lado, o Goiás sabia muito bem o que precisava fazer para somar pontos em casa: se fechar bem no campo de defesa e explorar os contra-ataques e as bolas aéreas para os grandalhões Fernandão e Rafael Moura. Foi assim que o alviverde ficou próximo de abrir o placar, levando mais perigo que o rubro-negro nos primeiros minutos. Mas não demorou muito para que o Flamengo conseguisse impor seu estilo de jogo e encontrar o caminho do gol através do diferencial de seus jogadores. Gabriel Barbosa marcou duas vezes ainda no primeiro tempo, depois de boas jogadas de seus companheiros, mas ambos foram anulados por impedimento do camisa 9. No entanto, pouco antes do intervalo, Diego ajeitou no capricho para De Arrascaeta na entrada da área, e o uruguaio chegou batendo com a perna esquerda, tendo contado com desvio na defesa para abrir o placar para o Flamengo. Com isso, o Flamengo teve mais tranquilidade para jogar no segundo tempo e não demorou para ampliar o resultado. Em contra-ataque, Bruno Henrique aproveitou vacilo do zagueiro Fábio Sanches e arrancou até ficar cara a cara com o gol, onde rolou para Gabriel empurrar pro fundo da rede. E já nos acréscimos do segundo tempo, o Flamengo ainda teve tempo de marcar o terceiro com Pedro, após erro do Goiás na saída de bola. A vitória folgada levou o Flamengo de volta para o G4, com 52 pontos (cinco atrás do São Paulo) e uma partida atrasada para fazer, que pode deixar o atual campeão apenas dois pontos atrás do líder. No outro extremo da tabela, o Goiás ocupa a 18ª posição e está seis pontos distante do Fortaleza, que é o primeiro time fora da zona de rebaixamento.
Verdão atropela rival no Allianz Parque
Na última sexta-feira (15), apenas três dias depois da decisão com o River Plate pela semifinal da Libertadores, o Palmeiras abriu a 30ª rodada do Campeonato Brasileiro enfrentando o Grêmio em casa, em partida que terminou empatada em 1 a 1. E já nesta segunda-feira (18), também com três dias entre uma partida e outra, o Palmeiras teve clássico com o Corinthians no Allianz Parque. A expectativa era de que seria uma partida muito complicada, que apontava para um empate que ficaria de bom tamanho para os dois lados. No entanto, o técnico Abel Ferreira aproveitou do farto elenco palmeirense para passar pela “maratona” de jogos mantendo o alto rendimento. Mesmo com desfalques importantes por lesão (Gustavo Gómez e Felipe Melo) e tendo que poupar alguns jogadores (Rony e Scarpa), o técnico português conseguiu encarar o clássico com o Corinthians em seu mais alto nível e passou por cima do rival. O Corinthians até conseguiu assustar nas bolas aéreas e em uma pancada de Juan Cazares de fora da área, dando trabalho para Weverton, mas tinha uma clara dificuldade em criar jogadas de gol. Enquanto isso, o Palmeiras, apesar de ter esbarrado na retranca corintiana durante a primeira parte da etapa inicial, mostrou versatilidade para criar chances de gol. E bastou um pequeno vacilo de posicionamento da dupla de zaga do Corinthians para o Palmeiras abrir o placar: Gabriel tentou antecipar William na entrada da área, foi driblado e Jemerson acabou quebrando a linha de defesa para cobrir o volante. Com isso, Gil ficou sozinho para acompanhar Luiz Adriano e Raphael Veiga apareceu no buraco, onde recebeu de William com espaço para tirar de Cássio e marcar. Depois de abrir o placar o Palmeiras cresceu na partida e, em outro vacilo da defesa corintiana na hora de fazer a linha de impedimento, Zé Rafael deixou William na cara do gol com belo lançamento e o atacante serviu Luiz Adriano, que só teve o trabalho de empurrar pra rede. O Corinthians foi para o intervalo atordoado, não conseguiu se recuperar e tomou o terceiro logo nos primeiros minutos da etapa final: Raphael Veiga ficou com sobra de bola na entrada da área e soltou uma pancada de esquerda. Mesmo com o placar elástico o Palmeiras seguiu pressionando, obrigou Cassio a fazer grandes defesas e teve até gol anulado, e Luiz Adriano decretou a goleada por 4 a 0, depois de mais um lance bisonho da defesa corintiana.
As chances de título:
Independentemente da fase atual, o São Paulo segue na liderança do Campeonato Brasileiro e ostenta a maior probabilidade de título (37% de acordo com os cálculos do site FiveThirtyEight), mas a “gordura” que o clube havia conquistado já foi queimada. Os comandados de Fernando Diniz não vencem há três rodadas, sendo duas derrotas e um empate, e a distância para o 2º colocado que era de sete pontos caiu para apenas um ponto. Neste momento quem aparece na vice-liderança é o Internacional, que vem embalado no campeonato por uma sequência de seis vitórias. De acordo com o site que calcula as probabilidades, o Internacional tem apenas 17% de chance de conquistar o título brasileiro, estando atrás, inclusive, do Atlético Mineiro, que vem na 3ª posição (estando 3 pontos atrás do Inter, mas tendo uma partida a menos). Isso porque as partidas que o Galo tem até o fim do campeonato são bem mais confortáveis do que as do Internacional, que faz confronto direto com o São Paulo já na próxima rodada, na quarta-feira (20/01), e tem clássico com o Grêmio na rodada seguinte. Enquanto isso, os jogos mais difíceis do Atlético Mineiro são contra o Grêmio, já na quarta-feira (20), e Palmeiras na última rodada. Atualmente na 5ª posição, com uma partida a menos e 6 pontos atrás do São Paulo, o alviverde paulista tem 11% de chance de título. Já o Flamengo, que também tem uma partida a menos e pode diminuir para 2 pontos a distância em relação ao líder, tem 17% de chance de título, assim como o Internacional.
