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Fla se recupera na Libertadores e São Paulo toma 4 da LDU  

Após goleada, Flamengo se recupera e encaminha classificação para o mata-mata da Libertadores.

A Copa Libertadores da América 2020 retornou na semana passada, pela 3ª rodada da fase de grupos, depois de cerca de 6 meses de paralisação por conta da pandemia.

Superação: mesmo cheio de desfalques, Flamengo arrancou importante vitória sobre o Barcelona de Guayaquil e deu passo importante para a classificação (Reprodução: Twitter/Conmebol Libertadores)

Na última quinta-feira (17), o Independiente Del Valle recebeu o Flamengo no Estádio “La Casa Blanca”, em Quito, no Equador, e simplesmente atropelou o rubro-negro carioca, vencendo por 5 a 0. A goleada sofrida pelo atual campeão da Libertadores colocou “em cheque” o trabalho que vem sendo feito por Domènec Torrent, até porque o treinador espanhol contava com elenco completo para a partida (à exceção do goleiro Diego Alves). Sendo assim, é evidente que um resultado positivo na partida desta terça-feira (22), diante do lanterna do grupo A, o Barcelona de Guayaquil, seria fundamental para a manutenção do treinador. No entanto, Domènec teve vários problemas para escalar a equipe titular. Na verdade, um único problema gerou outros 7: o coronavírus afetou parte da delegação do Flamengo, deixando de fora da partida os defensores Filipe Luís, Mauricio Isla e Matheuzinho; o meia Diego Ribas; e os atacantes Michael, Vitinho e Bruno Henrique. Vale lembrar que o rubro-negro já não contava com os atacantes Gabriel Barbosa e Pedro Rocha, e o goleiro Diego Alves (todos por lesão), além do zagueiro Gustavo Henrique, que cumpriu suspensão.

Sendo assim, o Flamengo foi a campo, para a partida diante do Barcelona de Guayaquil, no Equador, com: César (goleiro); Thuler, Rodrigo Caio e Léo Pereira (zagueiros); Renê (lateral-esquerdo) e Éverton Ribeiro (atuando quase como um lateral-direito, mas fechando pelo meio para armar as jogadas); William Arão, Thiago Maia e Gerson (no meio de campo); De Arrascaeta (funcionando como um meia-atacante); e Pedro (centroavante). Um time com muitas alterações e, inclusive, em um esquema totalmente diferente do comum, saindo do corriqueiro 4-3-3 para um 3-5-2, basicamente. Mas a ousadia do treinador espanhol deu certo. O Flamengo abriu o placar logo aos 6 minutos de jogo, em lance que começou com infiltração de Gerson por entre as linhas do adversário, o qual deixou Pedro na boa para marcar. E a equipe de Domènec Torrent seguiu em cima do adversário até marcar o segundo, ainda no primeiro tempo: Éverton Ribeiro escapou pela direita, recebeu bom passe de Pedro e serviu De Arrascaeta na área, que matou no peito com classe, protegeu do adversário e carimbou. Foi só então que a estratégia do treinador espanhol começou a ser um problema, pois a ausência de um lateral-direito de ofício permitiu espaços para os contra-ataques do Barcelona de Guayaquil, que passou a levar perigo. E logo na volta do intervalo, ainda aos 3 minutos da etapa final, a defesa do Flamengo se abriu inteira em lançamento longo, direto da defesa para o ataque, e Emmanuel Martínez descontou para o time equatoriano. A partida acabou ficando muito mais complicada do que deveria para o rubro-negro carioca durante todo o restante do segundo tempo. Mesmo assim, apesar do sufoco, o Flamengo conseguiu garantir uma vitória importante sem grande parte de seus jogadores titulares.

Com o resultado, a equipe de Domènec Torrent chegou aos mesmos 9 pontos do Independiente del Valle, que foi goleado pelo Junior Barranquilla na Colômbia (por 4 a 1), o qual chegou a 6 pontos e ainda tem chances de classificação. É importante mencionar que o Flamengo joga com o Palmeiras, no Allianz Parque, pelo Campeonato Brasileiro, no próximo domingo (27), e volta à Libertadores na outra quarta-feira (30), enfrentando o Independiente del Valle. Caso consiga a vitória, o Flamengo vai precisar de apenas um empate na última rodada, no Maracanã, diante do Junior Barranquilla, para garantir a liderança do grupo A.

Pelo grupo D, São Paulo perde por 4 a 2 da LDU e tem chances mínimas de classificação

LDU complicou a classificação do São Paulo ao derrotar o time de Fernando Diniz por 4 a 2, em Quito (Reprodução: LigaPro)

Já na semana passada, a reestreia do São Paulo na Libertadores não foi nada do que o torcedor esperava. Em ascensão no Campeonato Brasileiro, a equipe comandada por Fernando Diniz se viu cobrada para vencer o River Plate no retorno da Libertadores, na semana passada, pois a equipe argentina, apesar de tradicional e atual vice-campeã, não entrava em campo por uma partida oficial desde o início de março. No entanto, o que se viu foi um São Paulo muito abaixo das expectativas, o qual praticamente teve que comemorar um empate em 2 a 2 com o River em pleno Morumbi. Por conta de uma derrota para o Binacional (que levou um total de 16 gols em 4 partidas na Libertadores) logo na estreia da competição (antes, ainda, da paralisação por conta da pandemia), o São Paulo foi até o Equador nesta terça-feira (22) precisando da vitória diante do líder do grupo para se manter firme na busca por um lugar nas oitavas de final. No entanto, o que se viu dentro de campo foi um verdadeiro passeio da equipe equatoriana, que abriu 3 a 0 logo no primeiro tempo: Cristian Borja abriu o placar com uma bela cabeçada, e Jhojan Julio, meia de 22 anos que fez uma grande atuação, fez os outros dois. Em um deles, quando Hernanes recebeu de Igor Gomes na fogueira ao tentar sair tocando desde o campo de defesa e entregou a paçoca, Jhojan Julio deixou o camisa 26 do São Paulo (Igor Gomes) caído no chão com um belo drible e marcou um golaço. Na etapa final, com algumas alterações de Fernando Diniz, o tricolor paulista até melhorou, mas a partida seguiu sob total controle da LDU. Brenner chegou a descontar aos 15 minutos, mas o São Paulo passou longe de mostrar que conseguiria reagir na partida, e Billy Arce fez mais um para o time equatoriano em uma pancada de fora da área: 4 a 1. Nos minutos finais, Santiago Tréllez marcou um belo gol, diminuindo mais uma vez para o São Paulo, mas parou por aí (4 a 2 placar final). Com o resultado, o tricolor paulista vai precisar mostrar um poder de reação que, até aqui, não apresentou. Atualmente 3 pontos atrás do River Plate (2º do grupo D) e 5 atrás da LDU (líder), o São Paulo precisaria vencer o River na Argentina (na próxima rodada) e, no Morumbi, pela última rodada, aplicar uma goleada frente ao Binacional (para tirar a diferença de 11 no saldo de gols, ou torcer para que o River Plate perca para a LDU, que até lá já deve estar classificada e pode até poupar).

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