Chelsea enfrenta o Leicester City pela final da Copa da Inglaterra.
Atual finalista da Liga dos Campeões, o Chelsea também está na decisão da FA Cup (a Copa da Inglaterra). Os Blues começaram a temporada com a expectativa em alta por conta dos reforços de peso que foi buscar durante a janela de transferências. Nomes que, hoje, são de suma importância para o técnico Thomas Tuchel, como Thiago Silva, Kai Havertz e Timo Werner, se transferiram para o Chelsea no início desta temporada. No entanto, nada estava dando certo sob o comando de Frank Lampard. O ex-jogador pulou alguns degraus neste início de carreira como técnico, provavelmente por ser um grande ídolo da torcida do Chelsea, e acabou não conseguindo executar o trabalho que imaginava à frente do clube. A diretoria dos Blues decidiu acabar com o vínculo com o técnico ao fim do primeiro turno da Premier League (logo após derrota por 2 a 0 em confronto direto com o próprio Leicester City). Para o seu lugar, o Chelsea contratou o alemão Thomas Tuchel, que brilhou no comando do Mainz, da Alemanha, e teve o seu auge no Paris Saint-Germain (depois de ter passado por Borussia Dortmund). Em duas temporadas pelo clube francês, Tuchel conquistou cinco troféus nacionais, incluindo o bi da Ligue One (Campeonato Francês). Nesta temporada, porém, o técnico alemão acabou ficando abaixo das expectativas e deixou Paris pouco depois de uma derrota em casa, no clássico com o Lyon, válido pela 14ª rodada do Campeonato Francês. Mas não demorou para que o Chelsea entrasse em contato para requerer os serviços do alemão. E logo que Thomas Tuchel colocou o pé em Londres, o azul certamente brilhou mais forte no céu da capital londrina. Depois de um empate sem gols com o Wolverhampton em sua partida de estreia, em Stamford Bridge, Thomas Tuchel emplacou uma sequência de cinco vitórias pela Premier League e recolocou o Chelsea na luta por uma vaga na próxima Liga dos Campeões (G-4). A primeira derrota do técnico alemão, à frente do Chelsea, só foi acontecer na 15ª partida, contra o West Bromwich, válida pela 30ª rodada da Premier League. A segunda derrota de Tuchel na Premier League só foi acontecer na última rodada (36ª), na qual perdeu por 1 a 0 para o Arsenal. Ao todo, o Chelsea computa 17 vitórias, 6 empates e apenas 3 derrotas nas 26 partidas disputadas sob o comando de Thomas Tuchel. Neste período, o Chelsea se firmou no G-4 da Premier League (quatro pontos na frente e com uma partida a mais que o Liverpool, que é a principal ameaça à classificação do Chelsea para a próxima Liga dos Campeões, caso os Blues não levantem a taça continental nesta temporada) e, ainda, confirmou vaga na final da Liga dos Campeões (passando por Atlético de Madrid e Porto com Tuchel). Como se não bastasse, o Chelsea superou Barnsley, Sheffield United e Manchester City (nas semifinais) para chega na final da Copa da Inglaterra (The FA Cup), que vai ser disputada neste sábado (15), às 13:15 (horário de Brasília), em Wembley, contra o Leicester City e com transmissão do DAZN por serviço de streaming.
Como chega o Leicester City para a decisão?
Se o Chelsea passa por um momento de reconstrução (bem acelerado) sob o comando de Thomas Tuchel, o Leicester City aposta na solidez para levantar o troféu da Copa da Inglaterra pela primeira vez em sua história e acabar com a “seca” de títulos que dura desde a conquista da Premier League, na temporada 2015/16. Desde então o Leicester City precisou passar por uma reformulação, pois viu grande parte de seus cobiçados jogadores se transferirem para os gigantes da Inglaterra (um deles, o volante N’Golo Kanté, se mudou exatamente para o Chelsea, e vai enfrentar seu ex-clube nesta final). Na temporada seguinte ao título da Premier League, o Leicester foi apenas o 12º colocado, apesar de ter conseguido chegar às quartas de final da Liga dos Campeões. Foi então que o clube pôs fim ao trabalho majestoso do técnico Claudio Ranieri e, investindo em novas contratações, passou a buscar um técnico que conseguisse fazer as coisas voltarem a funcionar. Quase duas temporadas e três técnicos depois, o Leicester City acertou a chegada do norte-irlandês Brendan Rodgers. O técnico norte-irlandês ficou conhecido na Inglaterra depois de fazer boa campanha pelo Swansea City, entre os anos de 2010 e 2012, e acabou se transferindo para o Liverpool na temporada 2012/13. Pelos Reds, Brendan Rodgers não levantou nenhum troféu, mas ficou com o vice-campeonato na temporada 2013/14, quando o marcante escorregão de Steven Gerrard em clássico com o Chelsea, na 36ª rodada, custou a liderança e o título ao Liverpool. Como o técnico não conseguiu evoluir em seu trabalho pelos Reds, se transferiu ao Celtic, da Escócia, onde conquistou, por duas temporadas consecutivas (2016/17 e 2017/18), a tríplice coroa nacional. Com o trabalho sólido, atraiu o interesse do Leicester City, onde chegou no fim da temporada 2018/19. E já na temporada 2019/20, Brendan Rodgers conseguiu encantar a todos na Inglaterra. Em um determinado momento, afirmava-se que o Leicester de Rodgers era o futebol que mais agradava aos olhos dos torcedores, superando, inclusive, o Manchester City de Pep Guardiola. No entanto, apesar da boa campanha, o Leicester perdeu o fôlego na reta final da Premier League e ficou fora da zona de classificação para a Liga dos Campeões. Nesta temporada, porém, com o planejamento mais bem executado, o Leicester City está muito próximo de terminar entre os quatro mais bem classificados da Premier League: ocupa a 3ª posição neste momento, seis pontos a frente e com uma partida a mais que o Liverpool, 5º colocado. Vale destacar a última vitória, sobre o Manchester United, fora de casa, por 2 a 1. Brendan Rodgers possui uma equipe muito bem organizada defensivamente, que sabe trabalhar a bola no meio de campo e possui jogadores de velocidade, pelos lados do campo, para furar as linhas de marcação dos adversários. Jamie Vardy continua sendo sua principal esperança de gols, e é certo que o Leicester City vai entrar em campo preparado para travar uma batalha com o Chelsea em busca do tão sonhado título da FA Cup.