Em meio a discussões – por vezes complexas – entre clubes e jogadores do mundo todo (inclusive aqui no Brasil) sobre reduções salariais durante a crise do novo coronavírus (COVID-19), o atacante do Boca Juniors Carlos Tévez deu uma opinião forte sobre o imbróglio em uma entrevista nesta semana ao canal argentino América TV.
Para o ex-atacante do Corinthians, os atletas de futebol vivem uma realidade incomparável à da maioria das pessoas, que têm muito mais dificuldade para seu sustento, e portanto podem muito bem abrir mão de seus altos ganhos. Até por um ano.
“O jogador de futebol pode viver seis meses ou um ano sem cobrar (salário). Ele não está desesperado, com crianças no dia a dia e tendo que sair de casa às seis horas da madrugada e voltar às 19h para alimentar a família. Não somos um exemplo neste caso, mas em outras coisas. Temos que ajudar os mais necessitados. É fácil falar de casa, sabendo que tenho comida para meus filhos. Mas para as pessoas desesperadas, que não podem sair de casa (por conta da ordem de reclusão total do governo), isso é preocupante. O estado está fazendo as coisas bem para essas pessoas. Temos que estar onde estão as pessoas do bairro”, cobrou.
Tevez quer clubes e atletas próximos do povo e se coloca à disposição
Para o camisa 10 do Boca, deveria haver maior envolvimento dos clubes e atletas com a sociedade, com aqueles mais necessitados, inclusive no próprio bairro carente La Boca, região onde está o clube xeneize.
“Os clubes precisam se envolver. Em vez de treinar pela manhã, exigir que o atleta faça coisas pelas pessoas. Por exemplo, ir até as cozinhas de sopas em La Boca. Eu ficaria feliz em ir. Eu sei que a minha família está bem. Estar com essas pessoas nos tornará muito mais fortes. É aí que o grande exemplo começa. Pode-se fazer vídeos, como eu em casa, da minha sala de estar, mas o grande exemplo seria que todos saíssemos para ajudar-los. Nossos filhos estão bem. Temos que nos preocupar com aqueles que não estão bem. Temos que nos preocupar como sociedade, todos nós, os atores. O mundo está mudando.”
E Carlitos ainda se colocou à disposição para ajudar o povo argentino. “Eu me coloco à disposição para estar com o povo neste momento. Meu contrato termina em junho e do jeito que estão as coisas, o futebol não vai começar até julho ou agosto.”
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