Craque argentino Lionel Messi é trunfo, junto com ‘pacotão’ de reforços, do gigante parisiense para retomar a hegemonia na França.
Depois de longos e gloriosos anos atuando com a camisa do Barcelona, Lionel Messi vai atuar por um outro clube, o mais novo gigante da Europa: O Paris Saint-Germain. A equipe da capital da França já tinha, desde a sua fundação, em 1970, o grande objetivo de se tornar uma das maiores da Europa, mas, apesar de ter feito boas campanhas nacionais e internacionais, só conseguiu se afirmar como a maior potência da França e uma das equipes mais fortes do mundo depois de ter sido comprada pelo Fundo de Investimentos do Catar em 2011. A partir de então, o CEO da QSI (Qatar Sports Investiment), o catariano Nasser Al-Khelaïfi, passou a ser o presidente do Paris Saint-Germain e começou a investir pesado em contratações, concorrendo com os gigantes da Europa (Real Madrid, Chelsea, Bayern de Munique, Manchester United, Manchester City, Barcelona etc.) nas janelas de transferências, em busca dos maiores craques do mundo. Não a toa Neymar deixou o Barcelona para se juntar ao PSG em busca do sonho de se tornarem, juntos, os melhores do mundo (jogador e clube). Como não poderia deixar de ser, o PSG se tornou dominante na França e ficou mais próximo do que nunca de alcançar o maior objetivo do clube desde a sua fundação: levantar o troféu da Liga dos Campeões. Mas não conseguiu. Com o apoio de dois dos jogadores mais caros do mundo (Neymar e Mbappé), o PSG foi tricampeão nacional e chegou até a final da principal competição europeia na temporada 2019/20, mas acabou perdendo o título, que seria inédito, para uma das equipes mais tradicionais do continente: o Bayern de Munique. Com as conquistas, o Paris parece ter saído um pouco do trilho na última temporada: caiu de rendimento nacionalmente, trocou de técnico no meio da temporada e perdeu a hegemonia para o surpreendente Lille, além de não ter conseguido repetir o feito de ir até a final da Liga dos Campeões. Mas isso tudo também já ficou para trás. Agora, a realidade do PSG é melhor do que jamais foi. O grupo de investimentos do Catar conseguiu juntar, mais uma vez, dois dos melhores jogadores do mundo: Neymar e Messi. Junta a eles vai estar, simplesmente, o maior destaque da última Copa do Mundo (campeão com a Seleção Francesa) e jogador mais valioso do mundo de acordo com o site especializado, o Transfermarkt.com.br. Nesta temporada, porém, o Paris Saint-Germain vai ter muito mais do que “apenas” um sistema ofensivo avassalador, mas vai contar com um elenco completo: Gini Wijnaldum (holandês multicampeão com o Liverpool) se junta a Marco Verratti no meio de campo, dando ainda mais qualidade na chegada ao campo de ataque; a jovem estrela marroquina, Achraf Hakimi, resolve qualquer problema na lateral-direita; Gigi Donnarumma vai duelar com Keylor Navas pela titularidade no gol e; por fim, ninguém menos do que Sergio Ramos se junta a Marquinhos para formar a dupla de zaga que pode ser considerada a mais forte da atualidade.
A chegada de Lionel Messi a Paris
Na última terça-feira (10) o ex-camisa 10 do Barcelona deixou sua casa praiana nas proximidades da cidade portuária da Catalunha e foi para o aeroporto com destino a Paris. Na tarde daquele mesmo dia, Lionel Messi foi apresentado como jogador do Paris Saint-Germain, vestindo a camisa 30 (o companheiro e amigo, Neymar, lhe oferecera a camisa 10, mas o argentino recusara). Depois de mais de 20 anos defendendo o Barcelona (onde atuava desde os 13 anos de idade), Lionel Messi acertou com um outro clube pela primeira vez em sua carreira. O clube catalão não teve condições financeiras para manter o craque argentino no elenco e acabou deixando sua maior preciosidade escapar pelos dedos. Agora, junto com um dos (senão o) maiores jogadores da história do futebol, o Barcelona perde muitos de seus fãs e admiradores para o Paris Saint-Germain (algo que já havia acontecido, em menor ou maior proporção, com a saída de Neymar para o clube da capital francesa). A expectativa certamente é a melhor possível. O PSG deve ir em busca de retomar a hegemonia no cenário nacional, buscando os títulos da Copa da França (Coupe de France) e do Campeonato Francês (Ligue One), além, é claro, do tão sonhado título da Liga dos Campeões. Ainda é muito cedo para afirmar qualquer coisa, até porque, a começar pelos atuais finalistas da principal competição da Europa (Chelsea e Manchester City), há muitos concorrentes na corrida em busca da Orelhuda (como é chamada a taça da Liga dos Campeões). No entanto, logo na chegada a capital da França, Messi mostrou estar em sintonia com o Paris Saint-Germain: teve muita conversa e risada com o velho companheiro, Neymar; teve papo individual com o comandante, Mauricio Pochettino; e teve, inclusive, abraços e troca de risadas com um velho rival, Sergio Ramos (ex-zagueiro do Real Madrid).
Próximos jogos do PSG e previsão de estreia de Messi
De acordo com o técnico do PSG, Mauricio Pochettino, o novo camisa 30 do clube só vai estrear quando estiver em sua melhor condição física, o que significa dizer que o argentino não deve estar entre os relacionados para enfrentar o Strasbourg neste sábado (14), às 16 horas, em partida no Parque dos Príncipes, válida pela 2ª rodada da Ligue One, que vai ser transmitida pela ESPN Brasil em TV fechada. Neymar pode até aparecer entre os titulares, mas a expectativa é de que Pochettino aproveite o momento de preparação de seus principais jogadores para testar aqueles que devem ter menos oportunidades durante a temporada, como Draxler e Icardi. Neste caso, a apresentação de Messi, atuando pelo PSG diante da torcida parisiense (no Parque dos Príncipes), deve acontecer somente no próximo mês, mas a expectativa é de que ele estreie antes, jogando fora de casa (no dia 20 o PSG enfrenta o Brest e, no dia 29, joga contra o Stade de Reims).
