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Cruzeiro e Atlético Mineiro voltam a medir forças em Minas Gerais  

esplanada do estadio mineirao aberta
(Divulgação/Mineirão)

Os últimos anos foram opostos para Cruzeiro e Atlético Mineiro, mas as coisas já começaram a mudar no ano passado. Depois que Ronaldo Nazário, ex-jogador e ídolo do Cruzeiro, comprou o clube, em dezembro de 2021, as mudanças começaram. Antes afundado em dívidas e lutando contra o rebaixamento à Série C, o Cruzeiro começou a acertar as contas e fazer novos investimentos para buscar seu retorno à elite do futebol brasileiro. Lá no início da temporada 2022 o Cruzeiro voltou a disputar a final do Campeonato Mineiro com o seu principal rival, o Atlético Mineiro, o que não acontecia desde 2019, ano que acabou com a primeira queda do clube à Série B do Campeonato Brasileiro. Em 2020 o Cruzeiro sequer passou da primeira fase do Campeonato Mineiro e em 2021 perdeu para o América na semifinal. Nestes 2 anos e, também, no ano passado, vencendo o Cruzeiro na final, o Atlético Mineiro foi campeão estadual. Significa dizer que o Galo busca o tetracampeonato em Minas Gerais neste ano, de forma a aumentar para 10 a diferença de títulos em relação à Raposa (neste momento o Atlético Mineiro tem 47 títulos, contra 38 do Cruzeiro). No entanto, é importante ter em vista que o Cruzeiro está em ascensão, ainda que esteja passando por mais uma reformulação em seu elenco (como aconteceu no ano passado). O Atlético Mineiro, por sua vez, apesar de ter mantido a base que formou a equipe principal no ano passado, está tentando reencontrar o seu melhor equilíbrio sob o comando de Eduardo Coudet, contratado para substituir Cuca na atual temporada.

Cruzeiro quer se reafirmar como potência de Minas Gerais com título estadual.

O Cruzeiro sempre foi um gigante do futebol brasileiro. Em sua sala de troféus, o Cruzeiro ostenta dois títulos de Libertadores (1976 e 1997), além de 3 troféus do Campeonato Brasileiro e 6 da Copa do Brasil, sendo o maior campeão desta última até hoje. No entanto, a equipe passou por uma crise financeira e está em um momento de recuperação atualmente. A sagacidade do atual mandachuva, Ronaldo, surpreendeu no ano passado e o Cruzeiro conseguiu feitos importantes: voltou a disputar a final do estadual, alcançou as oitavas de final da Copa do Brasil e foi campeão da Série B do Campeonato Brasileiro com larga vantagem. No entanto, para disputar a Série A do Brasileirão neste ano, o Cruzeiro passou por mais uma reformulação, apesar de ter mantido mais peças do que em relação às mudanças drásticas feitas de 2021 para 2022.

Além do técnico uruguaio, Paulo Pezzolano, permaneceram o goleiro Rafael Cabral, os zagueiros Eduardo Brock e Lucas Oliveira, o meia Neto Moura e o atacante Bruno Rodrigues. Com as saídas de muitos outros nomes, chegaram jogadores importantes, como o trio ofensivo formado por Gilberto, Wesley e Nikão, que estiveram entre os titulares no clássico com o Atlético Mineiro disputado na última segunda-feira (13), pela 5ª rodada do Campeonato Mineiro. Foi Bruno Rodrigues, porém, que marcou o gol cruzeirense no empate por 1 a 1 com o Galo, a equipe de Pezzolano está em situação desconfortável na tabela de classificação do Campeonato Mineiro. Com apenas 5 pontos somados em 5 rodadas disputadas, o Cruzeiro tem 3 rodadas para tirar a vantagem do Tombense, atual líder do Grupo C com 7 pontos. Serão dois jogos fora de casa, contra Vila Nova (lanterna do Grupo A) e Caldense (vice-líder do Grupo B), respectivamente, e, por fim, enfrenta o Democrata-SL (lanterna do Grupo B) em casa. Vale lembrar que os líderes de cada grupo (A, B e C) e o vice-líder com melhor campanha se classificam às semifinais do Campeonato Mineiro.

Atlético Mineiro quer voltar a levantar troféus e quer começar com o Tetra no Mineiro.

Depois de um 2021 glorioso com as conquistas do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil, além do Campeonato Mineiro, o Galo teve um 2022 difícil. Apesar de ter conseguido conquistar o terceiro título consecutivo estadual, o Atlético Mineiro viu seus principais rivais conquistarem as principais competições nacionais e internacionais. Além de ter caído nas oitavas de final da Copa do Brasil e nas quartas de final da Copa Libertadores da América, competições que foram vencidas pelo Flamengo, o Atlético Mineiro foi apenas o 7º colocado do Campeonato Brasileiro (vencido pelo Palmeiras), de forma que vai ter de disputar as fases preliminares da Copa Libertadores da América neste ano, antes de chegar à fase de grupos. Por conta disso, o Galo também se reformulou para a temporada 2023: nomes importantes saíram, como Nacho Fernández, Keno e Júnior Alonso, mas outros chegaram, como Edenílson (ex-Inter), Patrick (ex-São Paulo) e Paulinho (emprestado do Bayer Leverkusen). Além das mudanças no elenco, o Atlético Mineiro também teve mudança no comando técnico: Eduardo Coudet foi contratado para substituir Cuca, que não conseguiu reestabelecer o equilíbrio da equipe no fim do ano passado.

Até aqui, com 4 vitórias e 1 empate em 5 rodadas do Campeonato Carioca, o Galo vem afirmando sua força, mas os jogos mais decisivos ainda estão para chegar. O clássico com o Cruzeiro pode ter sido importante, mas no sentido de testar o nível de competitividade da equipe, tendo em vista que uma derrota não ia comprometer a campanha do Atlético Mineiro na primeira fase da competição estadual. O primeiro teste de fogo do Galo de Eduardo Coudet vai ser no dia 22 deste mês, pela partida de ida da 2ª fase eliminatória da Copa Libertadores da América, que vai ser disputada na Venezuela contra o Carabobo. Neste sentido que a partida com o Cruzeiro é importante, para servir como parâmetro para uma decisão como esta da Libertadores. Ficou evidente que o Atlético Mineiro vai ser uma equipe difícil de ser batido e muito provavelmente estará na fase de grupos da competição mais importante do continente. Apesar de ter saído atrás no placar, depois de um pane no sistema defensivo no segundo tempo, o Atlético Mineiro mostrou força para reagir e buscar o empate nos minutos finais com um golaço de Hulk em cobrança de falta. Além disso, o Galo mostrou superioridade durante os 90 minutos do clássico e foi às redes duas vezes, primeiro com Paulinho e, depois, com Edenílson, mas os gols foram anulados por impedimento.

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