No último sábado (28) o Santos enfrentou a Ferroviária pela quinta rodada do Campeonato Paulista e chegou ao seu terceiro empate, de forma a terminar na lanterna do Grupo A, com apenas 6 pontos somados até aqui. Depois de uma vitória conquistada nos acréscimos do segundo tempo, em partida disputada na Vila Belmiro contra o Mirassol pela primeira rodada do Campeonato Paulista, o Santos evidenciou seus problemas na derrota por 2 a 0 para o Guarani em Campinas. Os dois primeiros confrontos foram contra equipes que vão disputar a Série B do Campeonato Brasileiro neste ano. Na terceira rodada, depois de sair atrás no placar jogando fora de casa, o Santos arrancou um empate do São Bernardo, que vai disputar a Série C do Campeonato Brasileiro neste ano, em gol contra aos 45 minutos do segundo tempo. Na quarta rodada foi ainda pior: diante do Água Santa, que utiliza o Campeonato Paulista para tentar conquistar vaga na Copa do Brasil ou na Série D do Campeonato Brasileiro, o Santos voltou à Vila Belmiro para vencer mais uma vez diante da torcida e manter a confiança, mas não conseguiu sair do zero. Na última rodada, jogando no Canindé como mandante diante da Ferroviária, que é mais uma das equipes que utilizam o Campeonato Estadual para conseguir vaga em uma competição nacional, o Santos não venceu, mas deu alguma esperança ao seu torcedor.
Santos demonstra melhora, mas só empata com a Ferroviária.
No próximo sábado (4 de fevereiro) o Santos vai jogar contra o Palmeiras fora de casa em um momento complicado e precisa mostrar competitividade para não cair em uma crise grave. No ano passado o Santos lutou contra o rebaixamento no Campeonato Paulista e, tendo em vista ser o lanterna do Grupo A na atual edição, já começa a se preocupar com um possível vexame inédito e histórico. No entanto, a partida do último sábado (28), válida pela quinta rodada do Campeonato Paulista, mostrou um possível poder de reação do Santos.
Aos poucos, Soteldo e Mendoza estão conseguindo entregar aquilo que a equipe precisa para ser forte ofensivamente. Através deles o Santos conseguiu criar suas melhores oportunidades diante da Ferroviária no Canindé, mas faltou efetividade. Talvez até por uma questão de entrosamento eles não foram capazes de furar o bloqueio da Ferroviária no primeiro tempo, e a defesa acabou falhando no último minuto dos acréscimos do primeiro tempo, quando John Kennedy escapou da marcação de Sandry e acabou sendo derrubado na área pelo camisa 6 do Santos. Na cobrança, o próprio John Kennedy abriu o placar para a Ferroviária.
Mas bastou apenas 15 minutos do segundo tempo para o Santos conseguir o empate, em uma bela jogada individual de Dodi, que saiu carregando desde trás até invadir a área e cruzar para Stiven Mendoza marcar de peixinho. Depois do empate, a Ferroviária ainda tentou ameaçar com John Kennedy, mas foi o Santos quem pressionou pela virada até os minutos finais. Na melhor chance que teve, porém, em cobrança de escanteio, Rwan não conseguiu finalizar e Bernardo tirou embaixo da trave: a bola ainda bateu em Lucas Braga e ia voltando para o gol quando o zagueiro Cassiano, praticamente em cima da linha, afastou de vez o perigo.
O empate no Canindé, com torcida do Santos, mandante do confronto com a Ferroviária, obviamente não foi o que se esperava. Mesmo assim, os torcedores que estiveram no estádio foram menos efusivos ao cobrar o time depois da partida. Antes do início da partida, quando os jogadores e a comissão técnica entraram no campo, os torcedores vaiaram e cobraram demais, muito mais do que quando a partida acabou empatada em 1 a 1. A insatisfação dos torcedores ainda estava lá, mas havia algo de diferente. A diferença foi a forma como o Santos se apresentou durante os 90 minutos, controlando a partida com entendimento tático e capacidade para criar oportunidades no setor ofensivo.
Crescimento antes de clássico com o Palmeiras no Allianz Parque é fundamental.
Certamente não vai ser um empate com a Ferroviária em casa que vai mudar o rumo do Santos no Campeonato Paulista, mas o clube sabe muito bem disso e vem se movimentando nos bastidores para encaixar as peças que ainda faltam no quebra-cabeça de Odair Hellmann. O meio de campo, por exemplo, com Dodi, Carabajal e Sandry conseguiu ter uma imposição física diante da Ferroviária e ficou ainda mais interessante quando Rwan entrou no lugar do camisa 6. Esta mudança possibilitou ainda mais o trabalho de criação ofensiva, que era exatamente o que o Santos precisava naquela partida. Ficam as experiências e a consciência de que ainda há um longo caminho para a equipe percorrer junto com o seu técnico, Odair Hellmann. É um desejo do comandante, inclusive, que o Santos acerte a chegada de Lucas Lima até o fim do Campeonato Paulista, com possibilidade de extensão até o fim da temporada. O meio-campista já está em Santos e deve ser apresentado pelo clube em breve.
Enquanto isso, a equipe tem toda a semana para trabalhar, ajustar, treinar e se preparar para encarar o Palmeiras no Allianz Parque no próximo sábado, pela 6ª rodada do Campeonato Paulista. Em números, assim como para a torcida e para todo o elenco, um bom desempenho no clássico é fundamental. Em todos os aspectos, um empate estaria de ótimo tamanho para o Santos, tendo em vista que, apesar de ser lanterna do Grupo A, tem apenas 2 pontos a menos que o líder e 1 de distância para o vice-líder. No entanto, o que o Santos mais precisa neste momento é focar no desempenho. Se a derrota vier diante do Palmeiras não vai ser nenhuma tragédia, mas, na verdade, algo que já é esperado, não só pelo momento delicado do Santos, mas principalmente em razão do momento do rival, que recentemente bateu o Flamengo na Supercopa do Brasil e é dono de um sistema muito sólido sob o comando de Abel Ferreira. Por outro lado, se o Santos conseguir se mostrar competitivo e, de quebra, conseguir somar pelo menos um ponto fora de casa, pode ser uma ótima oportunidade para embalar uma boa sequência no campeonato e recuperar a confiança.
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