Entenda por que a goleada histórica sofrida na Liga dos Campeões pode ter sido positiva para o Barcelona.
Antes de entender como o 8 a 2 sofrido pelo Bayern de Munique pode ter sido benéfico para o Barcelona, precisamos ir um pouco mais a fundo. Primeiro, é necessário compreender que a equipe catalã passou por dois períodos de transição que foram fundamentais para o que aconteceu na última sexta-feira (14), pelas quartas de final da Liga dos Campeões. A primeira grande mudança acontece ao fim da temporada 2011/12, quando Pep Guardiola deixa o comando técnico da equipe. É verdade que a saída do técnico catalão não teve assim tanta influência no resultado da última partida do Barcelona, mas o presidente Josep Maria Bartomeu nunca conseguiu um substituto à altura de Guardiola. Apesar de Luis Enrique ter conseguido colocar a equipe no eixo na temporada 2014/15, vencendo tudo o que disputou (La Liga, Copa do Rei, Liga dos Campeões e Mundial de Clubes), o agora técnico da Seleção Espanhola nunca foi unanimidade entre os Blaugranas. Não era lá uma grande coisa fazer um Barcelona com Messi, Neymar e Suárez, ainda mais com Xavi, Iniesta e Busquets no meio de campo. Foi então que o Barcelona passou pelo período mais delicado e que, provavelmente, mais teve influência sobre a sucessão de erros que foram cometidos até chegar à atual situação. Depois de perder uma das maiores referências na equipe, o meia e capitão Xavi Hernández, o Barcelona desistiu do projeto com Luis Enrique e apostou em Ernesto Valverde para fazer uma revolução na equipe. Para piorar, Neymar acertou com o Paris Saint-Germain buscando um novo rumo, e quem ficou sem rumo foi a equipe catalã. Precisando entregar algo para os torcedores, o Barcelona atuou de forma desordenada no mercado de transferências e desembolsou quantias exorbitantes em Philippe Coutinho (mais de 600 milhões de reais na época) e Ousmane Dembélé (mais de 500 milhões de reais na época).
O problema de ser comandado por um jogador
A partir da primeira temporada do Barcelona sem Neymar (2017/18), Lionel Messi praticamente passou a carregar nas costas a equipe comandada por Ernesto Valverde. Como se não bastasse, o título espanhol e da Copa do Rei daquela temporada acabaram ofuscados pelos títulos consecutivos que o Real Madrid ganhava da Liga dos Campeões. Para piorar, as contratações astronômicas do Barcelona duelaram jogo após jogo por uma única vaga no time de Valverde, que insistia em jogar no 4-3-3 quando Lionel Messi simplesmente não podia jogar na ponta, pois precisava buscar a bola no meio para, basicamente, fazer tudo sozinho. É provável que essa tenha sido a razão para que Messi chegasse a ligar para Neymar, pedindo para que o brasileiro, infeliz no PSG, voltasse para a Catalunha, para dividir a responsabilidade com o argentino. Mas as coisas só pioraram. Andrés Iniesta foi mais um a deixar a equipe na temporada 2018/19, e a obsessão dos novos líderes do Barça (Messi e Piqué) por Neymar acabou causando um péssimo clima no elenco, pois muitos jogadores se sentiram desvalorizados. Sem sucesso para acertar com o brasileiro, o Barcelona mais uma vez acabou atuando de forma desordenada no mercado e só inflou ainda mais o elenco. Com isso, os jogadores tiveram ainda menos regularidade, a equipe rodou demais e, mesmo sendo bastante qualificada, não funcionou. Lionel Messi conseguiu guiar a equipe para mais um título espanhol ao fim daquela temporada (2018/19), mas até mesmo na Copa do Rei o Barcelona decepcionou, perdendo para o Valência na final. No entanto, o presidente Bartomeu insistiu com Valverde no comando para a temporada 2019/20, se desfez de vários jogadores e, mais uma vez, se viu sendo carregado por Lionel Messi. Dessa vez, porém, a equipe blaugrana não conquistou nenhum título, acabou eliminada de forma vexatória para o Bayern de Munique na Liga dos Campeões e a casa caiu. Agora, Gerard Piqué afirma que será o primeiro a deixar a Catalunha se for o melhor para o clube, e até mesmo Lionel Messi, que defende a equipe desde os 14 anos de idade, foi cotado para sair.
Josep Maria Bartomeu projeta futuro do Barcelona
Muita coisa deve mudar na principal equipe da Catalunha para a próxima temporada, é verdade, mas é preciso separar aquilo que realmente está nos planos e pode ser verdade, daquilo que é apenas especulação. De acordo com o presidente, ao menos no que diz respeito à Lionel Messi, o torcedor blaugrana pode ficar tranquilo. “Messi tem contrato no Barça até 2021, ele sabe e nós sabemos. Falo regularmente com Messi e principalmente com seu pai, e eles sabem que há um projeto, que chegará um novo técnico e que contamos com ele” disse Bartomeu em entrevista à TV Barça nesta terça-feira (18). Além dele, o presidente do Barcelona citou outros nomes que serão fundamentais para a reconstrução da equipe: “Ter Stegen, Lenglet, De Jong, Semedo, Dembélé, Griezmann, são jogadores que contamos muito e que vieram para estar por muitos anos no Barça”. Até aqui, o Barcelona anunciou apenas 3 medidas: as saídas do técnico Quique Setién e do diretor de futebol Eric Abidal, e a chegada de Ronald Koeman para o comando da equipe. “Apostamos (em Koeman) porque o conhecemos muito bem, por como é, como pensa e como jogam seus times. Mas também por sua experiência, por estar no Dream Team de Johan Cruyff. (Ele) conhece o Barça e a forma de entender o futebol” explicou Josep Maria Bartomeu. Koeman chegou ao Camp Nou pela primeira vez em 1989, levado por Johan Cruyff, com quem havia trabalhado no Ajax anteriormente, tendo feito parte do “Drem Team” de Stoichkov, Romário e companhia. Como técnico, Koeman foi auxiliar na Seleção Holandesa e auxiliou Louis van Gaal no Barcelona entre os anos de 1998 e 2000. Como técnico, tem passagens por equipes como Ajax, Benfica, Valência, Southampton e Everton, tendo conquistado 4 títulos na Holanda e uma Copa do Rei na Espanha.
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