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Morre técnico Vadão, ex-Carrossel Caipira e Seleção feminina  

Morreu nesta segunda-feira (25), aos 63 anos, o técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão, ex-técnico da Seleção feminina de futebol e que em clubes destacou-se principalmente ao comandar o “Carrossel Caipira”, como era chamado o histórico Mogi Mirim do início dos anos 90.

Sim, Mogi Mirim, um modesto time do interior paulista, mas que virou sensação, pelo jogo moderno, dinâmico, na qual os atletas tinham liberdade de troca de posições, inspirada na Holanda da Copa de 1974 (ver documentário “Carrossel Caipira: o fenômeno tático do interior”, ao final deste texto).

Vadão, com Marta, durante treinamento da Seleção feminina (Foto: CBF)

Essa equipe lançou ótimos jogadores, como Rivaldo (que viria a conquistar títulos por Palmeiras e pela Seleção, campeão da Copa de 2002), Leto e Válber (passagens por Corinthians e Palmeiras), que jogava num à época mal visto esquema tático 3-5-2, devido ao fracasso do Brasil na Copa de 1990, mas que deu muito certo naquela marcante equipe do interior paulista.

Segundo informa o site Globoesporte, Vadão estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde a semana retrasada. Ele lutava contra um câncer no fígado desde o início do ano, quando precisou passar por sessões de quimioterapia, apresentar evolução, mas o quadro se agravou recentemente.

Carreira em clubes

Natural de Monte Azul Paulista, município do interior paulista, Vadão foi jogador nos anos 70, atuando no juvenil do Guarani e também do Botafogo, de Ribeirão Preto, jogando por Paulista, Velo Clube e Capivariano no profissional.

Mas foi como técnico que ganhou destaque. Além de comandar o Carrosel Caipira (Mogi Mirim), ao qual referi no início do texto, ele fez história em vários clubes importantes.

Em São Paulo, foi o terceiro treinador que mais dirigiu o Guarani. Foram cinco passagens (1995, 1997-98, 2009-10, 2012 e 2017) e um total de 204 jogos. Destaque para o acesso na Série B em 2009 e para o vice do Campeonato Paulista em 2012, tendo sido eleito o melhor técnico da competição.

Vadão também comandou à arquirrival do Guarani, Ponte Preta, em quatro oportunidades (2001-2002, 2005, 2006 e 2014). Aliás, em Campinas ficou conhecido como “Mister Dérbi” por nunca ter perdido um clássico da cidade paulista, seja comandando o Bugre (quatro vitórias e um empate) ou a Macaca (um triunfo e três empates).

No time do São Paulo, ficou marcado por ter lançado o meia Kaká no profissional, no título do Torneio Rio-São Paulo de 2001. Antes, teve breve passagem comandando outro grande, o Corinthians.

À frente do Athletico Paranaense, em 1999, conquistou seus dois primeiros títulos na carreira: torneio seletivo para a Libertadores daquele ano e o Campeonato Paranaense de 2000, além de iniciar a montagem do grupo que viria a ser campeão brasileiro no ano seguinte. Em outra passagem pelo Furacão, chegou a ser semifinalista da Copa Sul-Americana.

Vadão também teve uma experiência internacional, comandando o Verdy Tokyo, do Japão, além de trabalhos no País, no Vitória, Criciúma, Bahia, Goiás e Sport.

Seleção feminina

A primeira passagem de Vadão pela Seleção Brasileira feminina de futebol começou em abril de 2014. Ele ganhou vários títulos, como a Copa América 2014, Torneio Internacional de Futebol Feminino 2014, Campeonato Internacional de Futebol Feminino de 2015, Jogos Pan-Americano de 2015, além de ter chegado ao quarto lugar nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016.

Já o segundo trabalho à frente do time feminino brasileiro, teve apenas 11 meses de duração, iniciando em setembro de 2017. Em termos de conquistas, ganhou o Torneio Internacional de Futebol Feminino (China), em 2017, e a Copa América, em 2018.

Depois, amargou eliminação do Brasil para a França nas oitavas de final da Copa do Mundo de 2019 e acabou demitido pela CBF um mês depois do Mundial.

 

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