Brenner volta a brilhar, mas São Paulo perde para o Lanús na Argentina.
Nessa quarta-feira (28), o São Paulo foi até Buenos Aires para enfrentar o Lanús pela partida de ida da 2ª fase da Copa Sul-Americana e, mais uma vez, frustrou os torcedores.
Não que a equipe de Fernando Diniz tenha feito uma partida ruim, mas que certamente deixou a desejar, principalmente no sistema defensivo. Como era de se imaginar, o Lanús entrou em campo para sua primeira partida oficial desde março (mais de 7 meses atrás) como se viesse jogando há tanto tempo quanto o tricolor paulista. Fazendo pressão alta desde os primeiros minutos, a equipe argentina sufocou e causou o maior reboliço na defesa são paulina, que encontrou muita dificuldade para conseguir sair jogando. No entanto, a equipe paulistana abriu o placar logo que conseguiu encaixar a primeira jogada: Tchê Tchê lançou Luciano, que escapou bem nas costas da marcação e, na saída do goleiro, rolou para Brenner empurrar pro fundo da rede. O São Paulo teve uma leve superioridade na posse de bola (55% de acordo com as estatísticas do Google) e até se defendeu com certa tranquilidade, exceto nas bolas aéreas. O Lanús abusou do “chuveirinho” na área são paulina, mas, na melhor chance do primeiro tempo, a bola parou na trave e Tiago Volpi conseguiu afastar o perigo na sobra. Depois do intervalo, o São Paulo tentou ser mais agressivo e ficou muito próximo de aumentar o marcador, mas Igor Gomes desperdiçou uma das oportunidades e Brenner, em pancada de fora da área, acertou a trave. Então, quando o Lanús chegou ao ataque com jogada em profundidade e como sempre fez o cruzamento na área tricolor, a bola passou por todo mundo até desviar em Daniel Alves e sobrar na boa para José Sand deixar tudo igual no placar.
A partida ficou aberta após o empate argentino: Luciano salvou o São Paulo na defesa e, em jogada de Reinaldo pela ponta esquerda, Brenner chegou a balançar as redes para o tricolor, mas o árbitro pegou um impedimento ‘milimétrico’ do atacante e anulou o lance. Na resposta do Lanús, em outro lançamento direto para a área, Nicolás Orsini desviou para José Sand, que girou bonito sobre a marcação e bateu no ângulo para fazer o segundo dele na partida. Já nos minutos finais, após uma troca de passes envolvente da equipe de Fernando Diniz, característica do treinador, Luciano ajeitou para Brenner, na entrada da área, acertar uma pancada para estufar a rede e, mais uma vez, deixar tudo igual no placar. No entanto, já nos acréscimos da etapa final, em cobrança de falta que o Lanús mais uma vez aproveitou para cruzar na área, Facundo Quignon acertou uma cabeçada quase inacreditável, que entrou no ângulo e terminou no fundo da rede, dando a vitória ao Lanús por 3 a 2. Com o resultado, o São Paulo precisa de uma vitória simples (por 1 a 0) no Morumbi, na partida da volta, marcada para a próxima quarta-feira (04/11), para avançar às oitavas de final da competição sul-americana, uma vez que os gols marcados fora de casa são utilizados como critério de desempate (vitória por 2 a 1 também classifica a equipe paulista). No entanto, como o Lanús vai precisar do empate para avançar e tem a bola aérea como grande trunfo, não vai ser nada fácil para o tricolor alcançar a classificação. Vale lembrar que a equipe de Fernando Diniz ainda disputa o Campeonato Brasileiro, pelo qual entra em campo no domingo (01/11), em partida contra o Flamengo, fora de casa, além de já ter se classificado às quartas de final da Copa do Brasil.
Vasco vence no Rio de Janeiro e leva vantagem do empate para a Venezuela.
Também nessa quarta-feira, pela 2ª fase da Copa Sul-Americana, o Vasco recebeu o Caracas em São Januário e penou diante da equipe venezuelana. Apenas em sua segunda partida à frente da equipe cruz-maltina, Ricardo Sá Pinto conseguiu construir um time ofensivo e equilibrado, mas ainda com defeitos. Diante do atual vice-líder da primeira divisão venezuelana, o Vasco sobrou durante toda a partida, mas ainda ficou aquém das expectativas, principalmente por conta dos erros de passe no meio de campo. Mesmo assim, só deu Vasco. No primeiro tempo, a equipe carioca teve total controle do jogo, apesar de ter sido pouco efetiva: a melhor oportunidade foi em cruzamento de Léo Gil para Ribamar, que subiu livre de marcação na entrada da pequena área e acabou cabeceando por cima do gol. Na etapa complementar, o Vasco tentou ser ainda mais incisivo e teve o dobro de chances do primeiro tempo só nos primeiros 10 minutos do segundo. Aos 13’, Henrique foi derrubado na área e o árbitro marcou a penalidade: na cobrança, porém, Carlinhos bateu mal e facilitou para a defesa de Velásquez. Depois disso, o rendimento da equipe carioca caiu drasticamente e os venezuelanos até se arriscaram no campo de ataque, mas nada que levasse grande perigo à meta de Fernando Miguel. No entanto, a queda do Vasco apontava para um empate certo, principalmente depois que Ygor Catatau, que havia entrado no segundo tempo, recebeu dois cartões amarelos em lances bobos e acabou sendo expulso. Mas, ao invés de desistir da vitória, Sá Pinto colocou em campo uma promessa esquecida: Tiago Reis. O atacante de 21 anos entrou em campo aos 39 minutos e, aos 43, sua estrela brilhou, assim como aconteceu quando foi lançado na equipe principal, no ano passado. Em boa jogada pela direita, Andrey esticou para Guilherme Parede na linha de fundo, que chegou cruzando pro meio da área, onde Tiago Reis, esbanjando oportunismo, apareceu para empurrar pra rede. O jovem atacante deu a primeira vitória ao novo comandante, que, agora, tem a vantagem do empate para a partida de volta, na próxima quarta-feira, na Venezuela. Antes disso, no domingo (01/11), o Vasco enfrenta o Goiás, fora de casa, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro.