Seleção Brasileira Masculina é vista como uma das favoritas para conquistar a medalha de ouro e sonha com o bicampeonato olímpico.
Sempre com uma base forte, o Brasil chega como um dos principais favoritos para mais uma vez ficar com a medalha de ouro das Olimpíadas e, com isso, se tornar o quinto país a conquistar o título duas vezes consecutivas (se juntando a Grã-Bretanha, Uruguai, Hungria e Argentina). Na última edição dos Jogos Olímpicos, disputada no Rio de Janeiro em 2016, Neymar, já mais experiente, guiou a equipe olímpica para o primeiro ouro. Agora é ninguém menos que Daniel Alves, o jogador que mais levantou troféus na história do futebol, quem tenta guiar a seleção comandada por André Jardine para a segunda medalha de ouro da história do Brasil na competição. No auge de seus 38 anos, o capitão Daniel Alves vem ressaltando a dedicação e a capacidade do grupo que é comandado por André Jardine nos Jogos Olímpicos, e chegou a dizer até que a satisfação de ganhar o torneio, que envolve diversos esportes e países envolvidos, seria de magnitude superior à uma Copa do Mundo. O lateral-direito também fez questão de parabenizar as “meninas” (em suas palavras) por toda a “trajetória” na Seleção Brasileira de Futebol Feminino (que foi eliminada pelo Canadá nas quartas de final nesta sexta-feira) e as agradeceu pela “valentia”. No Futebol Masculino, Daniel Alves tem ao seu lado uma equipe muito capacidade, que tem nomes que já possuem relevância no cenário nacional e até internacional para alguns deles. O atacante Richarlison, que veste a camisa número 10 com apenas 24 anos, foi revelado pelo América Mineiro e foi importante para o Fluminense, mas saiu ainda aos 20 aos para jogar na Inglaterra. Após apenas uma temporada defendendo o modesto Watford, foi contratado pelo Everton e tem sido fundamental para a equipe desde então, ainda que na última temporada, tanto o clube quanto o brasileiro, não tenham dado o salto que esperavam dentro do cenário europeu. Até mesmo por isso, tem sido importante o que Richarlison está fazendo com a camisa número 10 da Seleção Olímpica nestes Jogos de Tóquio. O atacante brasileiro já é o artilheiro isolado do campeonato, tendo sido responsável por 5 dos 7 gols marcados pelo Brasil nas três partidas da fase de grupos.
Jogos das quartas de final acontecem na manhã deste sábado (31):
Como tem sido até aqui, os jogos de futebol acontecem logo cedo pelo horário de Brasília. O primeiro confronto destas quartas de final vai ser entre Espanha e Costa do Marfim às 5 horas da manhã. Os espanhóis chegam como favoritos para avançar por contarem com um time de muita qualidade. Além da defesa sólida, que conta com jogadores com boa rodagem no futebol europeu (como Eric García, que chegou a ser titular do Manchester City na última temporada), a Seleção Olímpica da Espanha também ostenta um sistema ofensivo recheado de jogadores de qualidade. O técnico De La Fuente tem um meio de campo com um jogador do Real Madrid (Dani Ceballos) e um do Barcelona (Pedro González, conhecido como Pedri), e ostenta um ataque com Marco Asensio (do Real Madrid, que entrou na cota dos jogadores com mais de 24 anos), Dani Olmo (destaque do RB Leipzig) e Mikel Oyarzabal (jogador sólido da Real Sociedad, que foi 5ª colocada no Campeonato Espanhol). Até por isso é importante que o Brasil tenha muito cuidado em sua partida das quartas de final, contra o Egito, que acontece às 7 horas da manhã (de Brasília), com transmissão da Globo na TV aberta. Isso porque os egípcios empataram com os espanhóis na estreia e se classificaram em um grupo que ainda tinha Argentina e Austrália. Vale destacar, por outro lado, que um confronto entre Brasil e Espanha só seria possível em uma final, tendo em vista que estão em lados opostos da chave. Se passar às semifinais, o Brasil enfrenta, provavelmente, a Coreia do Sul, que é favorita diante do México nas quartas de final. E Seleção Espanhola, por sua vez, se passar pela Costa do Marfim nas quartas de final, deve enfrentar, na fase seguinte, o Japão, que também é favorito em sua partida das quartas, diante da Nova Zelândia.
Tributo à Seleção Brasileira Feminina:
Na manhã desta sexta-feira (30) a Seleção Brasileira Feminina deu adeus às chances de conquistar uma medalha nestes Jogos Olímpicos ao perder para o Canadá nos pênaltis em confronto de mata-mata, válido pelas quartas de final. “Poderíamos ter feito um trabalho melhor” foram as palavras da técnica sueca Pia Sunhage em entrevista coletiva após a eliminação, e acrescentou: “depois do jogo eu pedi desculpas a elas (jogadoras). Mas quero encorajá-las, porque haverá outras oportunidades”. É triste para todos que a Seleção Brasileira Feminina não tenha conseguido conquistar o ouro olímpico em nenhuma edição desde a estreia do futebol feminino nas Olimpíadas, mas medalhas importantes foram conquistadas pelas jogadoras icônicas ao longo do caminho e ainda há muito para ser feito, como vêm destacando a técnica Pia e suas jogadoras. A própria Rainha do futebol, Marta, que já está dando seus últimos passos na carreira, deixou em aberto a possibilidade de voltar a vestir a camisa da seleção e fez um forte desabafo em entrevista coletiva após a eliminação nos pênaltis “(agora) é pensar no futuro, apoiando nossas meninas, a modalidade. O futebol feminino não acaba aqui, ele continua”. A expectativa, portanto, é que, assim como Pia Sundhage, Marta continue com a Seleção Brasileira Feminina nos próximos anos, mostrando o melhor caminho para as atletas mais jovens, que já estão mostrando capacidade para dar muitas alegrias ao Brasil no futuro. Por enquanto, há frustração, mas não decepção pelo desempenho nestes Jogos Olímpicos. “Estou orgulhosa de tudo que a gente viveu” disse Marta sobre a companheira Formiga, que fez seu último jogo pela Seleção Brasileira aos 43 anos, tendo conquistado duas medalhas de prata nas Olimpíadas, uma de bronze, e um vice no Mundial Feminino (tudo ao lado da camisa 10, Marta).