Depois de 5 anos, Real Madrid e Barcelona voltam a se enfrentar na final para definir o título da Supercopa da Espanha.
A última vez que isso tinha acontecido foi em 2017, quando o torneio ainda era disputado no formato antigo: no início da temporada, em partidas de ida e volta que envolviam o campeão de La Liga e o campeão da Copa do Rei da temporada anterior.
Naquela oportunidade, o Real Madrid, então campeão de La Liga 2016/17, não tomou conhecimento do Barcelona, campeão da Copa do Rei 2016/17, e venceu a Supercopa da Espanha por 5 a 1 no placar agregado (3 a 1 na ida, no Camp Nou, e 2 a 0 na volta, no Santiago Bernabéu).
Desde 2019, porém, a Supercopa da Espanha passou a ser disputada em solo árabe, no meio da temporada europeia, e com um formato diferente, com semifinais e final, todas disputadas em partida única. Além dos campeões de La Liga e da Copa do Rei da Espanha da temporada anterior, os vice-campeões também participam do torneio, e Real Madrid e Barcelona nunca se encontraram na final neste formato.
Na temporada passada (2021/22) as equipes até se enfrentaram no torneio, mas nas semifinais, e o Real Madrid acabou se classificando com gol de Fede Valverde na prorrogação, após empate por 2 a 2 no tempo normal. O Real Madrid acabou se sagrando campeão ao vencer o Athletic Bilbao na final e, por isso, chega como o atual campeão na decisão desta temporada, contra o Barcelona.
E, se vencer a Supercopa da Espanha nesta temporada, o time da capital empata com o time catalão no número de títulos da competição. Neste momento, o Barcelona é o maior vencedor, com 13 conquistas, e o Real Madrid vem logo atrás, com 12. A final desta Supercopa da Espanha (2022/23) vai ser disputada neste domingo (15), às 16 horas (de Brasília), com transmissão da ESPN na TV fechada.
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Real Madrid supera o Valência nos pênaltis na semifinal
O primeiro a conseguir vaga na final desta Supercopa da Espanha foi o Real Madrid. A equipe de Carlo Ancelotti, atual campeã de La Liga, enfrentou o Valência, vice-campeão da Copa do Rei da Espanha na última temporada, na última quarta-feira (11). Mas, apesar de todo o favoritismo do Real Madrid, que teve time completo em campo para se classificar à final, a vitória só veio nos pênaltis, no sufoco. Mesmo vivendo uma temporada ruim, na qual é apenas o 11º colocado de La Liga, o Valência conseguiu fazer uma partida competitiva com o atual campeão de La Liga e, também, vale lembrar, da UEFA Champions League. Além de ter conseguido segurar a forte pressão do Real Madrid nos primeiros minutos, o Valência conseguiu criar suas chances no campo de ataque e deu trabalho para Thibaut Courtois, como em uma cabeçada de Edinson Cavani, aos 19 minutos do primeiro tempo, que o goleiro belga precisou fazer uma grande defesa. Só que o Real Madrid manteve a cabeça no lugar, trabalhou a posse de bola com calma nos momentos em que o Valência passava a crescer no jogo e conseguiu abrir o placar ainda no primeiro tempo: em lançamento longo de Éder Militão, Karim Benzema saiu na cara do gol e foi derrubado pelo zagueiro Eray Cömert na hora da finalização. O pênalti foi marcado imediatamente pelo árbitro e Benzema não desperdiçou a cobrança.
No entanto, depois do intervalo, o Valência voltou elétrico para o jogo e surpreendeu o Real Madrid, marcando o gol de empate com apenas 22 segundos de bola rolando no segundo tempo: Toni Lato cruzou da direita e o brasileiro Samuel Lino apareceu na segunda trave, por trás da defesa merengue, para mandar ao fundo da rede. Depois do empate o Valência se fechou na defesa para segurar a pressão do Real Madrid e deu certo. Apesar de ter criado muitas chances, os merengues não conseguiram balançar as redes: na melhor oportunidade, já nos acréscimos da etapa final, Vinícius Júnior não conseguiu vencer o goleiro Giorgi Mamardashvili. Na prorrogação a partida ficou mais aberta, pois o Valência voltou a contra-atacar com perigo, mas o empate permaneceu até o apito final. Nas penalidades, Benzema, Modric, Kroos e Asensio converteram para o Real Madrid, enquanto Cömert mandou pra fora e Gaya parou em Courtois em duas das 5 cobranças do Valência (Cavani, Moriba e Guillamón converteram), de forma que os merengues venceram por 4 a 3.
Em grande jogo, Ter Stegen brilha e garante classificação do Barça nos pênaltis
Na última quinta-feira (12) foi a vez do Barcelona, vice-campeão de La Liga na temporada passada, enfrentar o Real Betis, atual campeão da Copa do Rei, na outra semifinal desta Supercopa da Espanha. A partida envolveu o atual líder de La Liga, o Barcelona, e o 4º colocado, o Real Betis, que também está nas oitavas de final da atual edição da Copa do Rei e nas oitavas de final da UEFA Europa League. E como era de se esperar as equipes protagonizaram um grande duelo pela vaga na final da Supercopa da Espanha. O Real Betis começou melhor a partida, mas não conseguiu abrir o placar porque Ter Stegen não permitiu, e quem largou na frente foi o Barcelona: em contra-ataque, Dembélé venceu a marcação e rolou na área para Lewandowski, que foi travado pela defesa no primeiro momento, mas a bola voltou para ele tirar de Bravo e mandar ao fundo da rede. Depois de sofrer o gol, o Betis voltou a pressionar o Barcelona e a parar em Ter Stegen, que fez pelo menos 3 grandes defesas para salvar a equipe da Catalunha. No segundo tempo, porém, o brasileiro Luiz Henrique (ex-Fluminense) deixou a defesa do Barça perdida e rolou na área para Fekir bater forte e deixar tudo igual no placar. A partida ficou aberta na reta final do segundo tempo, mas acabou indo para a prorrogação. Logo nos primeiros minutos do tempo extra, Ansu Fati aproveitou sobra na entrada da área e acertou um belo chute de sem-pulo para marcar um golaço e recolocar o Barcelona na frente. No entanto, poucos minutos depois, em outra grande jogada, Luiz Henrique invadiu a área do Barcelona e encontrou Loren Morón, que, de calcanhar, marcou o gol de empate do Betis. Não teve jeito. A decisão foi para os pênaltis, onde mais uma vez brilhou a estrela de Ter Stegen, que pegou as cobranças de Juanmi e William Carvalho. O Barcelona, por sua vez, converteu todas as cobranças, sendo a última delas a de Pedri, que definiu a vitória por 4 a 2 nos pênaltis e a classificação à final da Supercopa da Espanha.
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