A temporada 2019-2020 do NBB (Novo Basquete Brasil) está cancelada, decidiram por unanimidade os clubes participantes, anunciou a Liga Nacional de Basquete (LNB), organizadora da competição, após assembleia geral realizada via videoconferência.
Segundo a entidade, mesmo contando com um projeto que poderia viabilizar o retorno da competição nos próximos meses, ainda assim as equipes não tiveram segurança em relação ao controle da pandemia no país, optando por preservar a saúde de todos os profissionais envolvidos.
“Neste momento, a contaminação do COVID-19 está em diferentes estágios em cada estado brasileiro e isso impacta diretamente a primeira etapa do projeto de retomada do NBB: o início dos treinamentos. Para que o NBB pudesse retornar, todos os times precisariam reiniciar as atividades ao mesmo tempo, mas hoje, os clubes vivem realidades distintas em relação às medidas de isolamento em suas respectivas regiões”, argumentou a entidade no comunicado divulgado na noite desta segunda (4).
O NBB estava suspenso desde 15 de março. Na reunião, os 16 clubes decidiram, ainda, que a classificação final da fase regular da temporada 2019/2020 servirá apenas para definir quais equipes irão representar o Brasil nas competições internacionais na próxima temporada.
Tanto Baskteball Champions League Americas quanto a Liga Sul-Americana ainda não fecharam os seus regulamentos para a definição oficial de quantos times brasileiros serão convidados para cada disputa.
Classificação da primeira do NBB:
1º Flamengo (87,5% de aproveitamento)
2º Sesi Franca (80%)
3º São Paulo (76,9%)
4º Minas Tênis Clube (65,45%)
5º Mogi das Cruzes (61,5%)
6º Pinheiros (55,6%)
7º Corinthians (50%)
8º Botafogo (50%)
9º Renata/Rio Claro (50%)
10º Unifacisa (48,1%)
11º Paulistano/Corpore (44%)
12º Sendi Bauru Basket (42,3%)
13° Brasília (30,8%)
14° São José (25,9%)
15° Basquete Cearense (19,2%)
16° Pato (16%)
Fala o presidente interino da LNB, Nilo Guimarães:
“Nós fomos até o estouro do cronômetro. Ouvimos todos os personagens que fazem do NBB uma das competições mais admiradas do Brasil. Sentamos semanalmente com todos os clubes, atletas, técnicos, árbitros, patrocinadores, parceiros de mídia, e criamos um projeto para retomar a competição. É triste ter que encerrar a temporada e não queríamos isso, mas saímos dessa experiência convictos que fizemos tudo o que foi possível.”
Palavra de Diego Gadelha, diretor médico da Unifacisa e um dos líderes médicos do grupo multidisciplinar da LNB:
“Se nós vivêssemos num país que estivesse mais avançado em relação à pandemia, poderíamos cravar hoje o retorno do NBB. O relatório realizado pela equipe multidisciplinar foi muito bem preparado e teria viabilidade para execução. Porém, nesse momento, o Brasil ainda não apresentou evoluções e não é possível seguir com o processo agora.”
De Guilherme Teichmann, ala/pivô do Corinthians e presidente da AAPB (Associação de Atletas Profissionais de Basquete):
“Infelizmente, o momento atual não é favorável a uma possível volta. Hoje, não temos certeza de segurança aos atletas, técnicos, árbitros e funcionários da liga para poderem trabalhar com tranquilidade.”
Comenta Marcelo Vido, diretor executivo de esportes olímpicos do Flamengo e vice-presidente de Marketing da Liga:
“O processo inteiro foi impressionantemente bom. Tomamos as decisões juntos, o tempo todo. Tenho certeza que realizamos ações que fortalecem ainda mais o conceito da Liga, como as criações das comissões, a conversa com todos os personagens envolvidos com a competição e o debate constante com os parceiros para seguirmos evoluindo o NBB nas próximas temporadas.”
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