Início » Colunas » Coluna do Verchai » Brasil encara Equador para seguir invicto nas Eliminatórias

Brasil encara Equador para seguir invicto nas Eliminatórias  

A cada Data Fifa das Eliminatórias a Seleção do Brasil, de Tite, prova ser competitiva e capaz de lutar pelo título da Copa do Catar no fim deste ano. Está invicta na disputa da Conmebol, em primeiro lugar, com 35 pontos em 13 jogos (87% de aproveitamento). 

Nesta quinta-feira (27), às 18h (de Brasília), o desafio é contra o Equador, terceiro colocado, com 23 pontos, no estádio La Casa Blanca, em Quito, pela 15ª rodada , com transmissão ao vivo da Globo na TV aberta.

canarinho pistola da seleção do brasil
Brasil defende invencibilidade nas Eliminatórias, em Quito, contra o Equador (Divulgação/CBF)

Os equatorianos estão seis pontos à frente de Colômbia e Peru, quarto e quinto colocados, seleções que hoje brigam pela última vaga direta ou pela chance de ao menos ir à repescagem. Vice-líder, com 29 pontos, seis a mais do que o Equador, a Argentina, a exemplo do Brasil, já se garantiu no Mundial.

Novidades no time titular do Brasil

Sem poder contar com Lucas Paquetá, suspenso, Tite deve optar por Philippe Coutinho, que está de volta e cuja convocação dividiu opiniões. Estará de volta ao seu melhor nível? 

Outras novidade devem ser Emerson Royal na lateral-direita – com Daniel Alves ficando no banco de reservas – e Matheus Cunha no comando do ataque, ao lado de Vinícius Júnior e Raphinha. 

No caminho certo  

Sobrando na América do Sul, a questão é se a Seleção vai seguir forte diante de seleções do porte de França, Alemanha e Inglaterra. Na Copa do Mundo, o nível de dificuldade certamente subirá. 

Inegavelmente, nas Eliminatórias enfrenta seleções mais modestas, tais como Venezuela, Bolívia, Paraguai e Chile, entre outras.

Por outro lado, não se pode fechar os olhos para o que está sendo feito por Tite. O caminho está sendo preparado para que o Brasil volte a fazer uma campanha na Copa que orgulhe a torcida.

A Seleção ostenta uma invencibilidade, após 13 jogos disputados, com 11 vitórias e dois empates, liderando com folga de seis pontos em relação à Argentina. Além disso, o desempenho da Seleção Brasileira dentro de campo está se tornando cada vez mais apreciável e, também, eficaz.

O técnico Tite conseguiu consolidar um sistema defensivo muito eficiente (que é disparado o melhor das Eliminatórias, com apenas quatro gols sofridos), seja com Thiago Silva e Marquinhos, ou com Militão aparecendo na equipe titular.

O meio-campo também está cada vez mais consolidado com Casemiro, Fred e Lucas Paquetá, tendo, ainda, jogadores do porte de Fabinho, Gerson e Philippe Coutinho como opções no banco de reservas.

Neymar e mais dez

A Seleção Brasileira também ostenta o melhor ataque das Eliminatórias da Conmebol, com 27 gols marcados nas 13 partidas que fez.

Apesar disso, Tite não se acomodou com o rendimento ofensivo de sua equipe e segue fazendo mudanças e testes no setor. À exceção de Neymar, nenhum outro atacante tem vaga cativa entre os titulares, e a competição está ficando cada vez mais acirrada.

Na final da Copa América do ano passado, quando o Brasil perdeu para a Argentina pelo placar simples de 1 a 0, no Maracanã, Neymar, Richarlison e Everton “Cebolinha” formaram o trio de ataque, e Vinícius Júnior, Roberto Firmino e Gabriel Barbosa entraram no segundo tempo.

Na última partida oficial, porém, contra a Argentina, fora de casa, pela 14ª rodada das Eliminatórias, Tite levou a campo um trio ofensivo, com Raphinha, Matheus Cunha e Vinícius Júnior, e Antony e Gabriel Jesus entraram no segundo tempo (Neymar estava fora por lesão).

O meio-campo teve Fabinho de primeiro volante (Casemiro estava machucado), Fred de segundo e Lucas Paquetá como meia de armação.

Danilo e Alex Sandro foram mantidos nas laterais, assim como Alisson no gol, e Éder Militão fez dupla de zaga com Marquinhos. Foi assim que a Seleção empatou sem gols com os argentinos, tendo criado oportunidades para ter vencido o clássico.

De qualquer forma, o confronto acabou sendo uma amostra da capacidade da Seleção Brasileira, mesmo sem alguns de seus principais jogadores (Neymar, Casemiro e Thiago Silva, no caso), o que certamente é motivo de esperança para os brasileiros na próxima Copa do Mundo, que acontece no fim deste ano, no Catar.

A Seleção nos últimos fracassos em Mundiais

Tudo começou com a decepção de 2006, quando praticamente a mesma seleção campeã na edição anterior perdeu para a França nas quartas de final, por 1 a 0, em um jogo morno, no qual o Brasil não foi a Seleção que os torcedores esperavam ver.

A situação se agravou em 2010, quando Dunga deixou de fora da lista o então jovem craque Neymar e Ronaldinho Gaúcho. Preferiu manter a base e levar nomes como Michel Bastos e Nilmar. Consequentemente, acabou eliminado no mata-mata, mais uma vez nas quartas de final, perdendo por 2 a 1 para a Holanda.

Mas o pior ainda estava por vir: em 2014, disputando a Copa do Mundo em casa, Luiz Felipe Scolari (campeão do mundo com o Brasil em 2002) levou o Brasil de volta para as semifinais, mas não contava com uma lesão de Neymar e a perda de Thiago Silva (suspenso por cartão amarelo).

Perdido em campo, o time de Felipão foi atropelado pela Alemanha, que aplicou históricos 7 a 1, maior vexame da Seleção em Copas do Mundo. O Brasil ainda levou 3 a 0 em nova derrota, agora para a Holanda, na disputa de terceiro lugar.

Dunga acabou sendo o escolhido para substituir Felipão, após o vexame de 2014, uma escolha que não agradou em nada os torcedores e que acabou sendo revogada em junho de 2016, com a queda da Seleção ainda na primeira fase da Copa América.

Era Tite não rendeu título de Copa, mas Seleção passou a dominar continente

Para o seu lugar foi chamado Adenor Leonardo Bachi, o Tite, que estava em sua terceira passagem pelo Corinthians.

Com Tite, a Seleção Brasileira deu um salto na tabela de classificação das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, vencendo nove partidas consecutivas, entre 2016 e 2017, incluindo um marcante triunfo por 3 a 0 sobre a Argentina.

Na Copa da Rússia, o Brasil de Tite caiu nas quartas, levando 2 a 1 da Bélgica. Porém, a sensação foi de que dava para ter vencido.

Por pouco, não chegou ao empate, após terminar a primeira etapa perdendo por 2 a 0 (gol de Fernandinho, contra, e de Kevin de Bruyne). Renato Augusto, que entrou bem, descontou e quase fez o segundo. E vale lembrar que ainda teve um pênalti não marcado em Gabriel Jesus.

Desde então a Seleção Brasileira venceu uma Copa América, foi vice-campeã em outra e se manteve inalcançável nas Eliminatórias Sul-Americanas.

Todos os convocados para esta Data Fifa

Para o jogo desta quinta, contra o Equador, e para o duelo com o Paraguai, em 1º de fevereiro, no Mineirão, Tite convocou estes atletas:

Goleiros:

Alisson (Liverpool), Ederson (Manchester City) e Weverton (Palmeiras).

Laterais:

Daniel Alves (Barcelona), Emerson Royal (Tottenham), Alex Sandro (Juventus) e Alex Telles (Manchester United).

Zagueiros:

Éder Militão (Real Madrid), Gabriel Magalhães (Arsenal), Marquinhos (PSG) e Thiago Silva (Chelsea).

Meio-campistas:

Bruno Guimarães (Lyon), Casemiro (Real Madrid), Fabinho (Liverpool), Fred (Manchester United), Gerson (Olympique de Marselha), Everton Ribeiro (Flamengo), Lucas Paquetá (Lyon) e Philippe Coutinho (Aston Villa).

Atacantes:

Antony (Ajax), Gabigol (Flamengo), Gabriel Jesus (Manchester City), Matheus Cunha (Atlético de Madrid), Raphinha (Leeds), Rodrygo (Real Madrid) e Vinicius Junior (Real Madrid).

* Texto atualizado por Betmotion Blog

Deixe um comentário