A ministra do Esporte do Brasil, a ex-jogadora de vôlei Ana Moser, manifestou a intenção do governo Lula de trazer a próxima Copa do Mundo Feminina para o País, que em 2014 sediou o Mundial de futebol de seleções masculino.
Na última segunda-feira (6), a ministra concedeu entrevista ao programa “Sem Censura”, da TV Brasil, quando revelou essa novidade. “Estamos conversando com os parceiros, com a CBF e desenhando uma possibilidade do Brasil pleitear a sede da Copa”, afirmou.
Os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro já manifestaram a intenção de receber os jogos, que vai ser a 10ª edição do Mundial de Seleções Femininas de futebol, que está marcada para acontecer em 2027.
Esta seria a terceira vez que o Brasil receberia uma Copa do Mundo, tendo em vista as duas de futebol masculino que recebeu: a primeira em 1950, e a última mais recentemente, em 2014.
Desta vez, evidentemente, até pela proximidade com relação a anterior, o custo para o governo seria bem menor, pois os estádios já estão preparados para receber os jogos. Além disso, sediar a primeira Copa do Mundo de futebol feminino seria importante para o incentivo de que mais meninas e mulheres cresçam dentro deste e de outros esportes, tanto na linha de frente, como jogadoras, técnicas e até presidentes, como a Leila Pereira é exemplo no Palmeiras.
“O nosso dia representa a nossa garra e resistência, mas, acima de tudo, a potência que temos para chegarmos aonde quisermos. Desejo a todas um Feliz Dia Internacional das Mulheres” escreveu a presidente do Palmeiras em uma publicação no Twitter nesta quarta-feira (8).
Em última Copa de Marta, Brasil busca campanha inesquecível:
Apesar de ter se reafirmado como a maior potência da América do Sul com a conquista da Copa América Feminina de 2022, a Seleção Brasileira não está entre as favoritas para vencer a Copa do Mundo. No último Mundial Feminino, disputado em 2019, a Seleção Brasileira, ainda sob o comando de Vadão, não conseguiu passar das oitavas de final: enfrentou a França por ter ficado na 3ª posição do grupo C e acabou perdendo na prorrogação depois de empatar por 1 a 1 no tempo normal. Não foi uma frustração perder para a França nas oitavas de final, principalmente pela forma como o Brasil se apresentou dentro de campo, lutando até o fim mesmo diante de uma seleção extremamente competitiva. No entanto, a CBF optou por apostar em um trabalho moderno, de uma técnica com experiência em Mundial, e contratou a sueca Pia Mariane Sundhage, que teve passagens pelas Seleções Estadunidense e Sueca, tendo vencido os Jogos Olímpicos de futebol feminino duas vezes. A comandante pegou uma seleção em transição e em adaptação após a perda de jogadoras importantes que se aposentaram ou não estão mais no nível físico exigido para a disputa de um Mundial. A última a entrar na lista foi a volante Formiga, de 43 anos, que anunciou a aposentadoria ainda antes do título da Copa América do ano passado.
A única remanescente daquela seleção vice-campeã dos Jogos Olímpicos de 2004 e 2008 e vice-campeã da Copa do Mundo de 2007 é a camisa 10 e principal craque do futebol feminino, Marta. Aos 35 anos, já sem o fôlego de antes, mas ainda cheia de vontade, a Rainha Marta ainda é vista como a principal responsável para conduzir a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2023, que vai ser disputada entre o fim de julho e o início de agosto. No entanto, para fazer uma campanha memorável como as vistas mais de 10 anos atrás, a técnica Pia Sundhage conta com jogadoras importantes, que ajudaram o Brasil na sua última grande campanha nas Olimpíadas, em 2016, com o 4º lugar. Os principais exemplos são a corintiana Tamires, de 35 anos, a palmeirense Bia Zaneratto, de 28 anos, e a camisa 9 Debinha, que atua no futebol estadunidense aos 30 anos. Unem-se a elas jogadoras que estão se mostrando importantes no cenário nacional e tiveram papel fundamental no título da Copa América, como a corintiana Adriana Leal e a goleira gremista Lorena Leite, ambas de 25 anos, e a palmeirense Ary Borges, de apenas 22 anos. A expectativa, portanto, é boa para a Copa do Mundo, apesar do choque de realidade sofrido na SheBelieves Cup, que teve os Estados Unidos campeão com 100% de aproveitamento, e o Brasil com os mesmos 3 pontos de Japão (o qual a equipe de Pia venceu) e Canadá (para o qual a equipe de Pia perdeu). Este foi o último compromisso da Seleção Brasileira, que vai voltar a campo para disputar a primeira edição da Finalíssima, que envolve o campeão da Copa América (Brasil) e o campeão da Eurocopa (Inglaterra), e está marcada para acontecer no dia 6 de abril, antes do início da Copa do Mundo que vai ser sediada conjuntamente pela Nova Zelândia e Noruega.
Principais favoritas ao título da Copa do Mundo Feminina de 2023:
A grande favorita ao título da próxima Copa do Mundo Feminina certamente é a maior vencedora, com 4 títulos, e atual bicampeã, a Seleção Estadunidense. Portanto, mantendo a mesma base do último título, apesar da idade avançada das suas principais jogadoras (Alex Morgan, de 38 anos, e Megan Rapinoe, de 37 anos,), os Estados Unidos tem uma equipe forte em todos os setores e é a seleção a ser batida nesta Copa do Mundo. No entanto, a competição vai ser grande com outras equipes como o Canadá, atual campeão da Olimpíadas eliminando os Estados Unidos nas semifinais. Isso sem falar nas seleções europeias que chegam muito forte para buscar o primeiro título mundial. A única do continente a já ter vencido a Copa do Mundo Feminina foi a Alemanha, duas vezes consecutivas nos anos de 2003 e 2007, que foi vice-campeã na última Eurocopa e certamente vai estar na luta pelo tricampeonato neste ano. No entanto, outras que ainda não foram campeãs, como a Inglaterra (atual campeã da Euro), a Suécia (atual vice-campeã olímpica), a Holanda (atual vice-campeã do Mundial) e a França, que bateu a Holanda nas quartas e esteve nas semifinais da última Euro, onde acabou perdendo para a Alemanha.
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