Antes da “revanche” com a Argentina, Brasil acaba com série invicta da Colômbia e mantém escrita de ser o único a estar em todos os mundiais.
Como foi dito na última matéria sobre a Seleção Brasileira, ainda há dúvidas a serem sanadas pelo técnico Tite, diante dos torcedores. Principalmente depois da primeira perda de uma Copa América disputada no Brasil, logo na final, diante da Argentina, que vai ser sua próxima adversária nestas Eliminatórias. A Verde-Amarela ainda é questionada por parte da torcida e da imprensa pelo futebol que apresenta, sem aquele brilho que se mostrou crucial para a conquista das cinco taças de Copa do Mundo. Por outro lado, os números mostram que Tite está conseguindo alcançar um alto nível de competitividade com aquilo que tem em mãos. Um grande exemplo do trabalho que vem sendo construído por Tite na Seleção Brasileira é Lucas Paquetá, autor do gol que deu a vitória sobre a Colômbia na última quinta-feira (11). O meia do Lyon nunca esteve entre os mais requisitados da torcida e da imprensa, mas, pelo contrário, foi bastante questionado quando passou a ser escalado com frequência entre os titulares. No entanto, o tempo mostrou ter sido uma escolha acertada. Paquetá tem o poder de abrir espaços na marcação adversária mesmo sem ter a bola nos pés, pois sempre encontra um espaço vazio flutuando do meio para os lados do campo. Com a bola em seu domínio, o meia de 23 anos mostra qualidade para trocar passes para furar o bloqueio adversário e cada vez mais, tanto na seleção como no clube francês, tem sido decisivo em momentos importantes. Lucas Paquetá foi um achado de Tite para resolver os problemas que a Seleção Brasileira vinha tendo para criar lances de perigo para os adversários, assim como Raphinha, que vinha sendo pedido por boa parte dos torcedores e aproveitou muito bem a chance que teve, tanto que certamente vai seguir brigando pela titularidade com outros nomes que também podem ser importantes para a seleção, como Richarlison ou mesmo Antony. Estas mudanças deram mais agilidade para o sistema ofensivo brasileiro e, o que também é muito importante, tiraram um pouco da atenção que recai sobre Neymar. Com eles, o camisa 10 encontra mais espaço para jogar, assim como foi na partida contra a Colômbia, na qual ele apareceu com liberdade na entrada da área e foi rápido para encontrar Paquetá entre os marcadores, que bateu de primeira para fazer o gol da vitória que garantiu o Brasil na próxima Copa do Mundo. Vale destacar que o gol só saiu no segundo tempo, depois que Tite ousou ao colocar Vinícius Júnior na vaga de Fred logo na volta do segundo tempo, puxando Paquetá um pouco mais para o centro do campo e abrindo ainda mais o time. Ainda antes do gol, Raphinha e Gabriel Jesus deram lugar a Antony e Matheus Cunha, respectivamente, que também foram bem. Com um sistema defensivo experiente e muito sólido, o Brasil não teve problemas para confirmar a vitória por 1 a 0, que acabou com uma sequência de 9 partidas da Colômbia sem derrota.
Uruguai e Argentina encerram a 13ª rodada:
Com a vitória sobre a Colômbia, o Brasil chegou a 34 pontos (11 vitórias e 1 empate) em 12 rodadas disputadas (tendo em vista a partida da 9ª rodada, contra a Argentina, que foi suspensa). Com o resultado, a Seleção Brasileira já está confirmada na próxima Copa do Mundo porque já não pode mais sair do “G-4” das Eliminatórias da CONMEBOL, que garante as primeiras 4 seleções sul-americanas no Catar em 2022 (a seleção que ficar na 5ª posição vai disputar uma repescagem com seleções de outros continentes). A Colômbia, porém, que ocupava a 4ª posição da tabela, caiu para a 5ª colocação e ainda pode perder mais uma posição caso o Uruguai, atual 6º colocado, consiga arrancar pontos da Argentina no confronto que encerra a 13ª rodada nesta sexta-feira (12), às 20 horas (de Brasília), no estádio Campeón del Siglo, em Montevidéu. A partida vai ser transmitida para o Brasil pelo SporTV na TV fechada. Neste momento, com uma partida a menos, a Seleção Uruguaia soma os mesmos 16 pontos de Colômbia e Chile, que saltou para a 4ª posição ao vencer o Paraguai fora de casa na última quinta-feira (11), pelo placar simples de 1 a 0. Dessa forma, um mero empate em casa com a Argentina serve para que o Uruguai salte duas posições e termine a 13ª rodada das Eliminatórias da CONMEBOL na zona de classificação para a Copa do Mundo do Catar de 2022. A missão, no entanto, é bastante complicada, e não só pelo grande momento que vive a Seleção Argentina, mas também pelos problemas internos que o Uruguai enfrenta. A Seleção Celeste chega para o importante Clássico do Rio da Prata desmotivada por não vencer há três rodadas: vem de um empate com a Colômbia e duas derrotas elásticas diante do Brasil (4×1) e da própria Argentina (3×0). Os resultados quase custaram o cargo do técnico Óscar Tabárez, que atualmente é o técnico há mais tempo à frente de uma seleção no mundo, estando no comando do Uruguai desde 2006. Além da pressão pelo resultado e do adversário duríssimo que tem pela frente, o técnico uruguaio ainda vai ter de superar a ausência de jogadores importantes na sua seleção, sendo eles: o zagueiro Coates, o lateral Viña, os meias De La Cruz, Valverde e Arrascaeta, e os atacantes Maxi Gómez, Darwin Núñez e, talvez o mais importante, Cavani (todos com problemas físicos). Do outro lado, a Argentina vive situação oposta: está invicta há 25 jogos (desde a derrota para o Brasil na semifinal da Copa América de 2019) e tem o time complete à disposição do técnico Lionel Scaloni, incluindo o camisa 10, Lionel Messi, que foi desfalque nos últimos jogos do PSG. Ocupando a vice-liderança das Eliminatórias com duas partidas a menos neste momento (9 pontos atrás do Brasil, mas com 5 pontos de vantagem para o Equador, 3º colocado, e 9 em relação ao Uruguai, que é o primeiro fora da zona de classificação), a Argentina tem grandes chances de manter a invencibilidade na partida desta sexta-feira e seguir caminhando tranquila rumo a próxima Copa do Mundo.
