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Atlético-MG se junta à Libra e abandona Liga Forte Futebol  

O Atlético-MG anunciou oficialmente sua adesão à Libra, deixando para trás a Liga Forte Futebol (LFF). O clube, um dos fundadores da LFF, tomou essa decisão após pressão do BTG e visando benefícios financeiros e institucionais no longo prazo. O acordo com a Libra envolve a venda de 12,5% da participação do Atlético-MG por 50 anos em direitos comerciais e de transmissão do Campeonato Brasileiro.

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Mineirão em jogo do Atlético-MG, com direito a fogos de artifício (Divulgação/CAM)

O acordo com a Libra e a justificativa do Atlético-MG

O Atlético-MG oficializou sua adesão à Libra após um período de debate interno. A diretoria do clube considerou que essa mudança traria maiores benefícios financeiros e institucionais a longo prazo. Em nota oficial, o clube destacou sua luta por equidade e equilíbrio no futebol brasileiro e afirmou que continuará defendendo suas posições na Libra.

Essa decisão teve influência direta do BTG, que emprestou dinheiro ao Atlético-MG e tem um valor considerável a receber do clube. O banco também estabeleceu uma parceria financeira com o comando do Galo na futura SAF do clube. Esses fatores contribuíram para a tomada de decisão em favor da Libra.

Diferenças entre a Libra e a LFF

A principal diferença entre a Libra e a LFF está na forma como os investidores adquirem participação nos clubes. Enquanto a Libra, representada pelo investidor Mubadala, compra 12,5% da participação de cada clube por 50 anos, a LFF propunha a aquisição de 20% por 50 anos.

Essa diferença percentual teve um impacto significativo no valor financeiro envolvido no acordo. Estimativas indicam que o Atlético-MG receberia cerca de R$ 99 milhões ao vender 12,5% de seus direitos à Libra, enquanto receberia R$ 217 milhões por 20% na LFF. Essa disparidade representa uma diferença de 37% a mais caso o clube não tivesse mudado de bloco.

Os bastidores da disputa LFF x Libra

A adesão do Atlético-MG à Libra acirrou ainda mais a disputa entre a Libra e a LFF. O Galo, que foi um dos clubes fundadores da LFF, mudar de bloco trouxe à tona os debates sobre a viabilidade e o benefício de cada projeto para o futebol brasileiro.

Um dos principais pontos de divergência era a cláusula de garantia oferecida aos clubes. Inicialmente, essa cláusula atendia apenas aos interesses de Flamengo e Corinthians, o que gerou críticas de outros clubes, incluindo o Atlético-MG.

Essa disputa evidenciou a busca por um Campeonato Brasileiro mais equilibrado e com uma distribuição de receita mais justa entre os clubes. A ideia era nivelar as equipes em termos de poder aquisitivo e capacidade competitiva.

O impacto financeiro para o Atlético-MG

A mudança do Atlético-MG para a Libra teve um impacto financeiro significativo para o clube. Enquanto a venda de 12,5% dos direitos à Libra renderá aproximadamente R$ 99 milhões, a permanência na LFF poderia ter gerado um valor estimado em R$ 217 milhões por 20%.

Essa diferença representou uma perda financeira considerável para o Atlético-MG. Se compararmos a proporção da oferta da LFF com a da Libra, o clube poderia ter recebido cerca de R$ 136 milhões por 12,5%, ou seja, 37% a mais caso não tivesse mudado de bloco.

Essa situação gerou debates e questionamentos sobre as motivações do clube em abrir mão de uma quantia significativa de recursos financeiros em troca de outros benefícios que a adesão à Libra pode trazer.

A mensagem de despedida do presidente

O presidente do Atlético-MG, Sérgio Coelho, enviou uma mensagem de despedida aos outros integrantes da LFF, pedindo desculpas pelo rompimento e prometendo buscar uma solução para unificar os 40 clubes em um só bloco.

“Bom dia! Neste final de semana conversei com Fred, Gamboa e Guilherme Ávila para esclarecer algumas dúvidas que eu tinha. O objetivo foi me parar para um vídeo que nosso colegiado fez ontem à noite, nos reunimos para decidir se continuaríamos na LFF ou se iríamos para a Libra. Depois de um debate longo ficou decidido que o Galo vai ser associar a Libra. Me resta humildemente pedir a vocês compreensão e desculpas. Deixá-los é um motivo de muita tristeza para mim, disso vocês não tenham dúvida. Espero muito encontrar uma saída para que os 40 clubes num futuro próximo estejam juntos pelo bem do futebol brasileiro. Vou ficar imensamente feliz em estar ao lado de vocês novamente, os quais os tenho como amigos. Peço licença a todos para sair dos grupos. Abraço e desde já obrigado pela compreensão”. Disse Sérgio Coelho.

Essa mensagem revela a tristeza do presidente em deixar a LFF, um projeto no qual ele foi um dos fundadores. Sérgio Coelho expressou seu desejo de encontrar uma saída que possa unir todas as equipes no futuro, visando o bem do futebol brasileiro.

Essa despedida ressalta a complexidade das relações e das decisões tomadas nos bastidores do futebol, envolvendo interesses financeiros, institucionais e esportivos.

A configuração atual da Libra e da LFF

Com a adesão do Atlético-MG à Libra, a liga atualmente conta com Palmeiras, Corinthians, Flamengo, São Paulo, Grêmio, Santos, e outros clubes. Já a LFF possui entre seus integrantes Cruzeiro, Fluminense, Vasco, Athletico-PR, Botafogo, Coritiba, Goiás, Sport, Ceará, Fortaleza, América-MG, Avaí, Chapecoense, e muitos outros.

Algumas equipes ainda não assinaram com nenhum dos blocos, como Internacional, Náutico e ABC, o que pode indicar uma possibilidade de futuras negociações e mudanças no cenário atual.

Momento de mudança

A adesão do Atlético-MG à Libra e sua saída da Liga Forte Futebol marcaram um momento de mudança e negociações nos bastidores do futebol brasileiro. A decisão do clube foi baseada em interesses financeiros e institucionais a longo prazo, além da influência do BTG, que tem um importante papel no panorama financeiro do Atlético-MG.

Essa mudança traz à tona questões relacionadas à distribuição de receita no futebol brasileiro e a busca por um Campeonato Brasileiro mais equilibrado. O impacto financeiro para o Atlético-MG foi significativo, gerando debates sobre a justificativa por trás dessa decisão.

A mensagem de despedida do presidente do clube e a busca por uma solução para unificar os 40 clubes demonstram a complexidade e as tensões existentes nos bastidores do futebol. O futuro da Libra, da LFF e das negociações entre os clubes ainda é incerto, mas certamente continuará gerando interesse e movimentando o cenário do futebol brasileiro nos próximos meses.

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