Zidane segue soberano em “El Clásico” e Madrid sobra em pleno Camp Nou.
Se na era Messi x Ronaldo o Barcelona levava vantagem naquele que, ao menos nos números (é o único que envolve 18 títulos de Liga dos Campeões), é o maior clássico do mundo, este tempo certamente está ficando para trás.
Mesmo com o time da Catalunha tendo mantido o seu camisa 10, enquanto o camisa 7 dos merengues buscou novos rumos na Itálía, o momento se tornou mais favorável para o time da capital, ao menos no confronto direto. O Barcelona ainda segue na frente se levarmos em consideração todo o período desde a saída de Cristiano Ronaldo, computando 3 vitórias (todas conquistadas na 1ª temporada do Real sem a “Fera”). No entanto, com a vitória deste domingo, o Real Madrid chegou à segunda vitória consecutiva, sendo o 3º clássico sem derrota da equipe de Zidane. De quebra, os 3 pontos conquistados na Catalunha levaram o time merengue à liderança isolada da competição espanhola, com 13 pontos em 7 rodadas.
O chamado “El Clásico” deste domingo, válido pela 7ª rodada de La Liga (Campeonato Espanhol), começou intenso como deve ser uma partida com este porte. Logo aos 5 minutos do primeiro tempo, Benzema escapou por entre as linhas de marcação do Barça e deixou Fede Valverde cara a cara com Neto, e o uruguaio não desperdiçou a chance de abrir o placar para o Real. Só que a resposta do Barcelona foi imediata: logo aos 8’, Messi fez lançamento no fundo para Jordi Alba, que bateu pro meio para Ansu Fati completar pro fundo da rede, deixando tudo igual no placar. Essa intensidade se manteve durante a maior parte do primeiro tempo, mas os goleiros não permitiram que a rede voltasse a balançar antes do intervalo. A primeira grande chance veio dos pés de Lionel Messi, que recebeu belo passe de Ansu Fati, matou no peito com categoria e limpou a marcação de Sergio Ramos ficando cara a cara com Courtois, mas parou em uma grande defesa do goleiro belga. A resposta do Real Madrid veio em lindo lançamento de Vinícius Júnior para uma escapada de Toni Kroos nas costas da defesa blaugrana: o alemão chegou antes de Lenglet e deixou Benzema na cara do gol, mas o atacante francês parou em outra grande defesa, desta vez do brasileiro Neto.
No segundo tempo, o Real conseguiu ser superior no meio de campo e passou a controlar melhor a partida, enquanto o Barcelona seguiu apostando em tentativas arriscadas e quase desesperadas de chegar ao gol, mas nenhum dos dois levou grande perigo à meta adversária até os 15 minutos, quando Lenglet puxou a camisa de Sergio Ramos em cruzamento na área. Com a ajuda do VAR, o árbitro assinalou a penalidade, que o próprio zagueiro e capitão do Real cobrou e converteu: 2 a 1 para os merengues. Depois de tomar a frente do placar mais uma vez, a equipe de Zidane cresceu na partida e só não aplicou uma goleada porque o goleiro Neto fez pelo menos duas grandes defesas para salvar o Barça. Ronald Koeman demorou demais para mexer no Barcelona e, quando o fez, de nada adiantou. O técnico holandês acabou indo para o tudo ou nada nos minutos finais e, em contra-ataque, Modric fez o que quis na área blaugrana, deixou Neto na saudade e decretou a vitória do Real Madrid por 3 a 1 em pleno Camp Nou.
Repercussão e futuro de Real e Barça
Depois de uma derrota assustadora para o Shakhtar Donetsk pela 1ª rodada da fase de grupos da Liga dos Campeões, Zinédine Zidane e seus comandados não foram poupados pelos jornais da capital espanhola. O trabalho do técnico francês, tricampeão europeu como treinador do clube merengue, voltava a ser questionado pelos críticos, mas a atuação no Camp Nou certamente vai servir para aliviar um pouco da pressão quase natural que se recebe por ser o comandante do maior vencedor da Europa. O plano de jogo traçado por Zidane foi muito bem cumprido e o Real conseguiu se mostrar superior ao Barcelona de forma poucas vezes vista. Tanto é que o placar de 3 a 1 foi o mais elástico (fora de casa) desde um 2 a 0 ocorrido em 1980, há 40 anos. E, de acordo com os principais jornais espanhóis, o feito se deu muito por conta do retorno de Sergio Ramos, que foi fundamental para a vitória sofrendo e convertendo a penalidade que colocou o Real em vantagem no placar. “O melhor, como quase sempre” escreveu o “Marca” (principal jornal de Madrid). A impressão que ficou da equipe de Zidane é de que se encaminha para mais um título espanhol, sendo o time a ser batido na corrida pela liderança de La Liga.
Do outro lado, a impressão deixada pelo Barcelona não é muito animadora para os torcedores blaugranas. Com um sistema defensivo que segue sendo motivo de preocupação, a equipe catalã já não apresenta mais aquela conhecida posse de bola, com troca de passes envolventes e jogadas cativantes. E para piorar, todos esses fatores parecem estar pesando para Lionel Messi, que até apareceu bem no primeiro tempo de “El Clásico”, iniciando a jogada do único gol do Barça e fazendo uma linda jogada que só não terminou em gol por conta de Courtois. No entanto, o argentino ficou apagado no segundo tempo e deixou claro o seu desânimo depois que o Real fez o 2 a 1. Nas palavras do “Marca”: “sua cara após o apito final era um poema”. Por outro lado, é possível levar algo de bom da derrota para o Real Madrid. A melhor coisa a se destacar da equipe de Ronald Koeman certamente é o jovem Ansu Fati, que com o gol feito neste domingo se tornou o mais jovem a marcar em “El Clásico”. Além dele, o goleiro Neto foi muito bem e o norte-americano Sergiño Dest mostrou potencial para tomar conta da lateral-direita (um problema para o Barça desde a saída de Daniel Alves).
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