Paris Saint-Germain aposta em Neymar para alcançar objetivo de ir à final. RB Leipzig aposta no conjunto.
Para os mais desavisados, que ainda não entenderam a força do RB Leipzig, é bom avisar que a equipe alemã é a única que não perdeu para o Bayern de Munique na atual temporada. E o octacampeão da Alemanha, o Bayern, é o principal favorito ao título da Liga dos Campeões, e não só por conta do 8 a 2 histórico, uma verdadeira pancada pra cima do Barcelona, que fez cair a casa na Catalunha. Enquanto os Blaugranas se perguntam até mesmo se Lionel Messi, que vive e joga em Barcelona desde os 14 anos, vai permanecer na equipe, o Bayern de Munique vai passando como um verdadeiro rolo compressor pelos seus adversários, rumo ao 6º troféu da principal competição europeia. O Lyon será o próximo a desafiar o “Gigante da Baviera”, mas isso é do outro lado da chave, em partida que acontece na quarta-feira (19), às 16 horas. Antes disso, nesta terça-feira (18), também às 16 horas, o RB Leipzig (outro alemão) vai enfrentar o Paris Saint-Germain (outro francês) na (outra) semifinal desta Liga dos Campeões. Nesta partida, ambas as equipes lutam para chegar em sua primeira final europeia. O RB Leipzig aposta na jovialidade, desde o elenco (com média de pouco menos de 24 anos de idade, segundo informações do Transfermarkt.com), até o técnico, Julian Nagelsmann, de apenas 33 anos. Toda essa juventude, porém, também é cercada de qualidade e, mais do que isso, de compreensão do que é, e de como se pratica o futebol. O Paris Saint-Germain, por sua vez, conta com um líder que não está no comando técnico da equipe, mas dentro de campo. Neymar não contrata e também não escala a equipe, mas certamente é quem carrega a responsabilidade de levar o Paris Saint-Germain à final da Liga dos Campeões. É verdade que a equipe parisiense possui outras virtudes, mas, principalmente com a ausência de Keylor Navas (contundido) e de Verratti (que ainda retorna de contusão e deve ficar no banco de reservas), o brasileiro e camisa 10 da equipe é a maior esperança dos parisienses. Kylian Mbappé e Di Maria também estão à disposição de Thomas Tuchel para a partida contra o RB Leipzig e podem ajudar Neymar na frente, mas será preciso equilíbrio entre defesa e ataque ao PSG se a equipe de Paris quiser chegar à final pela primeira vez.
A história recente dos possíveis campeões:
Em 1970, o Saint-Germain-en-Laye subiu à segunda divisão francesa e se uniu a um movimento de milhares de cidadãos parisienses, que queriam uma grande equipe de futebol para representar a capital da França no esporte. Naquele mesmo ano, criou-se o Paris Saint-Germain, que conquistou o título da Ligue II e subiu à primeira divisão nacional logo em sua primeira temporada. No entanto, por conta de um conflito entre os chamados “germanois” e os parisienses, a equipe do PSG, que seguiu sob o comando dos antigos donos do Saint-Germain-en-Laye, caiu para a terceira divisão. Isso porque os parisienses se uniram ao CA Montreuil e seguiram na Ligue I com o nome Paris FC. Na temporada 1973/74, porém, enquanto o Paris Saint-Germain voltava à primeira divisão francesa, o Paris FC foi rebaixado à Ligue II, a qual o clube disputa atualmente. O PSG, por sua vez, seguiu firme na elite francesa até conquistar, em 1985/86, o primeiro título da Ligue I, o qual a equipe só voltou a vencer na temporada 1993/94, com os brasileiros Raí, Valdo e Ricardo Gomes (contratações feitas após ter fechado acordo de patrocínio com o Canal+ de televisão). Na temporada seguinte, a equipe preferiu priorizar a Liga dos Campeões, na qual chegou pela primeira vez à semifinal, mas acabou eliminada pelo Milan, e acabou ficando apenas em 3º na Ligue I. Depois disso, o PSG passou por um período conturbado: apesar de seguir forte nacionalmente, permaneceu muito tempo sem a conquista de um título relevante. A equipe parisiense só voltou a vencer a primeira divisão francesa na temporada 2012/13, após ter sido comprada pela Qatar Sports Investiment (QSI), empresa que é subsidiária da QIA (Autoridade de Investimentos do Catar). Nasser Al-Khelaïfi se tornou o presidente do clube em 2011 e investiu pesado para levar o PSG ao auge, com a chegada de nomes como Zlatan Ibrahimovic e David Beckham. Além do sucesso dentro de campo, os investimentos fizeram as vendas de camisa e a presença dos torcedores no estádio darem um salto gigante. Desde então, o Paris Saint-Germain conseguiu e impor nacionalmente, tendo chegado ao terceiro título consecutivo da Ligue I nesta temporada (ao todo, foram 25 títulos nacionais com Nasser Al-Khelaïfi na presidência), mas a equipe ainda é cobrada pela falta de sucesso internacional.
Do outro lado, o RB Leipzig possui uma história ainda mais modesta do que a do Paris Saint-Germain, que, apesar de ter sido fundado no século XX, é considerado um clube recente no futebol. O time alemão, sediado em Leipzig, é, na verdade, uma ambição milionária desde a sua criação. O RasenBallsport Leipzig foi fundado em 19 de maio de 2009 pela multinacional austríaca de bebidas energéticas, a Red Bull. Trata-se da principal equipe da multinacional, que possui outras quatro “filiais”, uma delas aqui no Brasil, o RB Bragantino. E logo em sua primeira temporada, pela quinta divisão alemã, o RB Leipzig venceu com folga, iniciando seu projeto de chegar à elite nacional com passos largos. No entanto, apesar do sucesso no primeiro ano, a equipe levou outras 3 temporadas para, finalmente, conseguir o acesso à terceira divisão da Alemanha (na temporada 2012/13). Na temporada seguinte (2013/14), conquistou o vice-campeonato e subiu à 2ª divisão da Bundesliga. A equipe passou por mais um período de transição, se adaptando ao novo nível de exigência profissional, até que na temporada 2015/16 (menos de 10 anos após sua criação), com o vice da 2ª divisão, o RB Leipzig chegou à tão sonhada Bundesliga. E logo em sua primeira participação, em seu primeiro contato com clubes centenários, o RB Leipzig conquistou o vice-campeonato, ficando atrás apenas do Bayern de Munique, mas à frente de Borussia Dortmund, Bayern Leverkusen, entre outros. Mas, foi então que o clube sofreu com o assédio de outros clubes que, além de dinheiro, também possuem uma história de valor inestimável. As perdas no elenco foram inevitáveis e, por conta disso, na temporada 2017/18, a equipe terminou apenas na 6ª colocação. Com isso, a passagem discreta em sua primeira Liga dos Campeões (com menos de 10 anos de vida) não teve continuidade. Mesmo assim, o terceiro lugar da temporada passada (2018/19) garantiu o retorno da equipe à Liga dos Campeões desta temporada, na qual a equipe já chega à semifinal, tendo deixado o Atlético de Madrid de Diego Simeone pelo caminho. Na atual temporada, a equipe chegou a liderar a Bundesliga em algumas rodadas, mas perdeu o embalo pouco antes da paralisação, após a perda de Upamecano por alguns jogos, e terminou mais uma vez na 3ª colocação.
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