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Matthäus vê Neymardependência e critica Seleção de 2014  

Em entrevista ao site da ESPN Brasil, um dos grandes jogadores da história do futebol alemão, Lothar Matthäus, capitão e campeão da Copa de 1990, na Itália, criticou o time de Luiz Felipe Scolari na Copa do Mundo de 2014, marcado pela vexatória derrota por 7 a 1 nas semifinais para a Alemanha, que viria a se tornar a campeã do Mundial disputado no Brasil.

Lothar Matthäus, capitão e campeão da Copa de 1990: “O 7 a 1 é uma vergonha para o futebol brasileiro.”

“Acho que o time do Brasil, desde o começo, não estava no caminho certo para jogar um grande torneio. O mesmo aconteceu no primeiro jogo, o time tinha vários problemas. Acho que eles não eram um time. Todo mundo só falava do Neymar, e aí o Neymar se machucou…”, avaliou, apontando a excessiva dependência em relação ao craque brasileiro como um grave defeito daquela equipe comandada por Felipão.

“Acho que o problema do time foi sentir muita pressão do lado de fora, da torcida, porque a torcida aceita apenas o título da Copa do Mundo e talvez para esse time jovem era muita pressão. A Alemanha soube usar isso, especialmente falando sobre o Neymar, pressão dos jogadores”, acrescentou.

Seleção Brasileira, antes do vexame dos 7 a 1, posando para foto com camisa de Neymar, ausente por lesão, no Mineirão, naquele fatídico 8 de julho de 2014 (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

“O Brasil não estava bem nesse torneio, e o 7 a 1 é uma vergonha para o futebol brasileiro. Mas a Alemanha estava muito bem nessa partida, e o Brasil desistiu após o quarto gol”, comentou, sobre a fatídica partida do Mineirão naquele 8 de julho de 2014.

Neymar

Matthäus, eleitor Bola de Ouro no ano que ergueu o troféu de campeão da Copa de 90, de carreira repleta de títulos (sete vezes campeão da Bundesliga, todos pelo Bayern, além de campeão italiano de 1989 e da então Copa da Uefa 1990-91, pela Internazionale de Milão) também falou sobre Neymar na atualidade.

Para a lenda do futebol alemão, o craque brasileiro tem que focar no futebol e não precisa se preocupar em “dar showzinho”.

“Acho que ele tem que apenas que jogar futebol. É o melhor que ele faz para ele mesmo, jogar o seu jogo. Ele é muito rápido, ele sabe fazer gols, ele tem bons dribles, dá bons passes, ele pode jogar como camisa 10 e aberto pela esquerda. Eu acho que não precisamos que ele faça um showzinho. Ele tem que focar no futebol, que foi o que o tornou um dos melhores jogadores do mundo”, analisou.

Confira outros assuntos abordados por Matthäus na entrevista à ESPN:

Melhor do mundo pós-era de Messi e Cristiano Ronaldo

“Eu acho que quando o Mbappé estiver jogando em outro clube, maior que o Paris, ele terá uma grande chance quando vencer títulos com este clube, de ser o próximo Messi ou Ronaldo.”

Jogadores alemães que vê como maiores destaques hoje

“O Kai Havertz é, para mim, o maior talento do futebol alemão hoje em dia. Temos outros jovens jogadores também. [Leroy] Sané, que está jogando no Manchester City, com, muita velocidade pelo lado esquerdo, sabe marcar gols, pode dar o último passe para o seu companheiro. É a mesma coisa, um jovem jogador, Joshua Kimmich, do Bayern de Munique, mesma coisa, 23 ou 24 anos. Ele vai ser um líder no futuro, não apenas no Bayern, mas na seleção da Alemanha.”

Erling Haaland, goleador do Borussia Dortmund

“Acho que ele tem que ficar um pouco em Dortmund, na Bundesliga, jogar em um nível superior ao austríaco [pelo Red Bull Salzburg, foi campeão do Campeonato da Áustria 2018/2019], jogar com companheiros melhores no Borussia Dortmund. Eu tenho certeza de que, daqui a pouco, ele será um jogador do Barcelona ou do Real Madrid.”

Brasileiro Philippe Coutinho, que não ficará no Bayern após período de empréstimo

“Talvez não tenhamos a posição correta para ele no Bayern de Munique. O estilo do Bayern é diferente do estilo do Barcelona e da seleção brasileira. Ele é um ótimo jogador e jogou bem quando estava no campo mas, talvez, o técnico esperasse algo diferente de seus jogadores.”

Fiasco da Alemanha na Copa de 2018, eliminada na fase de grupos

“Eu acho que o Joachim Löw estava acreditando muito nos jogadores de 2014, que o ajudaram a vencer o título de 2014, no Brasil. Ele manteve a maioria dos jogadores e jogou a Copa do Mundo seguinte com eles, e eu acho que não foi uma boa decisão da parte dele. Nós tínhamos jogadores experientes, mas não tínhamos velocidade.”

Curta passagem de oito jogo como técnico do Athletico-PR

“Se eu pudesse mudar alguma decisão na minha vida, seria essa decisão, quando deixei Curitiba após dois meses. Eu tive alguns problemas familiares na Alemanha. Não acho que tenha sido correto da minha parte e, por isso, eu digo 12 ou 13 anos depois: ‘Desculpe-me, Athletico Paranaense, por ter deixado vocês após dois meses.”

Quem para ele é o “Matthäus de hoje” no futebol alemão

“Acho que o Leon Goretzka [meia do Bayern de Munique]. Ele é um camisa 8, é um jogador box-to-box. Um pouco diferente de mim, porque eu ia para o outro lado do campo com a bola nos pés. Ele faz boas corridas e entra na área para marcar gols.”

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