A segunda-feira (27) foi marcada por manifestações do governo brasileiro sobre o retorno do futebol no país. Mesmo com o Brasil sofrendo com aumento do número de infectados e de mortes pela COVID-19, o presidente da República Jair Bolsonaro defendeu a volta da bola rolando.
“Se depender do meu voto, eu aprovo. Logicamente, com parecer técnico do Ministério da Saúde, que acho que será favorável. Começar a realizar os treinamentos. Começar, em um primeiro momento, com portões fechados”, afirmou em entrevista na frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília.
“Fui procurado por algumas autoridades do futebol. Está sendo trabalhado nesse sentido (de liberação gradual). Conversei com um técnico lá do Rio Grande do Sul, que foi favorável primeiramente a não ter (jogos), porque a contaminação acontece no vestiário, e agora ele é favorável (à volta do futebol). É só não deixar tanta gente no vestiário”, argumentou o presidente, segundo repercutiu o jornal Folha de S.Paulo.
Citando clubes como Flamengo e Palmeiras e dificuldades de equipes com menos condição financeira, Bolsonaro voltou a defender que a crise econômica, por consequência da paralisação de atividades, é pior, segundo sua visão, do que propriamente o novo coronavírus e a doença COVID-19 – que, é bom lembrar, vem causando a morte de milhares de brasileiros.
“Flamengo e Palmeiras têm folha (de pagamento) próxima de R$ 15 milhões de reais. Times da segunda divisão, uma parte vai ser extinta. Me parece, conforme consta, que estão fazendo acerto para ganhar 60%, 50%, 40%. Porque não tem receita, não tem imagem, não tem televisão. Bilheteria, não vai ter mesmo. É uma preocupação. O pior, não vai ser o vírus, vai ser o pós-vírus, com destruição dos empregos”, opinou.
Secretário da Economia fala que volta será “em breve”; CBF diz que não é bem assim
Também nesta segunda-feira, o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, afirmou que os jogos de futebol no Brasil retornarão “em breve”.
“Não temos uma data, mas podemos dizer que será em breve, porque o povo brasileiro está em casa e quer assistir o seu jogo de futebol. Os campeonatos têm que continuar”, defendeu.
Porém, em videoconferência no mesmo dia, reunindo os clubes do Brasileirão, o presidente Rogério Caboclo e o secretário-geral Walter Feldman, a Confederação Brasileira de Futebol garantiu aos presidentes das agremiações que não está pressionando o governo federal pelo retorno das atividades, contrariando fala do integrante do ministério da Economia, noticiou o UOL Esporte.
“A CBF garantiu aos clubes filiados que não irá colocar os interesses na frente das questões sanitárias, e afirmou que seguirá as recomendações das autoridades de saúde, não dos responsáveis pelas finanças do país”, publicou o site
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