Em entrevista à ESPN Brasil, o goleiro Fábio expôs bastidores da insatisfação do elenco do Cruzeiro, rebaixado à Segunda Divisão, com o técnico Rogério Ceni em sua curta passagem pelo clube mineiro.
O ídolo cruzeirense acusa o hoje treinador do Fortaleza de adotar na época um discurso internamente com os atletas cruzeirenses e outro quando falava à imprensa.
“Eu sou bem direto. O Rogério teve uma parcela também de culpa na sua saída, pela forma que geriu alguns momentos, principalmente quando a gente teve a oportunidade de estar frente à frente com o Rogério e em situações que saiu (sic) da própria boca dele, dentro das reuniões que a gente fazia, e quando chegou na frente da imprensa o Rogério agiu de uma outra forma. Com certeza, vai existir um atrito muito grande do atleta com o técnico”, revelou.
“Fora as circunstâncias que vocês acompanharam – prosseguiu Fábio -, que começou lá no jogo contra o Internacional, que foi a primeira declaração do Thiago [Neves] onde criou um atrito muito grande em relação à escalação ou não do Edilson. Ali começou esse atrito e depois a gente teve uma reunião com o Rogério, onde ele mesmo falou olho no olho com a gente que poderia ter afastado o Thiago, ter mandado embora, não querer mais trabalhar, mas como o Thiago pediu desculpa, ele esqueceu aquele problema e falou que tava tudo resolvido.”
A gota d’água
Continuando o relato, o goleiro do Cruzeiro conta sobre o episódio que para ele foi a gota d’água na relação relação entre técnico e elenco.
“Depois, ali mesmo nessa mesma reunião [do perdão a Edilson], o Rogério falou, olhando nos nossos olhos, que tudo que acontecesse, ele queria que nada mais fosse colocado na imprensa, que a gente iria resolver todas as coisas internamente, e logo na sequência a gente foi para um jogo contra o Grêmio, no Independência, a gente perdeu de 4 a 1, era um domingo de manhã, e depois daquilo o Rogério foi à imprensa e falou um monte de coisas, como se nós tivéssemos entregado o jogo.”
“Ali foi o maior atrito que aconteceu, porque ali ficou muito nítido que na nossa frente ele falou um negócio e quando teve a oportunidade depois na imprensa de tá junto com todos os jogadores, ele infelizmente falou praticamente, nas palavras dele, que a gente quis entregar o jogo para que a gente pudesse tirar ele do cargo. Aí depois veio (sic) outras circunstâncias que cada vez mais geraram desgaste até o jogo do Ceará”, finalizou, mencionando o jogo do Brasileirão, empate sem gols no estádio Castelão, que decretou a queda de Ceni, menos de dois meses após chegar à Toca da Raposa.
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