Paixão nacional, o futebol já há muito tempo não é restrito ao universo masculino. Na torcida e na prática. Ainda bem. A Copa do Mundo Feminina da FIFA 2023, disputada na Austrália e na Nova Zelândia, é um sucesso.
Para se ter uma ideia, o duelo de abertura Nova Zelândia 1 x 0 Noruega, jogado em território neozelandês, rendeu naquele país a maior audiência de uma partida de futebol, entre homens e mulheres, em mais de 20 anos. Mais de um milhão de pessoas assistiram à vitória da seleção da casa sobre as norueguesas, destacou a entidade máxima do futebol.
Já a vitoriosa estreia australiana, com placar de 1 a 0 sobre a Irlanda, registrou um pico de 2,29 milhões de telespectadores, a maior audiência de um jogo da Copa Feminina já registrada no país.
Segundo dados da Fifa, cerca de 46,2% das TVs na Austrália estavam sintonizadas no jogo da Copa (na Nova Zelândia, deu 39% de share).
Também foi exitosa a presença de público nos estádios, nessas estreias das anfitriãs. O confronto entre Nova Zelândia e Noruega, no estádio Eden Park, na Nova Zelândia, teve 42.137 pessoas, simplesmente o maior público do futebol (feminino e masculino) no país, enquanto o Estádio Olímpico de Sydney recebeu 75.784 torcedores para Austrália e Irlanda, também o maior público de futebol feminino registrado no país.
📺📈🇳🇿 Records tumbled on and off the pitch in New Zealand on Thursday night. Official television audience figures for that memorable night are now in 👇 #BeyondGreatness pic.twitter.com/T5PaW9Mlro
— FIFA Media (@fifamedia) July 21, 2023
Seleção fez bombar audiência da Globo e da Cazé TV
No Brasil, a estreia da Seleção, na goleada de 4 a 0 sobre Panamá, na Austrália, igualmente fez os seus exibidores registrarem recordes de audiência.
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A Rede Globo, detentora da exclusividade da transmissão na TV aberta, registrou a sua maior audiência entre 8h01 e 9h57 desde agosto de 2008, um crescimento de 100% em relação às quatro manhãs de segundas-feiras anteriores.
Disputado em 24 de julho, a partida rendeu à emissora 16 pontos no PNT (Painel Nacional de Televisão), que mede a audiência nas 15 principais regiões metropolitanas do país. No PNT, é bom lembrar, cada ponto equivale a 268.083 domicílios ou 717.088 indivíduos.
Quem também comemorou recorde de audiência foi o influenciador Casimiro Miguel, dono do canal do YouTube CazéTV, único a transmitir para o Brasil todos os jogos da Copa (também os exibe via Twitch). A plataforma do streaming registrou mais de 1 milhão de dispositivos conectados, assistindo ao jogo ao vivo.
A MAIOR AUDIÊNCIA DE UMA PARTIDA DE FUTEBOL FEMININO DA HISTÓRIA DO YOUTUBE É NOSSA! UMA MILHA! 🌽
E é só o primeiro jogo do Brasa, hein? VAMBORA POR MUITO MAIS E PELA #PRIMEIRAESTRELA! 🇧🇷 pic.twitter.com/fLVku8LXx9
— CazéTV (@CazeTVOficial) July 24, 2023
Preconceito: um mal a ser desconstruído
Entre 1941 e 1979, a prática de futebol por parte das mulheres foi proibida no país, em obediência ao decreto de Lei nº 3.199, cujo artigo 54 dizia: “Às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza, devendo, para este efeito, o Conselho Nacional de Desportos baixar as necessárias instruções às entidades desportivas do país.”
Na época, considerava-se que corpos femininos só deveriam servir a tarefas domésticas e à maternidade, por exemplo. Um evidente atraso que, felizmente, caiu e cá estamos, 44 anos depois, vivendo uma era de livre prática de futebol feminino.
Definitivamente, em pleno 2023, não há razão alguma para que se defenda que o esporte mais popular do mundo só possa ser praticado por homens.
Mesmo assim, as redes sociais e áreas de comentários de plataformas diversas na internet têm recebido manifestações de misoginia (ódio às mulheres) e machismo (discriminação que pressuposto que mulheres são inferiores aos homens). Aconteceu durante a Copa do Mundo Feminina, com a CazéTV tendo que fechar a área de comentários via chat, devido a ofensas diversas às jogadoras, sejam elas ligadas a aparências das atletas ou ao seu desempenho futebolístico.
Ainda existe muito preconceito ao futebol feminino, assim como há em relação à cor da pele (racismo), a estrangeiros (xenofobia) e à orientação sexual (homofobia), entre tantos outros.
O preconceito é um mal a ser desconstruído. Faz parte da evolução humana. O fim daquela lei reacionária que restringia a liberdade feminina foi um avanço. Que consigamos ir além e o arcaico pensamento preconceituoso também deixe de existir na web e nas nossas relações pessoais.
Vida longa ao futebol feminino! E que as mulheres possam ser respeitadas onde elas quiserem atuar. Ganharemos todos, pode apostar!
* Com informações de CBF, Fifa, Folha/UOL e ge.
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