Verdão saiu na frente na partida de ida e tem vantagem de jogar em casa na volta
No último domingo (28/02), o Grêmio recebeu o Palmeiras em sua Arena, no Rio Grande do Sul, para a primeira partida da final da Copa do Brasil. O confronto foi marcado por alguns duelos particulares, a começar pelos técnicos: um brasileiro veterano contra um estrangeiro (mais especificamente português) que está apenas iniciando sua carreira de treinador. Do lado gremista está Renato Portaluppi, que possui vasta experiência no futebol brasileiro pelos quase vinte anos de carreira como treinador, além dos mais de quinze anos em que esteve dentro de campo e conquistou muitos títulos. Recentemente, o técnico gaúcho retornou ao clube que o revelou para o futebol nacional, o Grêmio, e voltou a vencer campeonatos importantes. Não à toa Renato está chegando para o sexto ano sob o comando da equipe tricolor (tempo durante o qual conquistou sete títulos, incluindo uma Copa do Brasil). Já do outro lado, o Palmeiras apostou em um treinador que iniciou a carreira de treinador apenas dez anos atrás, sendo que sua estreia por uma equipe profissional aconteceu apenas em 2017. O gajo Abel Ferreira chegou ao Palmeiras no meio da última temporada e teve pouquíssimo tempo para organizar a equipe até então comandada por Vanderlei Luxemburgo. No entanto, os resultados vieram rapidamente, a equipe paulista voltou a erguer o troféu da Libertadores e, agora, está muito próxima de conquistar mais um título. Isso porque, jogando fora de casa na partida de ida, o Palmeiras venceu o Grêmio por 1 a 0 e depende de um simples empate em seu território para encerrar a temporada de 2020 entregando mais um caneco para os torcedores.
Resumo do primeiro jogo:
Além do duelo entre os badalados técnicos do futebol brasileiro na atualidade, outros confrontos chamaram a atenção na primeira partida da final da Copa do Brasil. Nos primeiros minutos do confronto da semana passada, na Arena do Grêmio, a equipe de Renato Portaluppi controlou a posse de bola através da qualidade dos volantes Maicon e Matheus Henrique, que se sobrepuseram ao trabalho que deveria ser feito por Felipe Melo e Zé Rafael pelo lado palmeirense. A superioridade demonstrada nos primeiros minutos do jogo, no entanto, não se transformaram em chances claras de gol por falta de opção ofensiva. Aconteceu que, mesmo sem a bola, o Palmeiras passou a se sentir confortável dentro de campo e começou a arriscar as primeiras descidas ao ataque. Foi na parte defensiva que o Grêmio começou a ter mais dificuldade, e, possivelmente, a falta do capitão Pedro Geromel pode ter sido um fator decisivo para o resultado do jogo, pois, se ele estivesse em campo, talvez Gustavo Gómez não tivesse aparecido livre de marcação na pequena área e testado pro fundo da rede para marcar o único gol da partida, depois de cobrança de escanteio caprichada de Raphael Veiga. Depois do gol, o Grêmio voltou a crescer na partida e tentou ser mais incisivo, principalmente através das jogadas individuais de Alisson, mas o atacante bateu pra fora nas duas principais chances que teve de marcar. Ainda assim, a melhor chance de balançar as redes mais uma vez foi do Palmeiras: já nos acréscimos do primeiro tempo, Raphael Veiga fez belo passe para Luiz Adriano, que saiu na cara do gol, mas acabou mandando por cima. E o panorama não mudou muito no segundo tempo. A primeira grande chance de marcar veio mais uma vez dos pés do meia Raphael Veiga, que passou a bola por baixo da perna de Paulo Miranda na grande área e rolou no meio para Rony só empurrar pra rede, mas o atacante pegou muito mal na bola e mandou pra fora. Esta armação de jogadas, que acontecia através de Raphael no Palmeiras, não aconteceu pelo lado do Grêmio, fosse pelo camisa 10, Jean Pyerre, pelo agora centro-avante, Diego Souza, ou mesmo por uma chegada mais incisiva de Matheus Henrique. Mesmo depois que o zagueiro Luan acertou uma cotovelada em Diego Souza e foi expulso, o Grêmio não conseguiu abrir espaços na defesa palmeirense para ter chances claras de empatar o jogo. A entrada de Aldemir Ferreira (o Ferreirinha) até deu um gás para o tricolor gaúcho na reta final, mas o Palmeiras conseguiu segurar a pressão e vai para a partida da volta com a vantagem de 1 a 0 construída na ida.
Prévia da partida de volta
Neste domingo (07), às 18 horas, o Palmeiras recebe o Grêmio no Allianz Parque para a partida de volta da final da Copa do Brasil, que define o campeão de 2020 e vai ser transmitida pela Rede Globo ao vivo. A equipe alviverde chega motivada pela vitória na partida de ida, além de já ter conquistado o importante título da Copa Libertadores, que dá mais confiança para esta decisão. O único problema para o técnico Abel Ferreira é o desfalque do zagueiro Luan, que foi expulso na primeira partida e está suspenso para a volta. Alan Empereur deve ser o substituto e o Palmeiras não deve ter problemas para manter o alto nível de competitividade que vem apresentando, ainda que, algumas vezes, o futebol apresentado não seja tão vistoso. Do outro lado, o Grêmio chega precisando vencer de qualquer forma para não terminar o ano de 2020 sem um título de relevância nacional. Para isso, o técnico Renato Portaluppi tem todo o elenco à sua disposição, com exceção, ainda, do machucado Geromel, que é sempre um desfalque de peso na equipe gremista. De resto, porém, o Grêmio conta com seus principais jogadores, mas Renato afirmou que podem acontecer mudanças em relação à última partida, optando por fazer mistério sobre a sua escalação. De qualquer forma, o Grêmio tem total capacidade de reverter a vantagem obtida pelo Palmeiras. Seja através do experiente Diego Souza, que vai encerrar sua temporada (2020) mais goleadora nesta decisão, ou um de uma jovem estrela, como Pepê ou mesmo Ferreirinha. Ainda assim, o Palmeiras é tido como favorito para levantar o troféu.