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Supercopa feminina, Corinthians vai em direção às semifinais  

Divulgação

Está acontecendo a Supercopa do Brasil de Futebol Feminino neste mês de fevereiro, e com a vitória do time do Corinthians neste domingo (5), elas avançam em direção às semifinais.

Esse evento é mais conhecido apenas como Supercopa Feminina e trata-se de uma competição a nível nacional do futebol feminino e é no formato mata-mata, ou seja, perdeu, está fora da competição, sendo assim um torneio rápido.

Este é uma competição nova ainda no calendário futebolístico feminino, pois teve sua primeira edição no ano de 2022. O intuito é elevar cada vez mais o nível do futebol nacional e “trazer” o maior número possível de times de todo o Brasil.

O time do Corinthians foi o Campeão no ano passado em sua primeira edição e o primeiro gol marcado neste campeonato foi o de Geovana Alves. Agora, neste ano o Corinthians está na frente novamente.

Para participar desse campeonato, é limitado a apenas um time por estado, e entram na disputa os oito melhores entre os 12 que se saírem melhor na Série A1 ( que é a liga de futebol feminino profissional dos times brasileiros, disputados desde o ano de 2013). Se acontecer se as 8 vagas não forem preenchidas, outros times dentre os melhores ranqueados entram, mas lembrando que não pode ultrapassar o número de dois times por estado.

Esse ano os clubes que irão participar do campeonato são:

  • Flamengo
  • Corinthians
  • Internacional
  • Atlético – PR
  • Atlético Mineiro
  • Real Brasília
  • Avaí
  • Ceará

Como funciona o campeonato?

É dividido em três fases, sendo a primeira rodada, semifinal e final. Todas em partidas de mata mata, ou seja, partidas únicas. Venceu continua na competição e quem perde já é eliminado.

Os jogos da primeira fase são definidos por um sorteio e depois é feito o chaveamento entre os times que vão ganhando. Na final não tem disputa do terceiro lugar, apenas campeão e vice, da mesma forma que é o masculino.

Sobre a premiação neste ano, a CBF ainda não se pronunciou. No ano passado não houve prêmios, somente troféu e medalhas no primeiro e segundo lugar.

A premiação da Supercopa do futebol masculino de 2022 foi de R$10 milhões de reais e no feminino ano passado não teve nada!!! Isso é inadmissível, pois são tão atletas quanto eles. A jogadora  Gabi Zanotti chegou inclusive a comentar sobre isso em sua rede social. Esse ano o campeonato feminino terá um prêmio de R$500 mil para o primeiro lugar e R$300 mil para o segundo colocado. Mesmo assim, ainda é triste a diferença entre o masculino e o feminino.

No ano passado, a decisão da Supercopa ficou entre o Corinthians e o Grêmio, já esse ano, ainda não dá para saber, mas o Corinthians segue na tentativa de conseguir o bicampeonato.

Na primeira partida do Corinthians foi contra o Atlético Mineiro e venceu o jogo de 1 x 0, mas poderia ter sido por dois a zero se a Vic Albuquerque não tivesse chutado pra fora na hora de cobrar um pênalti. Momentos depois ela mesma fez o gol que trouxe a vitória ao time. O Atlético volta para casa e o Corinthians avança enfrentando o Internacional que não está para brincadeira, pois goleou o Atlético-PR de 5 x 1 no último sábado.

Dificuldades no futebol feminino:

Infelizmente dentro do futebol é nítida a diferença entre os times masculinos e femininos, em todos os âmbitos, seja com patrocinadores, prêmios, divulgação, etc. Apesar do esporte ser praticado por ambos os gêneros, é o masculino que recebe toda a “atenção”, e olha que nem estamos falando sobre a qualidade dos jogos, garra e comprometimento. Tudo é difícil quando se trata do futebol feminino, pois desde a profissionalização é bem mais difícil e às vezes os jogadores até chegam no “auge” entrando para a Seleção Brasileira, mas tendo que se bancar, pois o que ganham mal dá para se sustentar, enquanto que se compararmos ao futebol masculino, vemos a todo momento contratos milionários, com benefícios sem fim, briga de patrocinadores para conseguir “aquele” jogador, que muitas vezes nem é muito conhecido e tem menos experiência que muitas jogadoras.

Se formos comparar entre os jogadores Lionel Messi que é uma das estrelas do PSG e a Sam Kerr do Chelsea, é inacreditável a diferença. Messi tem um salário de $126milhões de dólares por ano, enquanto ela tem uma renda de € 480 mil euros. Infelizmente desde que os campeonatos femininos se iniciaram, mas mulheres sofrem preconceito, sexismo, desigualdade e muito mais, e não só por parte do público comum, mas entre os próprios atletas, comentaristas e patrocinadores. Isso é tão sério, que já ouvimos declarações do tipo “essas mulheres estão em campo somente para se aparecer”. Sim, em pleno 2023 ainda se ouve comentários desse tipo.

Um exemplo de falta de respeito público e feito em tom de “brincadeira”, foi em 2018, quando a jogadora Ada Hegerberg foi premiada no evento Ballon D’Or e não pode fazer um discurso ou receber aplausos da plateia pela sua conquista como os premiados ( todos homens), pois queriam saber se ela dançaria para todos ao som do Dj Martin Solveig, ou seja, o que foi levado em conta alí, não foi o porque ela estava recebendo aquele prêmio e estavam sim interessados em vê-la dançar, como se ela fosse um objeto de desejo e não uma futebolista que suou muito para ganhar aquele prêmio, que mereceu tanto quanto os demais ganhadores.

A própria Marta, que é sem dúvida uma das melhores jogadoras de futebol do mundo, já chegou a entrar em campo com chuteiras sem patrocínio e nesse jogo onde aconteceu isso, ela aproveitou para lutar pelos direitos iguais, pelo menos nos patrocínios. Deu o que falar na época (2018)? Deu, mas praticamente nada mudou nestes cinco anos.

Infelizmente, enquanto alguém que tenha importância relevante no mundo dos esportes não comprar essa “briga” e perceber a importância dos times e das atletas femininas, tudo continuará igual.

Não é uma “briga” pelo impossível, mas sim por merecimento em prol de mulheres de raça, que fazem de tudo por amor ao esporte, mesmo sem incentivos.

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