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Derrota para o Bayern escancara problemas do PSG  

PSG logo 1
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Nesta terça-feira (14) dois confrontos deram início à disputa das oitavas de final da UEFA Champions League. O principal deles, e um dos mais aguardados desta fase da competição, envolveu o time das principais estrelas do futebol mundial (Messi e Mbappé, finalistas da última Copa do Mundo, e Neymar) e o Gigante da Bavária, o “rolo-compressor” Bayern de Munique. No entanto, ambas as equipes tiveram desfalques importantes para o primeiro duelo das oitavas de final da Champions, que foi disputado em Paris. O Bayern não pôde contar com Sadio Mané, que foi contratado no início da temporada para assumir o papel de protagonista no lugar de Robert Lewandowski, vendido ao Barcelona. Já o Paris Saint-Germain não contou com Kylian Mbappé, que está cada vez mais próximo de se tornar o melhor jogador do mundo. Mesmo assim, o confronto entre PSG e Bayern de Munique não decepcionou.

Análise de PSG 0 x 1 Bayern de Munique pela ida das oitavas de final da Champions:

Recuperado de uma lesão na coxa, Mbappé começou a partida no banco de reservas. Portanto, era esperado que Carlos Soler estivesse entre os titulares, formando trio de ataque com Messi e Neymar, mas não era esperado que o técnico Christopher Galtier optasse por deixar Fabián Ruiz e Vitinha no banco de reservas para utilizar Warren Zaïre-Emery, de apenas 16 anos, entre os titulares. Evidentemente o garoto sentiu o peso da responsabilidade e fez uma partida fraca. É possível, inclusive, que isso tenha pesado para o rendimento ruim de Marco Verratti. O camisa volante italiano se viu isolado no meio de campo, sem ter com quem trabalhar a bola quando Messi e Neymar não se aproximavam para buscar a jogada, e fez uma de suas piores partidas na competição.

O Bayern de Munique foi o dono do jogo em pleno Parque dos Príncipes, na capital francesa. Antes mesmo de começar a partida os bávaros foram protagonistas nas arquibancadas, estendendo uma faixa polêmica reclamando do preço dos ingressos e, ao fim, xingando o clube de Paris: “70 euros? Nós ainda não somos Neymar”. Dentro de campo o panorama foi o mesmo: o PSG estava em casa, mas o Bayern de Munique foi o protagonista. O técnico Julian Nagelsmann armou uma linha de 3 defensores, sendo 2 deles (De Ligt e Upamecano) zagueiros de ofício e o outro (Pavard) um lateral-direito improvisado como um terceiro zagueiro, ficando na sobra quando os outros dois saíam e fazendo a bola rodar de um lado pro outro quando o Bayern estava com a posse. João Cancelo e Kingsley Coman, em razão da superioridade dos alemães na partida, fizeram mais a função de ponta do que de lateral, pois se posicionaram muito mais ofensiva do que defensivamente, o que acabou sobrecarregando a marcação do PSG, que viu Kimmich, Goretzka e Musiala dominarem o meio de campo. A equipe de Galtier chegou a ameaçar algumas vezes em contra-ataques com Neymar e Messi, mas terminou o primeiro tempo sem dar um único chute no gol.

No entanto, em um jogo que envolve duas equipes com jogadores com o mais alto nível de desempenho, as coisas dificilmente são fáceis. Mesmo tendo a partida praticamente em suas mãos, o Bayern de Munique só conseguiu abrir o placar no segundo tempo, após a entrada fundamental de Davies no lugar de Cancelo. Coman inverteu de lado, indo para a ponta direita e travando uma batalha com Nuno Mendes, e Davies ficou na ponta esquerda e mostrou para Nagelsmann que deveria ter começado entre os titulares. Além da qualidade na marcação, Davies levou muito perigo no setor ofensivo e foi de seus pés que saiu o cruzamento para Coman, nas costas de Nuno Mendes, marcar o gol que acabou dando a vitória ao Bayern, com uma ajudinha de Donnarumma.

Logo depois de sair atrás no placar Galtier agiu, colocando Fabián Ruiz no lugar do jovem Warren e Mbappé no lugar de Carlos Soler. A partida passou a ser outra depois dos 15 minutos do segundo tempo, quando o Bayern já vencia por 1 a 0. Apesar de os bávaros terem mantido uma certa superioridade, o Paris Saint-Germain passou a ser mais efetivo em suas descidas ao campo de ataque. Mbappé só não empatou porque Sommer fez uma grande defesa quando o francês saiu na cara do gol e porque os dois gols que marcou foram anulados por impedimento. Nos minutos finais o PSG intensificou a pressão e ficou muito próximo do empate, mas não conseguiu furar o bloqueio alemão. Mesmo depois que ficou com um a menos, quando Pavard foi expulso por receber o segundo cartão amarelo em entrada dura sobre Messi, o Bayern conseguiu segurar a vantagem de 1 gol, que leva para a partida de volta, na Allianz Arena, em Munique, marcada para acontecer no dia 8 do próximo mês.

Fim de Neymar e Messi?

Quanto ao brasileiro, a impressão é de que os seus dias no Paris Saint-Germain estão contados. Antes do início da partida contra o Bayern, poucos torcedores apoiavam Neymar. Suas atitudes fora de campo parecem ter desgastado a sua imagem de tal forma que o fato de ele ainda ser um jogador extraordinário não é o suficiente diante das suas frustrações dentro de campo. O brasileiro admitiu que teve um desentendimento com a direção depois da derrota para o Monaco no último fim de semana e o clima ruim já vem se estendendo por um longo período dentro do clube. Antes, a ausência de Neymar era um problema para a classificação do PSG na Champions League, agora, sua presença é vista com certa indiferença e o protagonismo está cada vez mais sobre Kylian Mbappé. No entanto, este filme já foi visto na relação entre Neymar e PSG e uma classificação sobre o Bayern de Munique, que ainda é totalmente possível, pode mudar completamente a situação do brasileiro com a equipe parisiense. Já Messi, independentemente do futuro do Paris Saint-Germain na UEFA Champions League, parece ter o apreço dos torcedores e da direção, de forma que tudo indica que ele deve, pelo menos, cumprir o seu contrato, que vai até 2024. De qualquer forma, o verdadeiro problema do PSG parece ser o próprio clube.

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