Início » Esportes » Futebol Internacional » Futebol Italiano » Com COVID-19, Maldini reclama de parada tardia do futebol

Com COVID-19, Maldini reclama de parada tardia do futebol  

Em entrevista ao jornal Corriere della Sera, o ex-zagueiro (craque) e atual diretor técnico do Milan, Paolo Maldini, um dos milhares de italianos infectados com novo coronavírus, falou de seu estado de saúde e criticou a parada tardia do futebol, o que para ele contribuiu para o aumento da disseminação da COVID-19 pela Itália e Europa.

Ex-zagueiro e atual diretor-técnico no Milan, Paolo Maldini (Reprodução/site do Milan)

“O futebol tinha que ter parado mais cedo. Foi loucura Liverpool e Atlético de Madrid com torcida, pela Liga dos Campeões, com quatro mil torcedores da Espanha – país que já era uma zona de foco do vírus – chegando à Inglaterra. Quando o Atalanta e Valencia jogaram, o alarme ainda não havia disparado, mas agora sabemos que aquela noite é uma das causas do surto (de COVID-19) em Bérgamo”, criticou a lenda rossonera, para quem os jogos sem torcida também foram um erro.

“Jogar com portões fechados é uma violência, para os torcedores e para os jogadores de futebol”, opinou.

Maldini ainda falou sobre a incerta volta do futebol italiano…

“Tem que haver um final para a temporada da Serie A. Haverá, mas não conseguimos dizer quando. Entendo que para as pessoas seria um precioso entretenimento, mas é impossível não apenas jogar, como treinar sem contato entre os atletas. Não devemos ter pressa. Você não pode se recuperar desse vírus em dois dias. Todos os jogadores devem ter tempo para se recuperar e treinar. Levará pelo menos duas semanas de preparação antes de voltarem a jogar.”

E, claro, comentou sobre seu estado de saúde…

“Como todos os atletas, eu conheço meu corpo. As dores são particularmente fortes, sentimos um aperto no peito. É um novo vírus, as lutas físicas contra um inimigo que não conhece. Tive os primeiros sintomas em 5 de março, dor nas articulações e músculos, 38,5 ° de febre, não fiz o teste até terça-feira e o veredicto de positividade chegou dois dias depois. Idem para o meu filho Daniel, que teve uma forma mais fraca.

“Eu me sinto bem. Felizmente, o pior já passou. Ainda estou com uma tosse seca, perdi meu paladar e olfato. É como uma gripe um pouco mais feia, mas não é uma gripe normal. Eu conheço meu corpo. Um atleta se conhece. As dores são particularmente fortes. Além disso, sinto com um aperto no peito. É um novo vírus. O corpo luta contra um inimigo que não conhece.”

“Senti os primeiros sintomas no último dia 5. Dor nas articulações e nos músculos. Nunca tinha tido mais de 38,5 graus de febre. No dia seguinte, eu deveria ir para Milanello (CT do clube), mas fiquei em casa. Não tomei antivirais porque nunca tive dificuldades respiratórias”

“Os médicos vieram usando luvas e máscaras na última terça-feira. Depois de dois dias, o veredicto chegou: positivo. Eu já sabia que tinha, sabia que não era uma gripe como as outras. Claro, você fica preocupado com isso. Um amigo meu teve problemas respiratórios, ele está no hospital em Legnano, não consegue dormir e tem pesadelos. Tive mais sorte. Enfim, estou confinado por 18 dias com minha família”.

E falou sobre o filho, Daniel, igualmente infectado e demais da família…

“O Daniel (filho, igualmente infectado por COVID-19) também tem dores e febre. Mas ele é jovem. Acho que ele é o único na família que teve sintomas leves. Minha esposa e o Christian (filho mais velho) fizeram o teste e deram negativos. Mas achamos que eles também pegaram o vírus, mas já estão curados.”

Acesse apostas esportivas no site do Betmotion.

Além disso, confira, também, a nossa seção de Análises e Palpites.

Deixe um comentário