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Atlético Mineiro supera Flamengo na Supercopa do Brasil  

Em jogaço, Atlético Mineiro e Flamengo empatam por 2 a 2 e definem primeiro título da temporada nos pênaltis. O Galo foi o campeão!

nacho abraçado na festa pelo título da supercopa do brasil contra o flamengo
Galo de Nacho Fernández conquistou a Supercopa do Brasilk em cima do Flamengo (Foto: Pedro Souza/Atlético/reprodução do site da CBF)

No último domingo (20), Atlético Mineiro e Flamengo se enfrentaram na Arena Pantanal, em Cuiabá (MT), pela Supercopa do Brasil, competição que é disputada no início de cada temporada entre os campeões do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil do ano anterior. Desta vez, como o Atlético Mineiro foi o campeão do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil em 2021, o Flamengo, vice-campeão do Campeonato Brasileiro no ano passado, ficou com a vaga para a disputa desta Supercopa do Brasil de 2022. O confronto valia o primeiro título da temporada e serviu como avaliação do trabalho dos técnicos, tanto do Galo como do Urubu, que estão iniciando seus trabalhos a frente das equipes brasileiras, que estão entre as mais cotadas para conquistar os títulos das principais competições do Brasil e da América do Sul. Pelo lado do Galo, o treinador argentino Antonio Ricardo Mohamed, também conhecido como El Turco, optou pela manutenção da equipe que era escalada com constância por Cuca no ano passado, com: Everson; Mariano, Nathan, Diego Godín (no lugar de Júnior Alonso, vendido ao Krasnodar, da Rússia) e Guilherme Arana; Jair, Allan e Nacho Fernández; Jefferson Savarino, Keno e Hulk. Já pelo lado do Urubu, o técnico português Paulo Souza implementou algumas mudanças na equipe desde os primeiros jogos, mas optou por se aproximar um pouco mais do esquema que o Flamengo se acostumou nos últimos anos, com quatro defensores (Rodinei, Fabrício Bruno, David Luiz e Filipe Luís), três meias (William Arão, João Gomes e Éverton Ribeiro) e três atacantes (De Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabriel Barbosa), apesar de manter Filipe Luís ao lado dos zagueiros na saída de bola, de forma que Éverton Ribeiro abria pelo lado esquerdo e Rodinei se lançava ao ataque pela direita.

Resumo da partida:

Talvez por ter mantido a base que foi campeã dos principais campeonatos nacionais no ano passado, o Atlético Mineiro foi mais intenso nos primeiros minutos, mas o Flamengo logo equilibrou as ações ofensivas e, inclusive, teve as primeiras grandes chances de balançar as redes. Primeiro em jogada de Rodinei, que fez belo passe para De Arrascaeta na área: o uruguaio ganhou do compatriota Godín na área do Galo e bateu cruzado para Gabigol na segunda trave, mas o camisa 9 perdeu o tempo da jogada e acabou não aproveitando a chance. Na sequência foi a vez de João Gomes fazer grande jogada no meio e deixar o camisa 9 na casa do gol, mas, mais uma vez, Gabriel desperdiçou. Na reta final do primeiro tempo o ritmo do Flamengo caiu e o Atlético Mineiro intensificou a pressão, até que, pouco antes do intervalo, Guilherme Arana arriscou de longe e o goleiro Hugo Souza não conseguiu segurar, e a bola sobrou para Nacho Fernández empurrar para o fundo da rede. Mesmo tendo saído atrás no placar, o técnico Paulo Souza não fez substituições para o segundo tempo, mas mudou a postura da equipe. Voltando mais agressivo, o Flamengo pressionou pelo empate e conseguiu a igualdade no placar aos 10 minutos do segundo tempo: Arrascaeta recebeu lançamento longo de Filipe Luís, ganhou da marcação na linha de fundo e cruzou na medida para Bruno Henrique, que parou em Éverson, mas Gabigol aproveitou o rebote e deixou tudo igual no placar. Então o técnico Paulo Souza fez a primeira alteração, colocando Lázaro no lugar de Éverton Ribeiro, e conseguiu o resultado que esperava: caindo pela esquerda, o meia-atacante de 19 anos arrancou em contra-ataque e esperou o momento certo para servir Bruno Henrique, que tocou na saída do goleiro para colocar o Flamengo na frente do placar. Então foi a vez do Atlético se lançar ao ataque em busca do empate e, assim como o técnico adversário, Antonio Mohamed mexeu na equipe de forma certeira: Ademir e Eduardo Vargas participaram do gol de empate apenas dois minutos depois de entrarem na partida. Ademir cruzou, Vargas desviou de cabeça e Hulk tirou de Fabrício Bruno antes de soltar a pancada e estufar a rede para decretar o empate por 2 a 2. Mesmo não tendo conseguido participar de forma tão intensa da partida, o camisa 7 do Galo voltou a ser decisivo e faz crescer as expectativas dos torcedores para mais um ótimo desempenho em 2022. Não só marcando o gol de empate, mas também convertendo as duas cobranças de pênalti, Hulk foi decisivo para o título do Atlético nesta Supercopa do Brasil. 

Definição nos pênaltis:

Com o empate prevalecendo no tempo normal, a disputa foi para os pênaltis, onde o Atlético Mineiro e o Flamengo intensificaram ainda mais a disputa, que já havia sido bastante acirrada no tempo normal. Depois de os primeiros cinco cobradores de cada time converterem, Hugo defendeu a cobrança de Guga e William Arão teve a primeira chance de definir o título, mas parou em Éverson. Depois de mais um acerto para cada lado, o goleiro Éverson foi para a cobrança e isolou, mas se redimiu ao defender a cobrança de Matheuzinho e manter a disputa por pênaltis. Na décima cobrança de cada time, Mariano bateu mal e parou em Hugo Souza, mas Fabrício Bruno mandou para longe mais uma chance do Flamengo se sagrar campeão. Então foram os últimos cobradores: Godín perdeu para o Galo e Hugo Souza perdeu para o Urubu. Depois de todos os 11 jogadores terem cobrado, qualquer um poderia ter assumido a responsabilidade de bater pela segunda vez. Pelo lado do Atlético, Hulk assumiu a bronca e converteu. Pelo lado do Flamengo, Vitinho assumiu a responsabilidade e perdeu: Éverson defendeu mais uma e garantiu o título do Galo. Muitos torcedores se questionaram qual a razão de Gabigol não ter ido para a cobrança pelo lado do Flamengo, mas ter deixado Vitinho assumir a responsabilidade, e as respostas do técnico, Paulo Souza, e do capitão, Diego, foram as mesmas, no sentido de que a decisão foi tomada na hora, de acordo com quem se sentia mais confiante para bater.

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